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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

REFORMA E CONSAGRAÇÃO DE TEMPLO

Em 10/03/2024 o Respeitável Irmão Carlos Fernandes dos Santos, Loja Acácia, 0177, REAA, GOB-RJ, Oriente de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a seguinte questão:

REFORMA E CONSAGRAÇÃO

Nossa Loja foi fundada em 07 de março de 1868 e, completamos 156 anos neste mês. Ocorre que recentemente identificamos uma infestação de cupins nos tablados no interior do Templo. Nos planejamos para realizar uma manutenção no último recesso maçônico. Ao fazer a aplicação dos produtos para descupinizar os espaços do Templo, foi constatado a necessidade de substituição de alguns caibros e réguas de tábuas corridas que foram danificados pelos cupins. Também foi constatado a necessidade de substituição das fiações de energia elétrica, pois, as coberturas dos fios ainda eram de pano e conduítes de metal, compatível com a idade da Loja, 156 anos e, alguns curtos circuito, já haviam ocorrido, desarmando os disjuntores que ficavam em outro andar. No Planejamento de manutenção programamos substituir os quatro ares condicionados de janela, mas funcionando apenas três, por modelos mais econômicos do tipo Split-Inverter, pois, passamos a funcionar com mais duas Lojas Coirmãs utilizando as nossas instalações. Bem, a questão é que os serviços realizados foram de manutenção visando melhorias das condições de segurança, conforto e economia. Perguntamos ao Eminente Secretário Geral de Orientação Ritualística - "Será necessário fazer nova CONSAGRAÇÃO do espaço para podermos realizar Sessões Magnas e só assim os nossos Grão-Mestres poderão participar das Sessões? Pelo fato de fazer essa manutenção necessária, "O Sagrado foi violado"? "O espaço utilizado a 156 anos perdeu sua dignidade"?

Com todo respeito peço ao Eminente Irmão que nos envie as suas Considerações.

CONSIDERAÇÕES:

Pelo seu relato, o Templo passou por uma reforma necessária de manutenção, onde conservou-se a sua característica construtiva original.

Este procedimento não fez com que o espaço de trabalho (a sala da Loja) perdesse a sua dignidade, ao ponto de ter que se realizar uma nova consagração (dar dignidade). Entende-se que este é um espaço que já passou por uma cerimônia de consagração.

À vista disso, a minha opinião é de que não seja necessária realizar outra sagração.

Ao concluir, entendo que somente se o edifício tivesse sido completamente demolido, para depois ter sido reconstruído, é que uma nova consagração seria necessária.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

CURIOSIDADES


Tudo não passa de uma lenda. Depois que o Rei Felipe, o Belo, da França, convenceu o Papa Clemente V a excomungar os Templários, estes foram perseguidos e exterminados.

O Rei Roberto I da Escócia, que já havia sido excomungado (junto com toda a Escócia), não se importou com as ameaças do papa de excomungar qualquer país que desse abrigo a Templários fugitivos, e estes, entendendo então que a Escócia era um bom lugar para fugir, começaram a migrar.

É ai que a LENDA DOS TEMPLÁRIOS E DOS MAÇONS se cruzam. O autor John Robinson, em seu livro "Born in Blood" afirmou que esses Templários que se escondiam na Escócia, foram, na verdade, criadores da Maçonaria Especulativa. Além dele, Chevalier de Ramsay, no século XVIII, na França, popular escritor, foi um defensor dessa teoria.

O raciocínio de Robinson era de que, como estavam fugidos e se escondendo dos católicos fiéis capazes de traí-los, criaram senhas secretas e métodos de reconhecimento. Os Templários usavam um "cinto" de pele de carneiro em torno de suas cinturas como um símbolo de castidade e isso talvez tenha se transformado nos aventais que os maçons usam durante as reuniões.

Como os Templários eram uma ordem francesa que falava francês em suas atividades diárias, Robinson atribuiu possíveis origens francesas para muitas das palavras em comum associadas à Maçonaria.

A maioria dos historiadores maçônicos ou não, desconsidera a teoria de Robinson, e até mesmo a atual ordem de maçons Cavaleiros Templários não reivindica uma ligação direta com os cavaleiros originais. No entanto Robinson levantou umas questões interessantes e algumas coincidências sem respostas.

Contribuição: Christopher Hodapp, (33º, Past Master, Cavaleiro Templário).

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

NAPOLEÃO, MAÇOM

Ir∴ Nicola Aslan

A pertença do Imperador Napoleão I aos quadros da Maçonaria francesa é um tema que todo historiador da Maçonaria em França traz sempre à tona. Uns dizem que sim, outros dizem que não e outros enfim, mais cautelosos, ficam entre o sim e o não.

Apesar de todas as provas acumuladas geralmente forjadas para agradar a bajulice dos cortejadores da época do Grande Corso - mas baseado em fontes das mais recentes e fidedignas, nós não acreditamos que Napoleão tenha sido Maçom. Aproveitou-se isto sim, da Ordem em benefício de sua tão desmedida ambição, como de sua absurda egolatria.

Entre os escritores que nestes últimos anos trataram do assunto. Jean Palou (La Franc-Maçonnerie - Payot, Paris, 1964, pp. 217-240) escreveu um capítulo intitulado "A Maçonaria sob o Império", parte do qual sob o título "Napoleão Maçom", mereceu uma tradução do pranteado Ir. Hans Bachl, apresentada em junho de 1979 no Boletim " A TROLHA", de Jandaia do Sul-Pr).

O autor citado reconhece que as fontes que veiculam supostas provas de que Napoleão foi Maçom não são lá muito sólidas e, segundo as suas próprias palavras "chegam ao delírio". Temos o livro de Jean Palou sobre a nossa mesa. No entanto, Palou dá a sua atenção a outras tão fracas, como, por exemplo, a um medalhão visto numa Loja, por cima do trono do Venerável. "Um medalhão rodeado de uma coroa no meio do qual estava escrito" "Ao Augusto Lowdon Napoleão" (II) o que não permite nenhuma dúvida sobre a qualidade maçônica do Imperador, visto que em termos de Maçonaria, um LOWTON só pode ser filho de um Maçom". Nem lhe passou pela idéia que podia ser mais uma marca da generalizada bajulação da época. Outras provas que apresenta têm o mesmo valor, e no entanto ele deixa de concluir" "Sem dúvida para nós, Napoleão I pertenceu realmente à Ordem Maçônica".

Na verdade, foi durante o reinado de Napoleão I que a Maçonaria conheceu o seu apogeu. A quase totalidade da Corte da administração e das altas patentes do Exército a ela pertenceu, mas isto deixou de ser suas razões de ser, que veremos posteriormente, e não deixou de ser o período mais triste da Maçonaria francesa. Sobre ela, Bonaparte, que não tinha jeito para Maçom, fez pesar a mais rígida ditadura.

O Ir∴ André Bouton (Les Frannes-Maçons Manceaux et la Révolution Française (Edição do Autor - Le Mans, 1958) retrata esta Maçonaria dizendo:

"Napoleão esforça-se para ligar a Maçonaria ao carro de sua fortuna, afogando as lojas nas ondas de seus companheiros de armas, de seus funcionários, de seus admiradores. Tornam-se assim uma espécie de clubes bonapartista onde funcionários e oficiais se encontram para ouvir cantar as loas do herói de Brumário.

"Ora, apesar de tudo quanto se tem dito, Napoleão jamais foi Maçom, a sua iniciação em Malta, depois da tomada desta cidade, não passa de lenda. O Maçom da família é o seu irmão José, iniciado coletivamente em Marselha, a 8 de junho de 1793, na Loja LA PARFAITE UNION com os outros membros da missão Salicetti quando ela se dirigiu a Toulon.

