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domingo, 30 de agosto de 2015

O SIGNIFICADO DE PEDRA BRUTA E DE PEDRA CÚBICA

O SIGNIFICADO DA PEDRA BRUTA E DA PEDRA CÚBICA OU POLIDA
Márcio de Oliveira Cadurim 

Quem quer que pretenda entrar na Ordem Maçônica deverá preencher alguns requisitos, dentre os quais o de possuir instruções suficientes que lhe possibilite compreender e aplicar os ensinamentos da Instituição. Não se exige que possua riqueza ou nível superior de escolaridade. Assim é que nela ingressam homens das mais variadas condições sociais, e todos o fazem na mesma condição, simplesmente como Aprendizes.  

Para podermos compreender o significado da pedra bruta e da pedra cúbica ou polida, devemos primeiramente ter em mente uma visualização panorâmica de uma construção rústica, como, por exemplo, as pirâmides do Egito, o Coliseu em Roma, onde a pedra usada na construção simboliza o Maçom.  

Este deve trabalhar no aperfeiçoamento de si mesmo, combatendo os vícios e glorificando o direito e a virtude, em benefício da sociedade, o que simbolicamente denominamos a construção do Templo.  

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A RAZÃO DA REPETIÇÃO RITUALÍSTICA NOS TRABALHOS MAÇÔNICOS

Ir∴ Charles Evaldo Boller

Nos relacionamentos o homem é constantemente provocado pelos outros, o que o leva a adotar diferentes comportamentos em resultado do estado neurofisiológico em que se encontra. E cada instante reage de forma diferente; ocorrem fatos iguais onde como organismo emocional ele reage de forma diversa. Ao encontrar-se num ambiente pacífico reage com estados mentais que o habilitam a desenvolver bons relacionamentos, estes podem ser: confiança, amor, força interior, alegria êxtase, crença; todas elas liberam grandes porções de poder pessoal. Ao encontrar-se num ambiente em permanente contenção, as reações químicas do cérebro o levam a paralisar, inibem sua capacidade de entrar em ação, onde entram: culpa, confusão, depressão, medo, ansiedade, tristeza, frustração; todas retiram o poder pessoal.

Entender os estados em que se está e que aqueles com quem se convive também estão sujeitos, é a chave para entender mudanças. O comportamento é resultado dos estados em que cada um se encontra na linha do tempo. Nunca é constante. A título de exemplo: quando ocorre de alguém nos tratar com pouco caso, indiferença, a saída mais lógica e racional é desenvolver um sentimento de compaixão ao invés de raiva.

Porque raiva é um estado mental que bloqueia a ação, e um homem sem ação não trabalha o que seu
espírito desenvolve, não cria condições para o florescimento do amor fraterno.

Conhecer a si mesmo leva a encontrar a chave para tomar conta do próprio estado emocional, a compreender o estado emocional dos outros, e em consequência da mudança de atitude defronte aos desafios. O outro só muda quando se muda o próprio comportamento. O outro só muda se eu mudar.
A chave é tomar conta do próprio estado em consequência do próprio comportamento e com isto influenciar os que nos rodeiam. Este é o poder que detona o processo de transformação do invisível em visível. O mais extraordinário é que cada um já o possui.

Pela repetição dos rituais, deduz-se a importância de fazer o que é determinado e desenvolve-se a capacidade de decidir o que se deseja; a repetição é a mãe da perfeição. Pelo exemplo repetitivo dos rituais incute-se a disciplina para decidir o que se deseja e então entrar em ação, ponderando sobre o que está funcionando e o que não funciona, ou nunca irá funcionar. Com esta certeza em mente determina-se a mudança e busca-se realizar o enfoque até alcançar o que se quer.

O cidadão hodierno, além das necessidades elencadas por Maslow, tem necessidade de varrer para fora da mente todo o lixo mental que a entope. Vítima da condução das massas promovida pela mídia, a vida política e social culmina em transformar-se em enfermidade, moléstia de que as massas padecem e que aviltam o ser. O maçom, em sua loja, efetua limpeza da mente em resultado da repetição contida no ritual e começa a ver a luz do conhecimento sem dogmas o que favorece o desenvolvimento da capacidade de pensar com isenção e equilíbrio.

Quando em loja, o maçom tem a oportunidade de treinar todas as nuanças de sua psique em resultado da repetição com novo enfoque que cada encontro proporciona. Some-se a isto aquilo que os irmãos declaram e expõem de sua própria experiência de vida e toda sessão maçônica resulta numa bagagem adicional a ser levada para casa ao final dos trabalhos. E se, além da aplicação instrucional tradicional, são promovidas conversas descontraídas sobre temas políticos, sociológicos, filosóficos e antropológicos, cada maçom presente muda a si mesmo e com isto influi no meio social em que atua.

