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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

MAÇONARIA ADONHIRAMITA

MAÇONARIA ADONHIRAMITA
(Alguns esclarecimentos sobre o rito e outros comentários)
Hercule Spoladore –Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil – LONDRINA – PR.

A Maçonaria Adorinhamita nasceu na Françadurante a segunda metade do século XVIII. Foi praticada lá e em suas colônias bem como em Portugal e suas respectivas colônias. Foi o primeiro rito a entrar no Brasil trazido pelo Grande Oriente Lusitano. Ele atualmente estava sendopraticado só no Brasil, aonde vem apresentando um desenvolvimento muito acentuado, com a criação de inúmeras novas lojas, quer no GOB, quer na COMAB e agora também na GrandeLoja de São Paulo (GLESP).

Todavia, há alguns anos ele foi reintroduzido em Portugal, graças aos esforços do então Grão-Mestre do GOB-Pará, IrmãoWaldemar Coelho que é um dos grandes incentivadores para que o Rito cresça em todo o mundo o qual enaltece também os esforços dos maçons adonhiramitas do Pará e o Rio de Janeiro que muito trabalharam para que o Rito voltasse a Portugal. O então Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica Regular de Portugal,o Irmão Mario Martin Guia decretou finalmente a criação da primeira Loja Adorinhamita no pais, pelo menos nesta nova fase do Rito, e que levou o nome de Loja Regular “José Estevão”. Evidentemente a primeira Loja do Rito Adorinhamita em Portugalfoi fundada no século XVIII.

De início se torna necessário esclarecer e explicar um erro histórico sobre a fundação deste Rito.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

MATURIDADE MAÇÔNICA

MATURIDADE MAÇÔNICA
Juarez de Oliveira Castro

É comum entre nós se perguntar quando o maçom adquire a sua maturidade maçônica. Parece que para adquirir a maturidade maçônica é necessário lutar diuturnamente para criar a força interior capaz de nos levar a ter uma vida equilibrada para aumentar a capacidade de enfrentar as situações que a vida se apresenta.

Todos sabem ter a Maçonaria três graus iniciais, chamados de simbólicos, e que galgamos esses graus gradativamente com a finalidade de atingir a maturidade maçônica, que conforme nos é ensinado, que o atingimos no último grau simbólico, porque a maturidade é a condição de plenitude que conseguimos através de estudos, reflexão, conhecimento, sabedoria, arte ou qualquer habilidade adquirida.

Creio que a plenitude que se atinge com o último grau é a maneira que se diploma o maçom por ter atingido tal grau. E, simbolicamente, ele está pleno, mas muito longe de chegar à verdadeira plenitude. Ele integralizou os graus e estará apto para dar continuidade aos estudos para seguir em frente e partir para subir mais a escada da perfeição.

Descobri uma frase que diz: “Maturidade significa confiabilidade: manter a própria palavra, superar a crise; os imaturos são os mestres da desculpa, são os confusos e desorganizados; suas vidas são uma mistura de promessas quebradas, amigos perdidos, negócios sem terminar e boas intenções que nunca se convertem em realidade”.

Transportando para o campo maçônico podemos dizer que o maçom atinge a maturidade porque ele confia nos ensinamentos ministrados e sabe superar as suas crises. Tenta sempre evitar as desculpas e trabalhar para ter um resultado satisfatório, além de serem organizados e corretos na condução da vida, com êxitos diários e sempre conquistando novos amigos e parceiros, terminando em boas intenções e conquistas.

Dadi R. Mohini diz que “Quando avançamos com base na honestidade, entendimento e sabedoria, nos tornamos maduros. Entendimento vem quando nosso intelecto é limpo; quando olhamos e absorvemos as virtudes dos outros”.

Em contrapartida, nós oferecemos aos outros as nossas virtudes, evitando o máximo possível de transferir desarmonia, mau humor e tudo aquilo que possa estragar o dia do nosso próximo.

Na realidade, a maturidade maçônica, só atingiremos quando partirmos para o “Oriente Eterno”. Isto porque, enquanto na batalha da vida sempre aparecerão objetivos, sonhos e ideais para serem adquiridos e fatalidades para serem combatidas.