"Em 1804, Napoleão faz de Sua Majestade o rei de Nápoles, o Ir. José Bonaparte, Grão-Mestre do Grande Oriente e Sua Alteza o Príncipe Arquichanceler Cambacerés, membro da LOJA ANTIGA E DA REUNIÃO DOS ELEITOS, ao Or. de Montpellier, o Grão-Mestre Adjunto; o Duque de Choiseul-Praslin, o Grande Conservadro. Fouché, seu chefe de polícia, membro da Loja Sophie-Madeleine, reine de Saéde ao Or. de Arras e dos CITOVENS RÉUNIS ao Or. de Melun, assim como vários generais são designados para os outros cargos.

"Mas Napoleão não se satisfaz de ter posto a mão sobre a administração central da Maçonaria para vigiar o que se passa oficialmente nas lojas, encarrega Fouché de fazer circular nas Oficinas, quando lá não há alcaguetes assalariados, tiras, para conhecer o que se poderia tentar dissimular ao poder central.

"A prosperidade das Lojas é devida à proteção visível do poder. Concebe-se que Irmãos partidários do regime imperial, que só têm por objetivo, ao entrar para a Maçonaria aumentar suas possibilidades de promoção, vão desaparecer com os reveses de Napoleão; concebe-se também que os louvores demasiadamente repetidos do imperador acabarão tornando-se monôtonos e fastidiosos."

É assim que o Imperador Napoleão contribuiu decisivamente para o soerguimento da Maçonaria Francesa...

Mas o clima encontrado pela Maçonaria naquela época, era dos mais favoráveis, graças a Cambacerés, sendo os trabalhos maçônicos protegidos se tivermos em vista a carta que, em 19 de novembro de 1802, o Prefeito do Var escreve ao Sub-Prefeito de Toulon. Segundo J. A. Faucher e A. Ricker (Histoire de la Franc-Maçonneirie en France - Nouvelles Éditions Latines - Paris, 1967) a carta é a seguinte:

"Consultaste-me, cidadão Sub-Prefeito, por vossa carta de 12 Messidor, sobre a questão de saber se deveis tolerar as Lojas dos Maçons. Pela minha resposta de 19 do mesmo, mês, mandava-vos dizer que não conhecia nenhuma que proibisse uma Sociedade cujo o objeto não era de ocupar-se de discussões políticas ou religiosas, mas que essas reuniões como qualquer outra, estavam submetidas à ação da polícia, quer dizer que o Maire (presidente da câmara municipal) deve estar prevenido do lugar onde se reúnem, posto que é de seu dever velar pela polícia exterior. Poderieis ter deduzido daí que uma associação de cidadãos honestos e compostos em grande parte de funcionários públicos, não deve ser submetida a regras mais leves. Estou persuadido que a Sociedade de que acaba de formar-se jamais terá questões com a polícia e, se acreditais que a minha aprovação seja absolutamente necessária, dou-a de todo o meu coração. Saudo-vos".

E os mesmos autores escrevem em outro lugar:

"O nome de Napoleão Bonaparte acha-se então (1801) em todos os lábios. Não é Maçom, já o dissemos, mas seu pai, seus irmãos, seus sobrinhos, seus amigos, mais próximos, em suma todos os que o cercam são iniciados e ele próprio é geralmente considerado como um Maçom sem avental...

Mas observa Alec Mellor (Dictionnaire de la Franc-Maçonnerie et des Franc-Maçons);

"O Imperador, se tivesse proibido a Maçonaria, teria feito dela uma VERDADEIRA sociedade secreta. Assim, preferiu subjulga-la passando-lhe no pescoço uma corrente dourada, tanto quanto fizera com a Igreja por meio da Concordata e da Universidade pela abominável lei de 10 de maio de 1806. "Confiada a Cambacerés, a Maçonaria foi, durante quase dez anos, apenas um instrumento de reinado, o qual acumulava todas as direções e manejava todas as alavancas de comando."

Mas, na mesma obra, Alec Mellor considera a pertença de Napoleão à Maçonaria como um enigma da história declarando:

"Alguns pensaram que fora iniciado na ilha de Malta, quando da expedição do Egito (1798). Ora está demonstrado que só permaneceu seis dias em Malta, onde, com toda certeza, alimentara outras preocupações. Por outra, nenhum vestígio da existência de uma Loja em Malta no decorrer do período indicado pôde ser encontrado.

"Invocaram igualmente as MEMÓRIAS HISTÓRICAS DA IMPERATRIZ JOSEFINA, ela mesma membro da Loja de adoção " L"IMÉRIALE DES FRANCS-CHEVALIERS", onde se diz que Bonaparte teria siso admitido em 1795 na sociedade paramaçônica dos "Francs-Juges", no decorrer de uma misteriosa iniciação na floresta de Fontainebleau, e onde é dito igualmente que foi vista em Loja na Itália em 1796, enfim que em 1798 ou 1799 teria recebido a iniciação "filadélfica" no Egito, aos pés das Pirâmides.

"As Memórias em questão datam infelizmente de 1829, e, circunstâncias agravantes, são apócrefas. Seu autor foi Mile Lenormand, famosa cartomante consultada por Josefine. Teria ela recolhido confidênciais da Imperatriz? O fato é indemonstrável.

"O comportamento pessoal do Imperador, que tolerou durante todo o seu reinado que as Lojas o qualificassem de "Muito Ilustre Irmão" poderia advogar em favor de sua pertença mas os poucos ditos citados em que fala da Ordem são pejorativos, até mesmo sarcásticos. Dão a pensar que tinha autorizado as Lojas somente para anexar a si mesmo uma força, da mesma forma que tinha passado no pescoço da Igreja a corda dourada da Concordata.

"A despeito da autoridade de um historiador como R. F. Gould, o problema não aparece todavia resolvido no estado atual dos nossos conhecimentos e um pronunciamento releva apenas ao fácil jogo das conjeturas."

Em " L"ART ROYAL - essai sur I"Histoire de la Franc-Maçonnerie" o profano G. Huard nos informa sobre as opiniões pejorativas de Napoleão a respeito dos Maçons de sua época, citando o diário de O"Meara, cirurgião da marinha inglesa, servindo a bordo do BELEROFONTE quando Napoleão lá se refugiou. Tendo-se ligado ao Imperador vencido, O"Meara foi autorizado pelo almirante inglês acompanhá-lo a Santa Helena. Tornando-se seu confidente, o cirurgião recolheu notas, que publicou em Londres sob o título de " NAPOLEÃO DO EXÍLIO", em 1822, nelas dizia:

"Fiz-lhe algumas perguntas sobre os Maçons, pedindo-lhe para que dissesse o que pensava deles. - São imbecis que se reúnem para prazeres da mesa e para executar algumas tolices ridículas. Não obstante, disse ele, fazem algumas boas ações. Ajudaram na Revolução, e ainda recentemente, a diminuir o poder do papa e a influência do clero. Quando aos sentimentos de um povo são contra o governo todas as sociedades tendem a prejudicá-lo.

"Perguntei-lhe se os Maçons do continente tinham alguma ligação com os Iluminados - Não, respondeu ele, estes formam uma sociedade completamente diferente, e que, na Alemanha, é de natureza muito perigosa.

"Desejei saber se não tinha encorajado os Maçons? - Um pouco, disse ele, posto que combatiam o papa...

Quando da discussão do Código penal, Napoleão, não quis subtrair a Maçonaria ao direito comum das associações. E em plena sessão do Conselho de Estado, Napoleão declarou:

"Enquanto a Maçonaria só estiver protegida, ela não pode ser temida; se ao contrário, ela for autorizada, ela se tornaria demasiadamente poderosa e poderá ser perigosa. Tal como está, ela depende de mim, e eu não quero depender dela"

Isto prova que até os considerados grandes homens na história podem dizer tolices. A razão é que eles pensam somente em conquistas a fim de se projetar e engrandecer à custa dos outros. Não sendo este o espírito da imensa maioria dos Maçons, parecem imbecis a tais megalômanos.

Não obstante, segundo J. A. Faucher e A. Ricker, em sua obra, o Irmão Roettiers de Montaleauque, sob o título de Grande Venerável, exercia o cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente de França, escrevia ao marechal Massena, pedindo "vossos bons ofícios com o fim de determinar Bonaparte a aceitar o lugar de Grão-Mestre da Ordem da Maçonaria em França..."Napoleão recusou, mas indicou um certo número de homens que gozavam de sua confiança. Isto era uma ordem.

