Ir∴ Valdemar Sansão
Não pode ser chamado Maçom quem não participa dos trabalhos de uma Oficina, pois somente o coletivo maçônico nos completa. Numa Banda de música se toca um conjunto de instrumentos. Escreve-se para cada um a parte da peça musical que lhe pertence, numa execução em conjunto, bumbo, pratos, clarim, etc. A tuba sozinha não faz música; só a banda pode fazê-la. E esta toca somente porque todos os músicos têm a mesma partitura. Todos eles coordenados pelo maestro, subordinam suas especialidades à tarefa comum. E todos tocam somente uma peça musical por vez.
Façamos uma analogia (pontos de semelhança entre coisas diferentes), da Loja maçônica com a banda de música, um estudo pormenorizado das funções de seu Venerável Mestre, de seus Obreiros, suas relações, seus deveres, uma bandeira definida.
Maçonaria, instituição filantrópica, filosófica e progressiva, tem como objetivo a pesquisa da verdade, o estudo da moral, é uma escola de virtudes. Forja o caráter do homem e sua prática ritualística exige trabalho, estudo, pesquisa e meditação dos adeptos para que aprendam a conhecer-se, a pensar, a discernir, a falar, a ter como objetivo emancipar as consciências através da pesquisa da verdade, do estudo da moral, da prática da solidariedade, da Liberdade, da Igualdade, da Fraternidade.
Leis maçônicas – determinam aos maçons obediência à lei, ao lado do amor à família, fidelidade e devotamento à pátria e estabelece normas, direitos e deveres, determinando diretrizes para atuação maçônica. Deixar tudo solto dá margem a problemas maiores do que temos. Por isso não permitem qualquer afastamento dos antigos Landmarks, nem o descumprimento de qualquer artigo da Constituição, do Regulamento Geral e dos Estatutos de sua Obediência maçônica.
Loja Maçônica - quando bem dirigida, com suas tarefas e sua missão, seu desempenho em relação a objetivos e metas conhecidos e impessoais bem claros, para alimentar os projetos em andamento ou futuro será produtiva, ou será, simplesmente um bando desorganizado obediente ou desobediente às leis, decretos, atos, vindos da Potência a que se subordina.
Vê-se, facilmente, a imensa tarefa de uma Loja Maçônica que se parece, em certos aspectos, com a de uma Banda de música, com a diferença que nesta, cada membro toca seu instrumento e sintonia coletiva não existindo em excesso, vaidade, orgulho, egoísmo de tantos ávidos em “ter e não em ser”.
Estatuto da Loja – traça normas quanto à organização, sede e foro da Loja como Sociedade beneficente, composição do quadro, no e qualidade dos sócios; admissão de associados; seus deveres e direitos, seus poderes, sistema de contribuição e sanções por falta de cumprimento de obrigações pecuniárias; Assembléia geral, seus poderes, reunião, convocação, deliberação; administração, eleições, duração dos mandatos, seu limite, substituições e encargos dos administradores; fundo social e aplicação de patrimônio em caso de dissolução, segundo determinado na Constituição da Potência; finanças ou rendas, sua escrituração e emprego.
Regimento Interno – A ARLS∴Prof∴ Raimundo Rodrigues, é constituída conforme os ditames da legislação em vigor nas leis brasileiras obedece e subordina-se à Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, seguindo a Constituição, Leis e Regulamentos da GLESP, aos princípios gerais da Maçonaria universal e seus Landmarks.
O objetivo deste REGIMENTO INTERNO é criar normas que passarão a orientar e disciplinar as atividades da Oficina. Trabalho de grande importância que não pode ser improvisado, negligenciado ou omitido pelos membros da Oficina; requer uma grande elaboração, o conhecimento das verdadeiras necessidades da Loja maçônica adquiridos pela experiência e sérias meditações; para a unidade, a harmonia e a coordenação de todas as partes do conjunto, não poderá emanar senão da iniciativa individual dos fundadores ou afiliados, salvo para receber mais tarde sanção dos interessados, Mas, desde a fundação da Loja, será necessário ter uma regra, um ponto onde tudo desemboque, e de onde tudo possa irradiar uma nota traçada, um objetivo determinado. Estabelecida a regra, caminha-se com mais certeza, mais segurança, sem apalpadelas, sem hesitação.
