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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

O SARCASMO

Ir∴ Luiz Felipe Brito Tavares
Loja Luz do Planalto, 76 de São Bento do Sul SC

O sarcasmo nos impede de amar.

O sarcasmo nasce de uma visão equivocada da vida.

Sentimento monótono usado de forma reflexa, que inibe o movimento voluntário do ser que se candidata à evolução.

O sarcasmo é cortina que vela tesouros ocultos.

Nasce do espírito que se entende como matéria.

Provém de automatismo desencadeado pelo medo, da falsa e irreal concepção que necessitamos sobrepor aquele que considera com adversário.

Sentimento triste daquele que necessita tornar seu semelhante infeliz para acreditar-se, sem o ser de fato, feliz.

O sarcasmo provém do engano e da fraqueza.

É ferramenta psicológica primitiva, que tende a deslocar a dor do desconhecido, que lhe estremece a segurança, para o riso de desmerecimento, tentando esvaziar a tensão. Um saco de gatos que esconde as próprias fraquezas.

Se acreditarmos em um ser perfeito que é soberanamente justo e bom, devemos transcender a visão do mundo e buscar o entendimento de que existe uma equidade potencial à todos os seres humanos.

Entender que existem estágios de desenvolvimento e que cada um terá uma visão do mundo equivalente ao seu grau de compreensão, nos permitirá um sentimento de respeito por cada irmão em humanidade. A felicidade provém de podermos proporcionar aos nossos irmãos espaço para seu movimento de crescimento. O sarcasmo é um impedimento à felicidade, colapsando tais espaços.

Entender que somos seres fadados à evolução também nos dotará de humildade para enfrentar o novo com tranqüilidade, sem que venhamos a nos sentir ameaçados.

O sarcasmo embota nossa capacidade de adquiri novos pontos de vista e novos conhecimentos. O sarcasmo cristaliza a mudança necessária.

Devemos sair deste automatismo para crescer em movimento voluntário e amadurecido.

Muitos escondem seu sarcasmo com floreios, aparentando superioridade que não possuem. Atrás de muitas belas palavras podem se esconder verdadeiras serpentes.

Podemos utilizar o sarcasmo como um termômetro a nos indicar o quanto precisamos amadurecer.

Ao sentirmos tal sentimento reptiliano, busquemos nos esforçar, como um exercício, para opor em seu lugar outro de maior quilate. Busquemos respeitar aqueles que ainda percorrem os caminhos iniciais da senda, entendendo que muito podemos ajudá-los em crescimento se não os taxar pelo escárnio aberto ou velado.

Nos permitamos voar pelas asas do respeito.

Busquemos também aceitar o desconhecido como campo aberto ao nosso crescimento e nos permitamos à coragem de se abrir ao novo, conscientes que GADU no deu elementos de superação. Tudo muda, mas nós evoluímos na onda de mudança.

Não utilizemos o sarcasmo como escudo a esconder nosso orgulho e prepotência. Nossa fragilidade escondida em verniz de vaidade. O fraco é aquele que se acredita absoluto sem o ser. O forte é aquele que se abre ao absoluto, permitindo-se por ele moldar, renascendo a cada dia, sem importar-se com máscaras fugidias.

A dor do crescer é muito mais gratificante que o monótono sentimento sarcástico que provém do medo.

Todos possuímos dentro de nós o sarcasmo, em maior ou menor grau, pois estamos a evoluir. Busquemos, no entanto a cada dia menos dele se utilizar.

Busquemos a cada dia substituí-lo pelo respeito .

Se olhássemos no espelho cristalino dos olhos de GADU veríamos que as vestes do sarcasmo, são pobres e esfarrapadas.

Devemos nos desintoxicar deste sentimento, que muitas vezes não percebemos ser crônicos portadores, para sentirmos a profundo respirar o sublime perfume do amor.

Fonte: JBNews - Informativo nº 252 - 07.05.2011

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