Dizem os mesmos autores, que, em 1810, contavam-se na França 878 Lojas das quais 65 eram militares e a Maçonaria tomara-se o sustentáculo fiel e dedicado do poder, o lugar de encontro dos notáveis e dos membros da boa sociedade...

Por sua vez, o conhecido e ferrenho inimigo da Maçonaria, J. Marques, declara sobre Napoleão:

"Foi ele iniciado? Falou-se de documentos maçônicos mencionando o Ir. Bonaparte, falou-se de uma iniciação numa Loja militar de Matal quando se dirigia para o Egito.

Nenhuma prova de sua filiação à maçonaria foi alguma vez apresentada e é preciso ver narrativas elogiosas de sua iniciação o desejo da Maçonaria de acabaria em um nome que foi ilustre; G. Martin não temerá escrever que "Napoleão, maçom, é uma lenda...entre quantidade de outras.

Fonte: JBNews - Informativo nº 253 - 08.05.2011

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

PEDIR A PALAVRA E O SILÊNCIO INICIÁTICO - REAA

Em 07.03.2024 o Respeitável Irmão Fernando Sombra Basílio, Loja Fraternidade e Harmonia, 3655, REAA, GOB-AP, Oriente de Macapá, Estado do Amapá, apresenta a dúvida seguinte:

PEDIR A PALAVRA E SILÊNCIO INICIÁTICO

Tenho dúvidas, pois fui questionado em minha loja por 2 obreiros que são MM e MI que eu estou errado, ou não completamente correto em minha fala.

1) Aprendiz e Companheiro podem pedir a palavra em sessão ordinária? Eles podem também se manifestar em grupo do whats da nossa Loja? Já que grupo de whats creio eu que não é nada oficial do GOB.

2) Eu, sendo Orador, qual é o meu papel, minha obrigação em loja? Informar algumas alterações no RGF ou Leis ou algo mais?

Não tenho senha do GOB pra ficar acompanhando, ou quando tiver algo parecido o Secretário vai me informar.

CONSIDERAÇÕES:

Em relação as suas questões, no REAA, Aprendizes e Companheiros podem falar em Loja aberta, desde que obviamente abordem assuntos pertinentes aos seus graus e de interesse da Loja.

Ressalte-se que este silêncio é iniciático, portanto não deve ser generalizado, pois se assim fosse, nem Aprendizes e nem Companheiros poderiam se expressar dentro de Loja. Nem mesmo poderiam apresentar as suas Peças de Arquitetura e nem responder às sabatinas e questionamentos verbais. Aliás, nem mesmo, diante de necessidade fisiológica, poderiam pedir para ir à toilette.

À vista disso, no REAA Aprendizes e Companheiros pedem a palavra ao Vigilante da sua Coluna, obviamente para falar sobre aquilo que os seus graus permitem.

Vale mencionar que há ritos, diferentes do REAA, que adotam, ipisis litteris, o silêncio para Aprendizes e Companheiros, mas esta é uma questão particular de cada rito, o que não é o caso do escocesismo.

Quanto a Aprendizes e Companheiros participarem de grupos de WhatsApp, me reservo a não vou tecer nenhum comentário a respeito, pois este não é assunto inerente à liturgia praticada dentro de Loja.

Quanto às obrigações do Orador, experimente verificar no RGF quais são as atribuições do Guarda da Lei.

Sendo assim, destaco que todo o obreiro regular pertencente ao GOB tem acesso à página oficial do GOB na Internet. Com o GOB CARD e a Pal∴Semestral para acessá-la, nela é possível buscar informações legais, tais como o GOB LEX, o GOB LEGIS, o RGF, a CONSTITUIÇÃO, etc.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

PÍLULAS MAÇÔNICAS

nº 71 - Fênix e Ouroboros

O elemento mitológico “Fênix” e o símbolo esotérico “Ouroboros”

O “mito”, em geral, é uma narração que descreve e retrata em linguagem simbólica a origem dos elementos e postulados básicos de uma cultura. É um fenômeno cultural complexo e que pode ser encarado de vários pontos de vista. Como os mitos se referem a um tempo e lugar extraordinários, bem como a deuses e processos sobrenaturais, têm sido considerados com aspectos de religião.

A Maçonaria, entre outros, refere-se com freqüência, a um mito e a um símbolo, que descreveremos a seguir:

Fênix” – ave lendária na região da Arábia, era consumida pelo fogo a cada período de tempo, e a mesma Fênix, nova e jovem, surgia de suas próprias cinzas. Deste modo, quando sentia próximo o seu fim, ela juntava em seu ninho, madeira bem seca e palha, que exposto aos raios solares se incendiava e, juntamente com a ave, ardia em chamas. Confiante e a espera da própria ressurreição, pois o fogo que a consumia não lograva matá-la, surgia do resíduo da combustão de seus ossos, uma larva, cujo crescimento ocasionava o aparecimento, novamente, da própria Fênix. Assim, a Fênix é o símbolo da imortalidade de nossa alma e da materialidade de nossos corpos. Fixa a idéia de que o “corpo” se reduz a cinzas, enquanto que a “alma” é eterna.

Há quem vê nesse mito, o caráter cíclico dos acontecimentos, mas existe um símbolo esotérico, mais apropriado para essa interpretação, que é o que descrevo a seguir:

Esoterismo”, vocábulo arcaico grego, referia-se aos ensinamentos reservados, normalmente obras de grandes filósofos, sobre a origem do mundo, nossa origem e nosso fim, transformando-se em verdadeiros tratados, dados a pessoas preparadas, ou em preparação, com condições de absorve-los, conhecidos como “adeptos” ou “iniciados”. É o oposto de “Exoterismo”, que referia-se ao conhecimento comum, transmitido ao público, em geral.

Ouroboros” – importantíssimo símbolo esotérico, de origem muito antiga, representada pela serpente que morde a própria cauda, nos dá a entender o caráter cíclico de todas as coisas. Significando que, como afirmava Ir.'. Castellani, “todo começo contém em si o fim e todo fim contém em si o começo”. É o símbolo do tempo e a continuidade da vida.

Os “ciclos” se completam, e conforme os ocultistas, os retornos promovem a renovação perpétua. Deste modo, como nos dizia o Ir.'. Varoli Filho “É possível que tudo o que existe já tenha existido”. O “Eclesiastes” já proclamou que não há nada de novo sob o sol. Escavações arqueológicas, descobertas de áreas semelhantes a campos de aviação, mapas antigos como os do almirante turco Piri Reis, revelando verdades surpreendentes, nos faz crer, que um ciclo semelhante ao nosso tempo atual, nos precedeu. O Universo está em expansão. Tudo nos leva a crer (não existe confirmação, só hipótese) que após ela, o Universo irá se contrair. E depois? Provavelmente, novo “Big Bang” e nova expansão!

Fonte: pilulasmaconicas.blogspot.com

GRANDE LOJA "ILEGAL" OU "ILEGÍTIMA"?

Por J. Filardo M⸫ I ⸫

“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.”
(Joseph Goebbels)

Meu Grão-Mestre “in pectore”, o Ir⸫ Lauro Fabiano, puxou minha orelha e disse que “castellanei” em meu último post, quando chamei a Grande Loja de Londres de 1717 uma “Grande Loja ilegal”. Fora que tenho que considerar sua autoridade adicional como historiador que é, além de toda a sua vivência de Maçonaria.

Ele chamou minha atenção para a distinção entre “ilegal” e “ilegítimo”, o que foi um belo puxão de orelhas, vez que sou advogado. Shame on me!

Por isso, sinto-me obrigado a explicar minha posição.