Na vida material o homem é um eterno insatisfeito. Está sempre querendo mais. Na vida espiritual, da mesma maneira, o homem deve ser um eterno insatisfeito, sempre querendo se aperfeiçoar.

E, aproveito, para expressar um pensamento de um amigo que dizia que “Maturidade acontece quando percebemos que não ganhamos a sabedoria de presente. Temos que descobri-la por nós mesmos, depois de uma jornada que ninguém pode empreender por nós ou da qual ninguém pode nos poupar. No momento em que descobrimos que a vida não é uma questão de encontrar a si mesmo, verificamos – já maduros – que a vida é uma questão de criar a si mesmo”.

Assim, quando o Maçom chega ao final do seu último grau atingiu a integralidade do projeto que foi programado, para começar a valorizar as pequenas coisas e de tudo que pode ser benéfico à própria pessoa e a do próximo, passando por todas as contrariedades que possam aparecer, porque, como disse Charles Colton “a adversidade é um trampolim para a maturidade”.

Para terminar recorro a Lyz Luft que diz: “A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura”.
 

Fonte: JB News – Informativo nr. 2.074

domingo, 25 de setembro de 2016

ORIENTE ETERNO

ORIENTE ETERNO
Rui Bandeira

Oriente Eterno é a designação que os maçons dão ao que nos aguarda depois da morte física. Porquê Oriente e porquê Eterno?

Talvez a mais remota manifestação da crença humana numa Entidade Superior se encontre nos cultos solares. Cedo a humanidade percebeu que o Sol era condição indispensável para a existência e manutenção da Vida, neste pequeno planeta que todos habitamos. Cedo observou que o negrume da noite era quebrado, primeiro pela luminescência da aurora, depois pela aparição do Astro-Rei, sempre a Oriente. Cedo se associou o Oriente ao ponto cardeal de onde provém a luz. Da constatação do fenómeno físico à consideração figurada de que a LUZ nasce, vem, existe, revela-se, no Oriente medeou apenas um pequeno passo.

sábado, 24 de setembro de 2016

A SEMENTE EM CADA IR.'.

A SEMENTE EM CADA IR∴  
Ir∴ Paulo Santos - M∴I∴ 

"Eis que o semeador saiu a semear. E quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-nas. E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda; Mas vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz. E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, e sufocaram-na. E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça". (Mateus, XIII, 3 a 9).

Queridos IIR∴, comparo cada semente  a um homem livre e de bons costumes, que se encontrava nas trevas e ansioso desejava a “luz”... Após, cada semente é levada às Lojas, sendo que cada uma delas contém em seu interior a sua própria genética, bem como cada novo IR∴, que traz além de sua genética física, os conhecimentos interiores residentes em sua personalidade alma. Traz também os conhecimentos ocultos em seu mestre interior que poderá vir a ser acessado através do árduo trabalho, e em seu devido tempo, J∴ e P∴ pois “quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Salmo 126:6).

Devemos observar que apenas 25% (vinte e cinco) das sementes deram frutos, mas em quantidade “totalmente” distintas. Uma parte da semente produziu apenas 30 (trinta), outra 60 (sessenta), e outra parte deu 100 (cem) por um. Tal análise deveria nos levar a seguinte reflexão: qual é a fertilidade do solo que se encontram as Nossas Lojas∴? O porque da constante emissão de Q∴P∴ nas Lojas∴? O porque do abatimento das Colunas de inúmeras Lojas∴?

Em Mateus observamos que as aves que comeram as sementes que caíram no caminho, representam o mal, personificando e referindo-se ao ego humano. As que caíram por sobre a pedra sucumbiram, pois não havia a ”base”, e o  alimento nutriente que é encontrado no solo. O próprio sol que é fonte de vida e luz, chegou a queimar algumas já fecundas. Outras, apesar de crescerem foram “sufocadas” pelos espinhos, e as que deram frutos, deram em porcentuais diferentes.

Perguntemo-nos IIR∴, como se encontra o alimento que deveríamos doar à nossa alma? (representado nos atuais dias apenas pelo esq∴). O nosso ego é sufocado ou alimentado, possibilitando que sufoquemos futuros e valorosos IIR∴ Pedreiros? Observamos a personalidade alma de nossos IIR∴? Alimentamos o solo de nossas Lojas através da paz, da harmonia e da concórdia?

