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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

LITURGIA RITUALÍSTICA NA INCENSAÇÃO E USO DE ESPADAS

LITURGIA RITUALÍSTICA NA INCENSAÇÃO E USO DE ESPADAS
Ir∴Flávio Dellazzana, 
M∴M∴A∴R∴L∴S∴ Pedra Cintilante, 60 - G∴O∴S∴C∴ 

LITURGIA, palavra de origem grega (Leitourgia), que segundo Aurélio, pode confundir-se com ritual, significando "um culto público e oficial instituído por uma igreja". O mesmo autor define RITUAL como "um conjunto de práticas consagradas pelo uso e/ou normas , e que se deve observar de forma invariável em ocasiões determinadas, portanto, um cerimonial". De acordo com Aslan em seu Dicionário Enciclopédico, o termo RITUALÍSTICO nada mais é do que um neologismo com o mesmo significado de RITUAL, com o objetivo de diferenciar do entendimento geral o entendimento exclusivamente maçônico. 

Numa sessão maçônica, o ritual já começa antes mesmo da chegada da maioria dos irmãos e da formação da procissão de ingresso no templo. O Mestr∴ Arq∴ verifica se tudo está em ordem para o início dos trabalhos, prepara o Altar dos Perfumes, e, na seqüência, com a participação dos IIr∴ Mestr∴ Ccer∴ e 1o Exp∴ , reanima a Chama Sagrada. Após esse momento é que o Mestr∴ Ccer∴ distribui as insígnias e organiza os irmãos para adentrar no Templo, tendo início a sessão propriamente dita.
Todos os eventos que ocorrem no ritual maçônico são importantes. Entretanto, no rito Adonhiramita, um deles tem um significado todo especial, que é a "Cerimônia da Incensação". 

O simbolismo do incenso está ligado diretamente ao simbolismo da fumaça e do perfume. A incensação tem como valor simbólico à associação do homem à divindade, do finito ao infinito e do mortal ao imortal. Ao espargir a fumaça se está purificando o ambiente tanto no sentido físico por tratar-se de substância com propriedades anti-sépticas, como espiritual, pois o incenso tem a incumbência de elevar a prece para o céu. A incensação gera uma atmosfera de aroma agradável e magnetiza com fluidos benéficos os obreiros e o ambiente, contribuindo para a formação da egrégora e propiciando à reflexão. 

O ritual da incensação inicia quando o Ven∴Mestr∴ coloca as três pitadas do incenso no turíbulo, magnetizadas por Sabedoria, Força e Beleza. O Mestr∴ Ccer∴ incensa o Ven∴ Mestr∴ por três vezes, invocando a Sabedoria tão necessária para conduzir os trabalhos e orientar os Obreiros. A seguir, o 1o Vig∴ também é incensado por três vezes e pronunciada a palavra Força, o que é repetido no 2o Vig∴ onde profere Beleza. Retornando ao Or∴, incensa por uma vez o Ir∴ Orad∴ quando mentaliza a "Justiça" com a qual o Guarda da Lei deve pautar seu trabalho, e, por uma vez também o Ir∴ Secr.∴, onde mentaliza "Memória", a memória da Loja que deve ser gravada por ele. Na seqüência, o Mestr∴ Ccer∴, na linha média da balaustrada, incensa a Loj∴ por três vezes, proferindo na Col∴ do Sul Liberdade, na Col∴ do Norte Igualdade e no centro Fraternidade. Depois se posiciona entre Ccol∴ e voltado para o Or∴ incensa por mais três vezes, proferindo ao final: "Que a paz reine em nossas Ccol∴". 

Então o Cobr∴ é incensado pelo Mestr∴ Ccer∴ por uma vez, quando é mentalizada a palavra Diligência, para que tenha zelo, aplicação e presteza no desempenho da função de Guarda do Templo. Após isto o Mestr∴ Ccer∴ troca de instrumentos com o Ir∴ Cobr∴ Int∴ e tem a porta do Templo aberta pelo Mestr∴ Ccer∴, incensa o exterior do templo por duas vezes, para o sul e para o norte, mentalizando Paz e Amor, respectivamente. Desfaz-se a troca da espada e do Turíbulo, sendo então, o Turíbulo novamente depositado no Alt∴ dos Pperf∴ e está encerrada a cerimônia da Incensação. 

O USO DA ESPADA NA MAÇONARIA 

A espada, em maçonaria, é a arma da vigilância com a qual o Maçom defende a Ordem; representa o poder e a autoridade dirigidos com justiça e equilíbrio. É um símbolo de igualdade entre os MM∴ MM∴ e, no Rito Adonhiramita é usada em todos os graus do simbolismo, apenas por MM∴ MM∴. 

Empunhada com a mão direita, representa uma arma; a ação física; a Proteção dos Segredos e dos Princípios da Tradição Maçônica; a Vingança que se abate sobre o traidor e a Consciência que atormenta o perjuro; o compromisso de manter o sigilo, de vencer as paixões que o mundo apresenta entre suas ilusões (as quais o Tempo, inexorável Guardião da Eternidade, consome). Ao penetrarem no Templo, todos os MM∴ MM∴ devem estar munidos de uma espada introduzida na extremidade inferior da Faixa de Mestre, no local apropriado, exceto os IIr∴ Cobridor e M∴ de CCer∴ que terão suas espadas em esquadria. 

Após a abertura dos TTrab∴, todos os MM∴ que se deslocarem, exceto quando transportando material litúrgico, estarão portando suas espadas. 

O Manual do M∴ de CCer∴, na parte que trata da Formação do Pálio, prevê que em Grau de Aprendiz o pálio sempre é formado por um Mestre da col∴ do Sul e outro Mestre da Col∴ do Norte, a convite formal do M∴ de CCer∴, os quais formarão o Pálio postando suas espadas como extensão de seu bra∴ dir∴ em ângulo de 52o sobre o A∴ dos JJur∴ , estando na abertura, a espada do M∴ de CCer∴ por baixo das demais, dando sustentação, e no encerramento, por cima das demais, sobrepondo-as. 

Ao permanecerem sentados os citados OOfi∴ seguram suas espadas com a mão esq∴ para a produção da descarga de energia saturada que todos os AA∴ IIr∴ trazem do Mundo Profano; com exceção do Cobridor Interno que deve sempre segurar sua espada com a mão direita, aspecto do comando e da autoridade, capaz de repelir o intruso seja no plano físico, astral ou espiritual que é sua missão em Loja. A lâmina da espada não deve ser tocada para que não se altere sua imantação, interferindo no fluxo energético que se estabelece com a ritualística. Apesar disso, o ato litúrgico que envolve o uso de espadas na Maçonaria não está ligada a magia ritual primitiva, ainda que os antigos magos empunhassem numa mão uma vara e na outra uma espada. Tão pouco se prende exclusivamente ao sentido guerreiro ou militar! O uso da espada está relacionado a efeitos geomânticos uma vez que todo ritual interfere em correntes de energia. 

Esta é uma breve explicação sob dois pontos de nossas sessões, lembre-se de que cada vez que praticamos um ato dentro de loja as suas conseqüências se refletem em cada um dos irmãos, pois a energia que exalamos é distribuída aos irmãos e com eles compartilhada. 

Que o GADU possa sempre nos iluminar e energizar os nossos pensamentos para que possamos sempre trilhar o caminho da verdade, justiça do amor fraternal e nos basear na liberdade igualdade e fraternidade para que os nossos pensamentos sejam justos e as nossas ações perfeitas caminhando pela régua e se guiando pela esquadria. 

Fonte: JBNews - Informativo nº 099 - 08/12/2010

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