Acabo de traduzir a obra publicada em 1872, ANTIGAS GRANDES LOJAS DE YORK E DE LONDRES – UMA REVISÃO DA MAÇONARIA NA INGLATERRA 1567 A 1813, do Ir⸫ Leon Hyneman, uma defesa apaixonada da “antiga Loja da cidade de York” a autoridade maçônica legítima em 1717, em que ele expõe minuciosamente os fatos ocorridos durante o século XVIII na Inglaterra, conhecido popularmente como a “polêmica entre maçons Antigos e Modernos”.

A meu ver, diante da narrativa de Hyneman, existe fundamento para se considerar que a Grande Loja de Londres e Westminster de 1717 era uma Grande Loja ilegítima (para não melindrar os puristas) vez que lhe falta origem em um corpo maçônico mais antigo que a tivesse “patrocinado” ou, na terminologia moderna “reconhecido” no universo maçônico.

Essa grande loja até pode ser considerada “legal” vez que foi autorizada pelo rei da Inglaterra, interessado em controlar as lojas maçônicas do reino, naquele momento fortemente infiltrada por jacobitas partidários do retorno do legítimo rei, James III ao trono que lhe fora usurpado por ocasião da Revolução Gloriosa em 1698.

Mas, mesmo sendo “legal”, ela era “ilegítima” porque usurpava a autoridade maçônica da “antiga Loja da cidade de York” que era a autoridade maçônica da época (não existia a figura da Grande Loja), inventando uma grande loja que se arrogava o direito de “fazer” maçons no sul da Inglaterra enquanto, ao mesmo tempo, alterava “landmarks” importantes entre os maçons. Essa ilegitimidade gerou as condições para a fundação da Grand Lodge of the Most Ancient and Honourable Fraternity of Free and Accepted Masons em 1751. Somente em 1813 a GL de Londres de 1717 recuperaria sua legitimidade (deixaria de ser “espúria”), ao se unir à Grande Loja dos Antigos para constituir a atual UGLE – United Grande Lodge of England que nos próximos 200 anos repetiria a sua versão dos fatos e divulgaria uma “história oficial” em que aparece como inventora da maçonaria especulativa (outra mentira).

A GL de Londres renuncia então ao conceito revolucionário que a informava em 1717, contido no Artigo Primeiro das Constituições de Anderson de 1723 para adotar os princípios defendidos pelos Maçons Antigos, quais sejam a presença obrigatória do Livro da Lei em loja e a crença obrigatória em deus.

Essa capitulação da Grande loja de 1717 diante da Grande Loja dos Antigos teve como consequência, por exemplo, a proscrição do Grande Oriente de França que defendia e preservava o conceito revolucionário dos Modernos de 1717, no quadro atual de “reconhecimentos” entre potências maçônicas.

Seus comentários, meu Grão Mestre…

Fonte: https://bibliot3ca.com

terça-feira, 19 de novembro de 2024

A BANDEIRA DO BRASIL

A BANDEIRA DO BRASIL

Um pouco da história da nossa Bandeira

Quando surgiu: 

A Bandeira do Brasil foi adotada pelo decreto nº 4 de 19 de novembro de 1889. Este decreto foi preparado por Benjamin Constant, membro do Governo Provisório.

Quem foram os responsáveis pela sua criação: 

A idéia da nova Bandeira do Brasil deve-se ao professor Raimundo Teixeira Mendes, presidente do Apostolado Positivista do Brasil. Com ele colaboraram o Dr. Miguel Lemos e o professor Manuel Pereira Reis, catedrático de astronomia da Escola Politécnica. O desenho foi executado pelo pintor Décio Vilares. 

As cores: 

As cores verde e amarelo estão associadas à casa real de Bragança, da qual fazia parte o imperador D. Pedro I, e à casa real dos Habsburg, à qual pertencia a imperatriz D. Leopoldina 

Círculo interno azul: 

Corresponde a uma imagem da esfera celeste, inclinada segundo a latitude da cidade do Rio de Janeiro às 12 horas siderais (8 horas e 30 minutos) do dia 15 de novembro de 1889. 

As estrelas: 

Cada estrela representa um estado da federação. 

Todas as estrelas têm 5 pontas. 

As estrelas não têm o mesmo tamanho; elas aparecem em 5 (cinco) dimensões: de primeira, segunda, terceira, quarta e quinta grandezas. Estas dimensões não correspondem diretamente às magnitudes astronômicas mas estão relacionadas com elas. Quanto maior a magnitude da estrela maior é o seu tamanho na Bandeira. 

A faixa branca: 

Embora alguns digam que esta faixa representa a eclíptica, ou o equador celeste ou o zodíaco, na verdade a faixa branca da nossa bandeira é apenas um lugar para a inscrição do lema "Ordem e Progresso". Ela não tem qualquer relação com definições astronômicas. 

O lema "Ordem e Progresso": 

É atribuído ao filósofo positivista francês Augusto Comte, que tinha vários seguidores no Brasil, entre eles o professor Teixeira Mendes. 

Quando foi modificada: 

Foi modificada pela Lei no 5443 (Anexo no 1) de 28 de maio de 1968 
Foi modificada pela Lei no 8421 de 11 de maio de 1992 

DECORAIS E ABRILHANTAIS

(republicação)
Respeitável Irmão Alan Zydowicz, Loja União em 33, REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná apresenta a seguinte questão: 
alanzy@terra.com.br

Parabenizo as suas considerações no Consultório da Revista Trolha bem como os trabalhos como Grande Secretário de Orientação Ritualística. A minha dúvida é a correlação, significado ou simbolismo contida na frase no Ritual do R.E.E.A.: “(...) Irmãos que abrilhantais (ou decorais) a coluna do Norte (Sul), eu vos anuncio, da parte do Venerável Mestre (...)".

CONSIDERAÇÕES:

No caso do Primeiro Vigilante e a locução “(...) decorais a Coluna do Norte” existem dois aspectos para serem considerados: Primeiro, DECORAR, como verbo transitivo direto que menciona o ato de guarnecer com adorno, ornamentar, realçar, avivar, etc. 

Nesse sentido o significado está diretamente ligado à Meia-Noite que em linhas gerais representa de forma figurada a maturidade e a aproximação do fim da vida. 

A Obra, nessa definição, é o elemento construído ao longo da vida que, se bem aplicada e bem produzida decora a passagem do Homem pela efêmera vida terrena. Em síntese é a moldura do quadro da vida. 

No segundo aspecto e de caráter exteriorizado seria do verbo “decorar” com transitivo direto e indireto que exprime dentre outros o caráter de “honrar, enobrecer”. Assim o significado está diretamente ligado àqueles que se posicionam na Coluna do Norte, cujo intuito é também o de honrar e enobrecer aquele espaço de trabalho, ou seja: os que horam e enobrecem Setentrião. 

No caso do Segundo Vigilante e a locução “(...) abrilhantais a Coluna do Sul”, ABRILHANTAR concerne ao Meio-Dia e a ação da Luz que abrilhanta a elevação da Obra. 

Nesse sentido o Meio-Dia, ou Sul está representado pelo quadrante por onde a Luz se desloca, ou a passagem do Sol (ponto de vista do Hemisfério Norte). 

No próprio Painel da Loja, há que se notar a existência de três janelas – uma no Oriente, uma no Sul e a outra no Ocidente. Isso implica a marcha da Luz. Daí, nessa relação não existir janela na banda Norte. 

Por assim ser o verbo “abrilhantar” tido como verbo transitivo direto menciona dar brilho, ou luz viva para alguma coisa. Também tornar brilhante, luzente e reluzente. Isso implica que o Obreiro da Luz ao trabalho, tornando-o brilhante, reluzente. 

Esse trabalho é a obra elevada, ou a Obra da Vida. ABRILHANTAR, ainda como verbo transitivo direto, implica em dar brilho, realçar, etc. Também completa a explicação se tomado como verbo pronominal que exara a tornar-se brilhante, reluzente, adquirir maior brilho, maior realce; realçar-se. 