Creio queridos IIR∴,  que deveríamos fazer uso das três peneiras de Sócrates, além de apontarmos  as nossas espadas a nós mesmos, antes de emitirmos qualquer opinião sobre nossos IIR∴, pois se assim agirmos teremos olhares, pensamentos e sentimentos edificadores, objetivando a construção de um Novo Homem pois, “Deus creou o homem o menos possível, para que o homem se possa crear o mais possível”.

Fraternalmente, S∴ F∴ U∴ 

BIBLIOGRAFIA: BÍBLIA SAGRADA
IR∴  Paulo Santos - M∴ I∴ 
ARLS∴ VERDADEIROS AMIGOS 3902 GOSP∴ - GOB∴ 
OR∴ DE SÃO PAULO

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A VISÃO SISTÊMICA

A VISÃO SISTÊMICA
Jerônimo Giacchetta

A complexidade do mundo moderno traz uma premente necessidade do ser humano em entender o que acontece à sua volta no intuito de tentar solucionar seus problemas e dar fim às suas angustias. Apesar do pensamento nos levar a um entendimento geral das coisas a tendência é que no momento da ação nós desmembramos o pensamento e fragmentamos o sistema para solucionar os problemas de nossa rotina.

Fica mais ou menos assim: “Pensamos na coletividade mas agimos individualmente”.

Com o passar do tempo acabamos por perder nossa conexão com o todo, que geralmente é intrínseca ao ser humano. Isto acontece porque a facilidade de resolver pequenas coisas é maior do que pensar na solução dos problemas na sua totalidade. Problemas maiores são abandonados rapidamente.

Esta ideia de fragmentação existe em todas as esferas da vida ativa do mundo de hoje, como por exemplo os especialistas médicos que já não resolvem problemas que exigem conhecimento mais geral, organizações empresariais que não conectam seus mais variados departamentos, mecânicos que conhecem as peças mas desconhecem o carro, pais de família que conhecem cada filho mas não direcionam a sua educação no sentido de torná-los irmãos na convivência, prevalecendo a disputa individual em detrimento da visão sistêmica familiar.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

VIVÊNCIA DO AMOR FRATERNO

VIVÊNCIA DO AMOR FRATERNO
(Desconheço o autor)

A maçonaria recebe novos membros por intermédio da iniciação, o que a diferencia de sociedades PProf∴. Naquele psicodrama é exigido do recipiendário o juramento de que tudo fará para defender seu Ir∴ na ocorrência de infortúnios. É algo muito diferente ao irmão de sangue, que nos é dado de forma compulsiva. O Ir∴Maç.·. é resultado de escolha consciente e racional, daí as amizades resultantes serem coladas com o cimento do amor fraterno.

Um sábio Maç.·., quando inquirido sobre sua interpretação do significado de fraternidade, usou a seguinte parábola: 

domingo, 18 de setembro de 2016

O MAÇOM, A VIDA E A MORTE

O MAÇOM, A VIDA E A MORTE

Só pode ser admitido maçom regular quem seja crente num Criador, qualquer que seja a sua conceção Dele, e creia na vida para além desta vida. Só assim faz sentido o processo iniciático maçónico, só assim é profícuo o labor de análise, interpretação e aprofundamento da simbologia maçónica, alguma dela diretamente baseada em elementos extraídos de textos de natureza religiosa.

No seu processo de construção de si mesmo segundo o método maçónico, o estudo, a meditação, a associação livre, a descoberta de significados dos significantes que são, afinal, os símbolos, o maçom, se bem fizer o seu trabalho, inevitavelmente que nalgum momento se confrontará com a busca do significado da Vida, do seu lugar no Mundo e na Vida, com a Vida ela mesma e com a morte do seu corpo físico.

Se bem faz o seu trabalho, o confronto com a morte física, à luz da sua crença na vida para além da vida e dos elementos colhidos nos seus estudos simbólicos, algo de muito positivo lhe traz: a perda do medo da morte! Pausada, calma e profundamente analisada a questão, quase que intuitiva é a conclusão de que a morte é simplesmente parte da vida, do percurso que efetua a centelha primordial que nos anima e que é o melhor de nós, que é, afinal o essencial de nós, a Vida em nós, que permanece para além da deterioração, desativação e destruição do invólucro meramente físico a que chamamos corpo. Porventura adquirirá mesmo a noção de que essa morte física é indispensável ao processo vital, à essência da vida, que é feita de energia e transformação e mudança.