Uma Loja bem organizada não pode ter dono, chefes ou subordinados, mas sim, ser um time em busca da vitória. É preciso ter capacidade para criar seu Regimento Interno (RI ), exigindo um processo de aperfeiçoamento de tudo que se faz.
Objetivos - Fica claro que uma Loja, para atingir o objetivo e evitar desinteligências precisa:
1- elaborar, aprovar, registrar e executar seu Regimento Interno (RI).
2-demonstrar através de medidas efetivas, que não será mais uma Loja a exibir fragilidades.
3-dar exemplo de rigorismo na atividade ritualística, entretanto, lembrando sempre que o Regulamento da Ordem deve ser observado como uma trilha de bom senso a ser seguido, jamais como um caminho rígido e imutável.
4- nenhum Mestre, exceto o Venerável, poderá advertir ou repreender outro Irmão, ainda que por motivo justificável sob sua ótica, sendo-lhe facultado o pleno direito de se pronunciar sobre a questão em Sessão de Mestres.
5 – em seus projetos sociais e filantrópicos a Loja estará sempre voltada ao atendimento preferencial de membros do seu quadro de Obreiros, que estejam necessitados; em segundo plano dará preferência a maçons em dificuldades financeiras; e por fim, instituições filantrópicas e necessitados em geral, desde que comprovada a real necessidade. O Ir∴ Hospitaleiro, mensalmente, deverá encaminhar ao Ir∴Tesoureiro, prestação de contas do repasse das verbas que lhe forem destinadas, para que o mesmo registre em livro próprio, anexando recibos.
6–ser rígido na aprovação de novos membros, através de sindicâncias mais acuradas possível, valorizando em especial as virtudes do candidato dentro da máxima de ser livre e de bons costumes, como condição básica a nortear a escolha. Não ter açodamento nessa análise do candidato.
7- cuidar na escolha dos Veneráveis partindo da premissa de que apenas antiguidade não é condição fundamental e “sine qua non” para exercer o cargo. Além disso, seria imprescindível avaliar qual Irmão que realmente se encontra em condições ideais para liderar o grupo, no momento, através de escolha CONSENSUAL.
8 – para que seja cumprido o planejamento e programação de assuntos para a Ordem do Dia, toda e qualquer proposta deve ser fundamentada e endereçada ao Ven∴ Mestre, através da Bolsa de Propostas e Informações.
9 - cuidar para que os Irmãos pretensos “donos da Verdade” não tenham a veleidade de assumir cargos importantes na administração.
10 – manter seus dados cadastrais atualizados junto a Secretaria da Loja.
11 - é defeso a qualquer obreiro, inclusive ao Venerável Mestre, em nome próprio ou da Loja, divulgar qualquer problema existente entre membros do quadro da Oficina.
12- estar ciente de que a Loja somos todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à idéia, à palavra, à associação.
13 – para que ocorra alteração de qualquer artigo, parágrafo, inciso, alínea, ou item deste Regimento Interno, será necessária proposta
escrita, fundamentada e assinada por três membros do conselho de Past-Masters da Loja, a qual será levada à votação em Sessão de MM∴. e somente será deferida se aprovada pelo menos por 70% (setenta por cento) dos integrantes do quadro de obreiros da Oficina.
14 – todos os integrantes do Quadro de Obreiros da Loja declaram aceitar integralmente as cláusulas e fundamentos que regem este Regimento Interno, submetendo-se ao seu rigor e comprometendo-se a cumprir fielmente as disposições nele contidas.
Fonte: JBNews - Informativo nº 216 - 01.04.2011
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