Assim o verbo “abrilhantar” sugere uma ligação direta, em termos de Maçonaria, com os ocupantes da Coluna do Sul, donde o Segundo Vigilante observa a passagem no Sol no meridiano do Meio-Dia, tendo sobre si, no caso do Rito Escocês Antigo e Aceito a Estrela Flamejante, apresentada como a Estrela Hominal (objeto de estudo do Companheiro) que recebe a luz e abrilhanta, posto que ela, a Estrela, representa o Homem e a sua Obra (letra G=geometria) na fase intermediária da vida – entre a infância e a maturidade.

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com 
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.192 – Florianópolis(SC) – sábado, 07 de dezembro de 2013

A INDIFERENÇA

Autor: Renato Krile

Há poucos dias, lendo um texto na Internet, percebi algo sensacional, porém a reboque uma triste realidade.

Por muitas vezes ficamos nos perguntando onde está a Maçonaria que tanto protagonizou em nossa história, que tantos homens que dela no passado fizeram parte mudaram a bússola da humanidade e, por fim, aquela Maçonaria libertadora e fraterna da qual sempre ouvimos e falamos, para onde foi, e onde está?

Em verdade, ela não morreu, essa é a boa notícia! Mas ela sofre da indiferença de seus membros…

Sim, essa é a palavra-chave, indiferença!

O grande problema atual da Maçonaria não reside em seus Rituais, mas sim nos que nela pregam a total indiferença, e isso é tão verdadeiro que muitos que lerão esta peça, se quer irão se dar conta disso.

Essa indiferença se inicia quando os seus membros começam a ignorar seus ensinamentos, deixam de lado suas reuniões por qualquer motivo fútil, ignoram a palavra de um irmão, se deixam levar pela vaidade exacerbada pela busca de um poder, que em verdade não tem poder algum, a medalha no peito e um cargo começam a ser mais almejada que a sua busca pelo aperfeiçoamento, a indiferença é tão latente nos dias atuais que não estar presente se tornou banal, ir um dia ou outro, tanto faz…

A indiferença na Maçonaria é algo nocivo, é visível atualmente ver irmãos ávidos ao Mestrado, e quando lá alcançam simplesmente dão as costas para suas Lojas.

Realmente o recado da indiferença veio muito para trazer uma profunda reflexão do verdadeiro papel em Maçonaria, onde deveríamos fazer a diferença estamos pregando a indiferença, nem nós, nem a Instituição merecem esse tratamento.

O Maçom precisa fazer a diferença, não a que se fala, mas a que se faz! Ser assíduo, participativo, ser parte viva da Loja, ser praticante da solidariedade, do convívio entre os irmãos, das obras sociais, enfim ser parte e não apenas fazer parte, quando não é assim, sobressai a indiferença, triste realidade.

Essa foi a grande reflexão, o mal que fazemos pregando a indiferença, está tornando nossa Instituição, vazia, oca, sem causa e inútil!

A Maçonaria não é um clube de festas e eventos sociais, é uma escola de aperfeiçoamento humano, ela não convive com a indiferença!

O contrário dessa indiferença, deveria ser amor.

Fonte: https://opontodentrocirculo.com

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

DISPOSIÇÃO DA ESPADA FLAMEJANTE SOBRE O ALTAR

(republicação)
Em 13/06/2018 o Respeitável Irmão Cesar Salim, Loja União, Pátria e Caridade, 1.258, REAA, GOB-RJ, Oriente de Itaocara, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a seguinte pergunta:

DISPOSIÇÃO DA ESPADA FLAMEJANTE SOBRE O ALTAR

Estou Orador da minha Loja e gostaria de saber do Poderoso Irmão sobre a Espada sobre o trono do Venerável Mestre, ou seja, para que lado fica a ponta da Espada Flamejante?

CONSIDERAÇÕES:

Não existe nenhuma regra para tal. Como eu já expliquei inúmeras vezes, ela fica preferencialmente dentro de um escrínio ou sobre uma almofada colocada sobre o lado sul do altar ocupado pelo Venerável Mestre, não importando o lado para qual esteja direcionada a sua ponta ou o seu cabo. O lado sul do altar é apenas para que ela fique o mais próximo possível do oficial encarregado de transportá-la durante a liturgia de consagração do candidato.

A Espada Flamejante é de uso exclusivo do Venerável Mestre, sendo que a mesma só pode ser empunhada por ele ou por um ex-Venerável. 

Como ela simbolicamente representa um raio de fogo, a mesma então não pode ser embainhada. Acondicionada dentro de um escrínio ou sobre uma almofada, o seu condutor, que é o Irmão Porta-Espada, nela não toca. 

O REAA∴ herdou o costume de consagrar o candidato das práticas templárias. Sem nenhum sentido religioso ou mesmo de concepções místicas e ocultas, em Maçonaria ela simboliza o ato de constituir e dar dignidade. Nesse sentido, essa prática nada tem a ver com beatificação ou sagração religiosa. Esotericamente a espada representa a precisão e prontidão da justiça salomônica.

Por tudo comentado, ratifica-se: não existe nenhuma orientação quanto à posição da Espada em descanso sobre o altar.

T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

CURIOSIDADES


Este é o "Café zum Freimaurer" (Café para Maçons), um restaurante temático, localizado em Quedlinburg, cidade da Alemanha, no distrito de Harz, no estado de Saxônia-Anhalt.

Em frente ao estabelecimento podemos ver duas belas estátuas de Maçons paramentados: sentado está o Venerável Mestre e atrás, em pé, um Mestre de Cerimônias (Segundo a descrição original). Na última imagem, à direita, no canto inferior, três luzes, feitas de pedra. As esculturas são uma obra do escultor Jochen Müller. Apesar do nome, o restaurante é aberto a todos.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

A PALAVRA


Meu irmão, recebeste a Palavra. O que a vida te escondeu, porque é a morte, revelou-to a morte, porque é a vida.

Meu irmão, tudo neste mundo é símbolo e sonho - é símbolo tudo quanto temos, sonho tudo quanto desejamos.

O universo inteiro, de que somos parte por castigo e erro, é uma alegoria cujo sentido hoje conheces visto que teus olhos, por fechados, estão abertos, e teus ouvidos, por oclusos, podem enfim ouvir.

Sabes já, meu irmão, visto que estás desperto que o sol é negro e a terra vazia; que o que amámos é o que desconhecemos, que o que sonhámos é o que conhecíamos.

Teu caminho agora é entre onde cessam os astros e a luz do sol não é lei nem dia. 

Que o Supremo Arquitecto dos Universos te dê a luz que te mostre a profundeza dos abismos e te permita não regressar senão para ser, quando houveres de o ser, nosso Irmão, nosso Juiz, e nosso Mestre; mas, se assim não for ainda, que a paz seja com o que tiveres que ser!

Fernando Pessoa

Fonte: Facebook_Pedreiros Livres

PARAMENTOS DE OBEDIÊNCIA ESTRANGEIRA

(republicação)
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Laércio Marques do Nascimento Filho, sem declinar o nome da Loja, Rito, e Oriente (Cidade), GOB, Estado do Maranhão. 
laerciomarques1@hotmail.com.br 

Recentemente fui a outro Oriente e ganhei aventais (Mestre, Past Master e Faixa), no dia em que frequentamos uma sessão nas dependências da Grande Loja do Chile, e com o objetivo específico de mostrar aos irmãos como são os paramentos dos Hermanos chilenos, sem nunca ter tido a intenção de afrontar ninguém, paramentei-me com os de Past Master e entrei para trabalhar na condição de Segundo Vigilante. A ideia surgiu no próprio Chile, quando visitei uma Loja com meus paramentos de Mestre Instalado do Grande Oriente do Brasil, fui muito bem recebido e prometi que apresentaria os paramentos a todos no Brasil/Maranhão. 

Gostaríamos de relembrar que na mesma Loja que ocorreu tal fato, na gestão de um Venerável Mestre anterior, recebemos a visita de um Brother de Nova York, o Irmão Dennis Hobam e sequer o traje que se encontrava quando adentrou em nosso templo era um dos permitidos por nossa Legislação e em hipótese alguma este foi destratado por alguém, por que, a mim coube ser agredido em nome dos regulamentos maçônicos, por estar paramentado com os aventais chilenos. 