A perda do medo da morte é uma imensa benesse conferida àquele que dela beneficia, por isso que o liberta para apreciar plenamente a Vida, vivê-la em pleno, colocando nos seus justos limites tudo o que de bom e tudo o que de mau se lhe depara.

A perda do medo da morte propicia enfim a Sabedoria para apreciar a Vida da melhor forma que se tem para tal: vivendo-a, sem constrangimentos, sem medos, sem dúvidas, sem interrogações sobre quanto durará o bem de que se desfruta, quanto se terá de suportar até superar o mal que se atravessa. É a perda do medo da morte que nos ilumina para o essencial significado da Vida: ela existe para ser vivida, para ser utilizada e modificada (na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma, disse-o, há muito, Lavoisier...), força perene essencial que existe e prossegue existindo através da sua contínua transformação.

A perda do medo da morte assegura-nos a Força para continuamente persistirmos na nossa melhoria, na nossa purificação, não porque interesse ao nosso corpo físico, mas porque disso beneficia a nossa centelha vital, que melhor evoluirá quanto mais beneficiar do que aprendemos, do que acrescentarmos eticamente a nós próprios e portanto a ela. A nossa melhoria, o nosso aperfeiçoamento ético liberta a nossa consciência para alturas que as grilhetas do egoísmo, da materialidade, dos vícios e paixões impedem que atinja. É a nossa Força nesse combate que constitui o cais de partida da nossa identidade para a viagem possibilitada pela purificação da nossa essência, que terá lugar após a libertação do peso do nosso corpo físico (será isto o Paraíso, a Salvação?). Pelo contrário, a insuficiente libertação da nossa essência do peso do vício e das paixões, do Mal enfim, inibirá essa nossa essência de subir tão alto e ir tão longe como poderia ir se liberta, quiçá limitando o valor futuro da nossa vida que permanece, quiçá impondo a continuação de esforços de purificação e transformação (será isso o Inferno, a Perdição?)

A perda do medo da Morte permite-nos enfim desfrutar plenamente da Beleza da Vida - sem constrangimentos, sem temores, sem interrogações. Como diz a canção, o amor poderá não ser eterno, mas que seja imenso enquanto dure. Apreciar a Beleza da Vida sem temer ou lamentar a mudança, que algum dia inevitavelmente ocorrerá, permite a suprema satisfação de sentir realmente toda a beleza que existe na Beleza, toda a vida que há na Vida. Verdadeiramente. Um segundo que seja que se consiga ter deste clímax vale por toda uma vida...

Encarar a morte à luz da Vida e, portanto, deixar de a temer, liberta o nosso Ser para além dos constrangimentos da materialidade, reduz o Ter à sua real insignificância, dá-nos finalmente condições para, se tivermos atenção no momento preciso e irrepetível que antecipadamente desconhecemos quando surgirá, podermos entrever a Luz - a Luz da compreensão do significado da Vida e da Criação, da sua existência e da direção e objetivo do seu Caminho. Poucos, muito poucos, ainda que tendo trabalhado bem, ainda que persistentemente tendo polido sua Pedra, têm a atenção focada na direção certa quando esse inefável e intemporal momento passa. Esses são os afortunados que de tudo se despojaram e afinal tudo ganham ainda neste plano da existência. Esses passam verdadeiramente pelo buraco da agulha, porque o peso das suas paixões é inferior ao de uma pena e nada os distraiu. Esses aproveitam a Vida tão plenamente que o comum de nós nem sequer suspeita da possibilidade de existência desse aproveitamento. Esses, sim, são templos vivos onde se acolhe o mais essencial do essencial: tão só e simplesmente, a essência da Vida (será isto afinal o elo ao divino?).

O maçom que faz bem o seu trabalho perde o medo da morte e pode viver plenamente a Vida. Mais não lhe é exigível. O resto que porventura venha, se vier, vem por acréscimo...        

Rui Bandeira


Fonte: apaertirapedra.blogspot.com.br