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terça-feira, 18 de junho de 2024

PELA ORDEM

Ir∴ Lajús M∴M∴
Aug.: Res.: Loj.: Simb.: Alferes Tiradentes, n.20.

É comum durante o andamento de uma sessão, um Ir∴ pedir “pela ordem”, em geral, dirigindo-se diretamente ao V∴M∴ Entretanto, este procedimento deve ter alguns pré-requisitos, para que não se incorra em algum erro. Senão, vejamos.

Toda sessão, seja de A∴M∴, C∴M∴ ou M∴M∴, segue uma seqüência de eventos, uma ritualística, uma ordem, uma ornamentação e uma distribuição de funções que são determinadas pela Constituição, Regulamento Geral e Manual de Cargos e Funções, emitidos pela Grande Loja, Regimento Interno da Loja, pelo próprio Ritual do Grau, em que se está trabalhando, e pelos Usos e Costumes adotados pela Loja.

Então, quando, e somente quando, alguma das regras estabelecidas para o desenvolvimento da sessão for quebrada, seja por omissão ou esquecimento, é permitido a um Ir∴, que perceba este fato, peça a palavra “pela ordem”, para que se volte aos procedimentos normativos. Vejamos alguns exemplos. Primeiro, considerando a parte estática da ritualística: não fixação da Carta Constitutiva, ou posicionamento do Estandarte da Loja no Oriente; o painel do Grau, ou a posição relativa entre o esquadro e o compasso sobre o Livro da Lei, não condizem com o Grau que se está trabalhando. Segundo, considerando a parte dinâmica da ritualística, no desenvolvimento dos trabalhos: omissão da circulação da Bolsa de Propostas e Informações; não suspensão dos trabalhos para colocar a Loja em recreação.

Vamos a um contra-exemplo: suponhamos que, estando na ordem do dia a discussão de um tema qualquer, e que a palavra já passou pelas Colunas do Sul e do Norte e se encontra, no momento, no Oriente, um Ir∴ do Ocidente pede ao V∴M∴ “pela ordem”, para dar ou solicitar esclarecimentos sobre o tema em questão. Primeiro erro: o pedido da palavra “pela ordem” deve limitar-se exclusivamente sobre o andamento da sessão, sua ritualística e ornamentação, e não sobre o tema em discussão. O correto seria “Peço-vos o retorno da palavra para esclarecimento”. Segundo erro: estando no Ocidente, a palavra não deve ser pedida diretamente ao V∴M∴. Em tal circunstância, a palavra deverá ser pedida ao Vig∴ da Coluna na qual se encontra o solicitante, e o Vig∴ a fará ao V∴M∴, que poderá concedê-la ou não. Em havendo o retorno da palavra, ela deverá seguir a ritualística de percorrer as Colunas do Sul, do Norte e em seguida o Oriente. Vale aqui transcrever parte do que diz o Ritual de Aprendiz, quando trata do Retorno da Palavra: 

“Entretanto, em situações excepcionalíssimas onde se configure a necessidade intransponível de ser dado esclarecimento em resposta a alguma afirmação ou negação sobre fato relevante de interesse da Maçonaria em geral ou do Quadro da Loja, em particular, mas sempre despido do espírito de retaliação ou criação de contenciosidade, poderá qualquer Irmão, através do Vigilante de sua Coluna, ou diretamente ao Venerável, se no Oriente, solicitar o retorno da palavra, justificando previamente o motivo que tem para assim pedir.”

Para finalizar, lembramos apenas que vamos às sessões para desbastar nossas asperezas na busca constante do aperfeiçoamento, e que o objetivo maior é tornar feliz a humanidade.

Fonte: JBNews - Informativo nº 240 - 25.04.2011

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