Questionamento: Se no Chile fui bem recebido é por conta da Universalidade da Maçonaria, no Brasil não funciona, um irmão na palavra a bem da ordem e do quadro em particular considerou falta de respeito de nossa parte e que solicitava ao Venerável Mestre da Loja que se chama minha atenção e que se fosse ele o Venerável, não teria permitido minha entrada no Templo. Se a potência Estrangeira me deixou adentrar e participar dos trabalhos com meu avental de Mestre Instalado, no Grande Oriente do Brasil no Maranhão não se permite que com o avental da Potência Estrangeira coirmã participe da sessão, com tais paramentos. 

Gostaria que o poderoso Irmão me respondesse formalmente, e se mereço alguma punição me indique qual Legislação Maçônica assevera tal proibição e finalizando qual minha punição, pois eu mesmo (Laercio Marques do Nascimento Filho, Mestre Instalado, CIM 210.189) levarei ao Grão Mestrado Estadual e a Venerança de minha Loja para que seja a mim atribuída.

CONSIDERAÇÕES:

Penso que o que realmente houve foi uma inversão de procedimentos e mesmo um equívoco de ambas as partes. 

Como bem disse o Irmão que ao visitar uma Loja no Chile, fora então recebido com os vossos próprios paramentos oficiais do Grande Oriente do Brasil. Ninguém naquela oportunidade o questionou por não estar usando paramentos da Grande Loja do Chile. 

Um obreiro quando se apresenta em visita a outra Loja, inquestionavelmente usa os seus paramentos, mesmo que o próprio não seja o mesmo da Loja que está sendo visitada. Acredito que foi esse o procedimento que o Irmão citou no tocante ao visitante norte-americano. 

Aliás, talvez o fato tenha surpreendido - não sei - porque o visitante de Nova York não estivesse usando terno, ou balandrau, senão o seu próprio avental (do Craft norte-americano). 

É oportuno esclarecer que essa regra de terno e balandrau não é universal, pois na grande maioria dos Países o Maçom se apresenta para os trabalhos com trajes do cotidiano, porém sempre com o seu próprio avental que é o verdadeiro traje maçônico. 

Assim o visitante nova-iorquino corretamente fora admitido na Loja brasileira sem que dele se exigisse trajes e paramentos à moda brasileira. 

No caso da Maçonaria brasileira e em particular o GOB, exige-se apenas dos SEUS OBREIROS o uso de traje compatível com o que exara a Lei pertinente, porém nunca dos visitantes, principalmente se estes pertencerem à Obediência reconhecida, inclusive de outros países. Obviamente que os trajes devem obedecer aos ditames de respeito ao ambiente maçônico. 

O que me parece ter ocorrido com vossa pessoa ao se apresentar como Obreiro do GOB em Loja do GOB, embora sem outras intenções, com paramentos de outra Obediência tenha sido uma atitude equivocada. 

Por outro lado a Loja, cujo Irmão o censurou (vossa Loja), também cometeu um deslize ao tê-lo primeiro admitido vestido com paramentos de outra Obediência para depois reclamar. Penso que principalmente o Orador e o Venerável poderiam ter-lhe alertado para que não ingressasse assim paramentado, senão com os paramentos do GOB. Todavia parece que primeiro deixaram o picolé ao sol para depois reclamar que mesmo havia derretido. 

Então o bom-senso deveria prevalecer para abortar o equívoco, inclusive não criando essa situação incômoda de se chamar atenção abertamente em Loja. 

O Irmão poderia ter mostrado os paramentos recebidos da Obediência chilena sem que com isso houvesse a necessidade de com ele se paramentar e ingressar na Loja. 

Quanto à questão de punição ou não, esse não é caráter na minha alçada, senão ratificar que se fosse o caso na oportunidade, a infração não ficaria restrita apenas a um dos lados, já que admitido o ingresso nessa situação, ambas às partes teriam falhado, principalmente o Orador. 

O uso de trajes e paramentos para todos os Obreiros do Grande Oriente do Brasil estão regulados nos Rituais em vigência de acordo com o RGF. 

Apenas para esclarecimento – não existe no GOB o tratamento de “Past Master”. Esse originalmente é título distintivo da Maçonaria inglesa. No GOB o título é tratado simplesmente como ex-Venerável. Afinal por legislação todo Obreiro eleito para o cargo de Venerável será sempre um Mestre Instalado, estando ele no exercício do “veneralato” da Loja ou por ele já tenha passado. Mestre Instalado não é Grau, senão um “título distintivo”. 

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.190 – Florianópolis(SC) – quinta-feira, 05 de dezembro de 2013

BREVIÁRIO MAÇÔNICO

O SEGREDO

A fonte de todo o conhecimento derivou da construção do Grande Templo de Salomão, porque Jeová ditou ao rei Davi todas as minúcias, medidas materiais e modo de trabalhar.

Concluído o complexo que constitui o templo, os operários e artífices, que não eram hebreus (os hebreus não participaram da construção) foram devolvidos às respectivas regiões, porém com a recomendação de manterem secretos os princípios da construção.

As obras célebres subsistentes no mundo têm a presença desses pioneiros, desses excelentes construtores, os Pedreiros Livres, os franco-maçons, aqueles que deram início à Maçonaria, de seis mil anos atrás, como vem constatado nas Sagradas Escrituras.

A Maçonaria da Idade Média, face à perseguição que sofreu da parte do clero, retornou à mantença do segredo; essa atitude era necessária, pois significava a preservação da própria vida.

Hoje, os "segredos" são outros, mas simbolizam os mesmos, e se conservam por tradição. O maçom preserva os segredos que lhe são revelados.

Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 373.

REGRAS RITUALÍSTICAS NR. 10

Ir∴ Valdemar Sansão

Devemos valorizar a Ritualística passando aos iniciados de forma acurada, unificada e acessível as Normas e Princípios Maçônicos, habilitando-os à exercerem a Nobre Arte.

Preocupados com a preservação e padronização das Normas Ritualísticas em nossas Lojas, que praticam o R.E.A.A., relacionamos princípios, procedimentos e significados de símbolos, emblemas e alegorias para que sejam passados aos novos iniciados.

Ornamentação do Templo - O Arquiteto é o encarregado da ornamentação do Templo devendo indicar os Irmãos para auxiliá-lo. Deverá distribuir nos respectivos lugares, os Malhetes, Rituais, Código das Legislações Maçônicas, Carta Constitutiva, Bolsa de Beneficência, Bolsa de Propostas e Informações, Estandarte da Loja, Livro da Lei, perfumes e todos os instrumentos necessários para as Sessões Econômicas ou Magnas. O Arquiteto é quem deve acender as luzes e ou as velas dos Altares (inclusive as do Altar dos Juramentos) antes do início dos trabalhos.

O Mestre de Harmonia deve deixar preparadas as músicas selecionadas para serem executadas na entrada dos Irmãos no Templo. Após a ornamentação o Arquiteto solicitará ao Mestre de Cerimônia para verificar se tudo está correto para o cerimonial a ser realizado. Depois de certificar-se que nada falta o Mestre de Cerimônia determinará que o G∴ do Templo e o Mestre de Harmonia ocupem os seus lugares, fecha-se a porta do Templo indo em seguida comunicar ao Venerável Mestre que o Templo está devidamente ornamentado, pronto, portanto para o início dos trabalhos. Após ordem do Venerável, o Mestre de Cerimônia organiza o cortejo.

Cortejo ( ingresso ao Templo) - É a fila organizada antes do ingresso ao Templo, com todos os presentes, convenientemente trajados e revestidos de suas insígnias.

O Cortejo é formado pelo M∴de Cerim∴ e consiste em uma fila dupla obedecendo-se a seguinte ordem: Primeiro AApr e CComp∴(lado a lado), os CComp∴no lado do Sul e os AApr∴do lado Norte, indo a frente os mais recentes. A seguir os MM∴ e os Oficiais, cada um do lado de sua respectiva Col∴,em seguida os MM∴IInst∴, Os VVig∴ e finalmente o V∴ M∴.