A constante repetição da receita do ritual serve de lastro e prepara o ambiente com energias que apenas podem ser sentidas porque constitui o sagrado que existe no maçom, a mais íntima expressão metafísica que possibilita a mudança - é onde cada maçom atua à glória do Grande Arquiteto do Universo.

Fonte: JB News – Informativo nr. 1.229

terça-feira, 18 de agosto de 2015

SOU UM MAÇOM

SOU UM MAÇOM
Ir∴ Hercule Spoladore

Sou um maçom repleto de grandes dúvidas existenciais. Em relação às religiões, filosofia, história e à própria doutrina maçônica, o meu pensamento é livre de quaisquer dogmas ou tendências. 

Mas mesmo assim procuro… Procuro e nem sempre acho as explicações que necessito. Sempre me imponho inúmeras objeções, produzo muitas perguntas tentando provar o contrário, até exaurir todas as possibilidades, reviro uma teoria ao avesso, não aceitando o que não passar pelo meu cuidadoso crivo intelectual, e pela experiência vivida. 

Prefiro as várias verdades, misturando-se as doutrinas e usufruir exaurindo tudo o que interessa já que a Ordem permite pelo ecletismo que isto aconteça, me detendo especialmente nas incongruências, nos paradoxos, nas contradições e na relatividade geral de tudo que me cerca. Sou muito mais documental que místico.

sábado, 15 de agosto de 2015

A ROMÃ

A ROMÃ E A SUA PRESENÇA SIMBÓLICA NO UNIVERSO DA MAÇONARIA E DO JUDAÍSMO
José Ronaldo Viega Alves
ronaldoviega@hotmail.com
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” - Oriente de S. do Livramento – RS.
“Até os mais simplórios dentre os homens do teu povo estão transbordando com os Mandamentos Divinos, como uma romãzeira carregada. Ao dizermos „... quando as romãzeiras florescem, referimo-nos aos meninos pequenos estudando a Torá, sentados enfileirados diante de seus mestres, como as sementes de uma romã acomodadas na polpa da fruta.” (Literatura Rabínica -Rabi Shimon Ben Lakish – Shir HaShirim Cântico dos Cânticos – Tratado Rabá 6,17)
Introdução
Quando se resolve encetar um estudo sobre determinado símbolo, sobre as suas origens e os significados adquiridos ao longo do tempo, é impossível não depararmo-nos com surpresas. Dentro do cabedal de informações disponíveis relativos à romã, lendas e mitos que lhe são inerentes, foram surgindo a todo instante informações que, misturando-se ao folclore, às religiões da Antiguidade e à cultura popular no que tange as suas propaladas virtudes medicinais, compuseram todo um universo próprio. De outro ângulo, outro tanto de informações. Agora, no que se referem ao seu simbolismo dentro da Maçonaria, também iam
ganhando volume, e ao final, muitas delas indiferentes ao lado em que se encontravam, estavam conversando entre si.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

FUNDAMENTOS DO SALMO 133 (132)

FUNDAMENTOS DO SALMO 133 (132)
Anestor Porfírio da Silva
e-mail: anestorporfirio@gmail.com

O salmo 133 (132) faz parte dos registros do Antigo Testamento e acha-se inserido nos Cinco Livros do Pentateuco, em Êxodos, mais precisamente.

Foi escrito pelo profeta Davi e nele o autor cita: a) a união fraternal; b) o óleo purificador (que era usado nas cerimônias de unções e consagrações religiosas); c) um personagem bíblico de nome Arão e; d) os montes Hermon e Sião.

Com certeza, este é um dos salmos de mais expressiva valia para os maçons porque, ao lê-lo, nos sentimos induzidos a um estado de paz, de união, de amor fraterno, de concórdia, de bondade e de sinceridade. Entretanto, para melhor entendê-lo, necessário se torna conhecer a origem e os fundamentos considerados por Davi na sua elaboração.

Mas, quem foi DAVI?

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O QUE É RITO E O QUE É O RITUAL

O QUE É RITO E O QUE É O RITUAL
Ir.´. Kennyo Ismail

Rito e Ritual: costuma-se fazer grande confusão entre esses dois termos, principalmente na Maçonaria. Alguns acreditam serem sinônimos, outros que se trata de coletivo e unidade. Há ainda algumas explicações filosóficas complexas ou mesmo reflexões etimológicas sobre os termos, que, muitas vezes, mais complicam do que explicam.

Ao pesquisar sobre os termos na literatura maçônica, você pode se deparar com afirmações de que Rito é a teoria e Ritual é a prática. Ou que Rito é conteúdo e Ritual é forma. Ou que o Rito é um conjunto de graus, sendo que cada grau é um Ritual.