O Mestre de Cerimônias a frente do préstito, dará uma única pancada na porta do Templo, que será aberta pelo Guarda do Templo, o Mestre de Cerimônia solicita-lhe a entrada. Neste momento, o Mestre de Harmonia executa música suave (de preferência de autor maçom), a fim de propiciar a criação de um clima agradável. O Guarda do Templo (a Ordem com a espada cruzada sobre o peito) se posta junto a Coluna J e de frente para a entrada do préstito, enquanto que o Mestre de Cerimônia posta-se junto a B de frente para o Guarda do Templo aguardando o ingresso de todos os Obreiros, até a passagem do Venerável Mestre, quando então o conduzirá até o Trono.

No Cortejo todos romperão a marcha com o pé esquerdo adentrando o Templo com passos normais tanto pelo lado Norte, quanto pelo lado Sul, cada um indo diretamente ocupar o seu lugar, conservando-se em pé sem estar a Ordem, voltados para o Eixo da Loja. Após a entrada do Venerável Mestre o Guarda do Templo fecha a porta me toma seu lugar. O Mestre de Cerimônia após conduzir o Venerável Mestre até o Trono verifica se todos os Obreiros estão perfeitamente colocados nos lugares que lhes compete (neste instante cessa a música) e entre Colunas dá uma única batida no chão com seu bastão e declara ao Venerável Mestre (conforme o Ritual) que os trabalhos, se ele assim o quiser, poderão ser iniciados. Durante o Cortejo nenhum Obreiro fará qualquer tipo de sinal. Devemos observar que ninguém deverá ter ingresso no Templo, sob qualquer pretexto, antes da hora fixada para o início dos trabalhos exceto os Obreiros que estivem encarregados de prepará-lo para as cerimônias, além do G∴T∴ e do M∴ de H∴. A saída do T∴ se dará seguindo a ordem inversa à entrada.

Recebimento de Visitantes – Os Irmãos visitantes com direito a saudação honorífica, devem ser recebidos por uma Comissão de Recepção formada especialmente para recepcioná-los, por Estrelas e Espadas conforme prescritos nos Rituais.

Todos os maçons regulares têm direito de visitar as Lojas de sua ou de outras jurisdições, sujeitando-se, porém, as prescrições do trolhamento e as disposições disciplinares estabelecidas pela Loja visitada. Só devem ser admitidos como visitantes maçons que exibam seus documentos de regularidade em perfeita ordem e se mostrem pelo trolhamento, perfeitos conhecedores dos S∴T∴ e da P∴Sem∴, salvo se forem conhecidos de Obreiros que por eles se responsabilizem. Quando um visitante for conhecido e já tenha visitado a Loja pode, o Venerável Mestre, conceder permissão para ele entrar conjuntamente com os membros do quadro. Em Loja os Irmãos visitantes sentar-se-ão nos lugares que lhes forem indicados pelo Mestre de Cerimônias. Em se tratando de Venerável Mestre ou Mestre Instalado, deverá ser conduzido ao Oriente onde tem assento.

Comissão de Recepção – É formada para a recepção no Templo das Autoridades Maçônicas. É composta por duas filas de Obreiros portando alternadamente Estrelas e Espadas, ficando a ala maior do lado Norte e começando por Estrela. A quantidade de Estrelas e Espadas varia de acordo com a Autoridade a ser recepcionada, bem como os procedimentos ritualísticos que são determinados pelos Rituais.

Nenhuma honra poderá ser prestada quando já estiver presente uma autoridade de ordem hierárquica superior. Quando o Pav∴Nacional já tiver ingressado no Templo não se poderá receber qualquer visitante ou autoridade (maçônica, civil ou militar) com qualquer honraria.

Abóbada de aço - Destina-se a homenagear visitantes ilustres e autoridades maçônicas. É formada por duas alas de Obreiros, preferencialmente Mestres Maçons de nossa potência, uma postada ao Norte e outra ao Sul, estando em pé e portando a espada com a mão direita, o braço estirado obliquamente cruzando no alto a ponta das espadas sob ela e por entre os Irmãos que a compõe passam os homenageados. A formação da Abóbada de Aço já constitui por si só a homenagem prestada, assim não é permitido “tinir” as espadas.

Estrelas – São usadas para recebimento de autoridades. Constitui-se de um bastão de madeira escura com 1,30m de comprimento, encimado por roseta metálica sobre a qual é fixado um castiçal para vela.

As Estrelas devem sempre serem conduzidas com a mão direita mantendo-se um ângulo de 90o entre o ante-braço e o braço o qual deverá ficar colado ao corpo. Os Irmãos que as conduzem, devem formas alas ficando a de maior número na coluna do norte (as Estrelas são sempre em número impar).

Bateria (simples ou incessante) – Certos números de golpes, que durante a abertura, desenvolvimento e encerramento dos trabalhos de uma Loja são dados pelo Venerável e pelos Vigilantes com a ajuda dos Malhetes: os demais Irmãos batem as mãos de forma compassada. Em Maçonaria, Bateria significa “aplauso” e “ordenamento”. Na abertura e no encerramento dos trabalhos é feita a bateria e a exclamação; Usa-se também para acalmar os excessos e interromper alguma discussão áspera e inconveniente - o VM, empunhando o Malhete diz: “pela ordem”, determinando que todos se levantem e passa a comandar uma bateria; depois, senta-se e recomeça os trabalhos interrompidos; a pausa tem o dom de acalmar os excessos.

Os aplausos traduzem-se pela bateria, que pode ser simples ou incessante. A SIMPLES corresponde a bateria do Grau, com tantos golpes quantos forem os anos dos graus em que estiver trabalhando a Loja, e por isso é sempre ritualística, normalmente destinada a aplaudir algum pronunciamento de Irmão. A INCESSANTE, quando os golpes de malhete e as palmas são contínuos; em caso de luto, manifestação de pesar pela passagem de um Irmão para o Oriente Eterno, não se expressa pela observância de “um minuto de silêncio”, mas sim, após o pronunciamento, no momento próprio, a bateria é feita por leves golpes com a palma da mão direita sobre o antebraço esquerdo. Com os Irmãos permanecendo sentados.

A Bateria corresponde a uma salva de palmas, aplicável tanto em Sessão Econômica, Magna ou Branca, mas sempre comandada pela batida de Malhete do VM∴, acompanhada dos VVig∴. Cabe ao Venerável indicar aos Irmãos se a bateria será simples ou incessante.

Fonte: JBNews - Informativo nº 253 - 08.05.2011

PALAVRA CASSADA

(republicação)
O Respeitável Irmão Antonio Carlos G. A. Costa, Loja Dever e Humanidade, 860, sem declinar o nome do Rito, Obediência, Cidade (Oriente) e Estado da Federação, apresenta a questão seguinte: 
deverehumanidade@gmail.com 

Consulto-lhe sobre a seguinte questão: 

No Oriente, na Palavra ao Bem da Ordem, o Venerável Mestre passou a palavra ao Irmão Orador para suas conclusões, como Guarda da Lei. O Irmão Orador pronunciou-se sobre determinado assunto que o Venerável Mestre julgou impróprio para a ocasião e lhe cassou a palavra. O Venerável Mestre em seguida solicitou ao Orador sua conclusão ritualística, aquela que dá a sessão como "Justa e Perfeita", no que o Orador, alegando que teve a palavra cassada, não poderia mais se pronunciar e, portanto não poderia mais concluir que a sessão foi "Justa e Perfeita". O Venerável Mestre decidiu então encerrar a sessão com um só golpe de malhete. Pergunto-lhe: Essa sessão deve ser considerada NULA, ou seja, não teve valor legal pelo fato do Orador não conclui-la como "Justa e Perfeita"? Uma cerimonia de Filiação realizada antes, na Ordem do Dia, deve ser anulada pelo fato do Orador não ter dado a sessão como "Justa e Perfeita"?

CONSIDERAÇÕES:

Se uma situação dessa absurda viesse a acontecer ela não teria validade alguma, já que uma Sessão no caso de ritos que possuem o Orador como guarda da Lei e, por extensão representante do Ministério Público Maçônico, perderia a validade se a mesma não viesse a ser declarada como Justa e Perfeita por quem de direito. 

A questão pode até parecer subjetiva, todavia antes de tudo há que preservar o bom senso. Eu pelo menos nunca vi um Venerável caçar a palavra do Orador, já que de direito o que poderia acontecer seria o contrário por descumprimento de Lei. 

Agora, também um Orador deve ter o discernimento que ele quando fala como Guarda da Lei nas suas conclusões finais deve se ater ao seu ofício, saudando os visitantes e declarando a Sessão conforme os princípios e leis - Justa e Perfeita. 

Declarar uma Sessão “Injusta e Imperfeita” o próprio Orador estaria cometendo um desatino, já que ele no momento anômalo já deveria ter abortado o procedimento ilegal e nunca esperar para no final se pronunciar contra o ato, se fosse o caso. 

Por outro lado um Orador quando quiser se pronunciar em nome de outro assunto ele tem a oportunidade de solicitar a palavra quando o Venerável a colocar no Oriente por ocasião da Palavra a Bem da Ordem e do Quadro em Particular. 

Quando um Orador dá suas conclusões de forma legal ele não emite em hipótese alguma pareceres e opiniões de cunho pessoal. 

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.188 – Florianópolis(SC) – terça-feira, 03 de dezembro de 2013

MAÇONS FAMOSOS


CLAUDE JOSEPH VERNET (Avignon, França, 1714 - Paris, 1789). Pintor, desenhista e gravurista francês cuja arte ecoa a grandiosidade da natureza. Incentivado por seu pai, também pintor, viajou pelas capitais artísticas da época, absorvendo inspiração em Paris e Roma.

Convocado à corte francesa, recebeu a missão de retratar o poder marítimo do país. Suas obras, focadas em paisagens marinhas, frequentemente exploram tempestades e naufrágios, transmitindo a imensa força da Natureza. Acredita-se que o artista se amarrou ao mastro de um navio durante uma tempestade para capturar essa experiência única.

O estilo peculiar de Vernet destaca-se por panoramas com horizontes baixos e céus amplos, conferindo realismo às imagens, acentuado pela intensidade das cores e pela meticulosa atenção à luz e sombra. Um legado artístico que eterniza a imensidão da Natureza.

INICIAÇÃO MAÇÔNICA: 1778.

Loja: Les Neuf Sœurs, em Paris, França.

Idade que foi iniciado: 64 anos.

Faleceu aos 75 anos de idade.

Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria

O HOMEM E A MAÇONARIA

Autor: Renato Krile

Não há como desligar, um do outro! Nem com muito esforço.

É dito que a Maçonaria tem por objetivo: “tornar feliz a humanidade…”, mas seria possível sem o homem? Não, mas vale a utopia!

Notem que iremos fazer um emaranhado de coisas e será necessária muita atenção!

Quando foi dito que não há como separar o homem da Maçonaria, também entende-se o contrário! O que seria da instituição maçônica sem a figura humana, um prédio lindo, cheio de enfeites e alegorias, porém sem vida e sem sentido… me parece óbvio! Mas qual o verdadeiro papel do homem nessa odisséia maçônica? Total! Sem a figura humana, em nada, para nada, com nada, de nada serviria a instituição maçônica… então há um enlace fundamental, entre Maçonaria e homem? Sim, mais uma vez: Total!

O problema da Maçonaria não reside em sua própria existência, mas sim no homem, por favor não confunda que isso signifique perfeição! Maçonaria nunca foi, não é e jamais será perfeita… reflita! Mais uma vez, óbvio!

A Maçonaria tem muito a nos ensinar, não resta a menor dúvida, não será pela força, não seria pelo argumento, e jamais poderia ser pela filosofia(apenas), ela ensina pelo amor, pelo carinho, pela afeição… ser um homem e ser um maçom é raridade! Nem todo Maçom é homem, mas a grande maioria que é homem, pudera ser maçom!

Essa relação não é direta, ela requer coerência, não é verdade que todos que iniciaram realmente sejam maçons, essa relação guarda um estreito relacionamento com a verdade, com a postura, com o caráter e com a dignidade… e por último com a honra!

Esse binômio Homem x Maçonaria é sensacional, ela(Maçonaria) se denigre pelo homem, não pela sua existência, infelizmente a realidade das suas fileiras é preocupante e requer cuidado, prudência e muita capacidade amar…

Mas, insista! Se a autocrítica lhe fere o peito, se o espelho lhe rompe a alma e se sua língua se tornou motivo de açoite, lembre-se: os verdadeiros iniciados sofrem isso constantemente, por terem sido ignorados, esquecidos e muitas vezes colocados de lado.

Por fim, que a beleza humana, a força da palavra e a sabedoria de Deus una o ser humano em um mar de calmaria e felicidade, e que a maçonaria possa ser um instrumento de paz e harmonia para o objetivo de ser feliz.

Fonte: https://opontodentrocirculo.com

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

CHAPÉU OU SOLIDÉU

(republicação)
O Respeitável Irmão Luiz André Barra Couri, sem declinar o nome da Loja, Rito e Obediência, Oriente de Santos Dumont, Estado de Minas Gerais, apresente a questão seguinte: 
luiz.couri@yahoo.com.br 

À questão. Durante minha Exaltação (13/08/2013), percebi que alguns dos Irmãos usavam chapéu, com ou sem abas caídas, enquanto outros portavam o QUIPÁ ou o SOLIDÉU. Lendo o livro CARGOS EM LOJA, do Irmão Xico Trolha, ele defendeu a tese de que todos deveriam usar o quipá ou solidéu e não o chapéu. Ficarei bastante feliz se eu puder receber suas impressões sobre o tema.

CONSIDERAÇÕES:

Penso que a tese defendida pelo meu saudoso Irmão e amigo Francisco de Assis Carvalho (Xico Trolha) era fundamentada na influência hebraica (quipá) muito particular ao Rito Escocês Antigo e Aceito, dado que essa influência também se fundamentava nas práticas da Igreja Católica. O solidéu (do lat. soli Deo – somente a Deus). 

Na questão da Maçonaria, primeiro é se observar o que exara o Ritual em vigência. Geralmente os rituais apregoam o uso do chapéu desabado para alguns ritos, enquanto que a cartola para outros. 

O que não pode acontecer é o uso do chapéu, por alguns e do solidéu por outros indiscriminadamente, somente pelo fato de que alguns acham alguma coisa enquanto outros acham outra coisa – respeite-se o Ritual.

No Rito Escocês Antigo e Aceito o uso é do chapéu, sobre o aspecto místico, tem base no Livro do Esplendor e no da Criação onde, nesse sentido, está o ensinamento que sobre a mente falível do Homem está à onisciência e onipresença de Deus. Aplica-se o ensinamento como submissão do ser humano ao “Criador”. 

Sob o aspecto histórico da vertente maçônica francesa está no caráter de igualdade onde unicamente o rei na presença dos seus súditos usa cobertura. Já na presença dos seus pares, todos se cobrem. Nesse sentido tradicionalmente no Rito Escocês em Loja de Aprendiz e Companheiro, o Venerável restritamente usa, ou pelo menos deveria usar o chapéu desabado, enquanto que em Loja de Mestre o uso é generalizado para todos os componentes. 

Ainda na questão do termo “desabado”, o costume possui raiz na prática de se esconder, dificultar a identificação do usuário. 

Em Maçonaria nos costumes que apregoam o uso da cobertura, é mais conveniente o uso do chapéu, até porque essa prática não estaria se identificando com uma cultura única religiosa. 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.186 – Florianópolis(SC) – domingo, 01 de dezembro de 2013