Todos temos
ouvido dizer que a Maçonaria apresenta diversas facetas, à medida que atingimos
novos patamares de conhecimento dentro dela. Tomamos conhecimento, na nossa
iniciação, que devemos seguir um novo caminho de Regeneração, abandonando as
armadilhas do mundo profano, da mesma forma que um Monge medieval faria. Em
seguida somos purificados pelas provas dos quatro elementos, ficando totalmente
limpos de antigas manchas, passamos pelo ordálio e recebemos a luz.
Após a
iniciação a nossa obrigação é de praticarmos as virtudes e enterrarmos os nossos
vícios, seguirmos uma disciplina hierárquica, derrotarmos as nossas paixões, e
moldarmos o nosso espírito, em ambiente de psicoterapia de grupo, em que todos
nós unidos e integrados conheçamos a mútua confiança do amor fraternal, o que
nem sempre é fácil de ser atingido.
Por sermos de
uma Escola de Regeneração em Grupo não vivemos nem no Paraíso e nem no Inferno,
mas consertando os nossos erros em um verdadeiro Purgatório, semelhante ao da
escatologia de Dante na Divina Comédia, com os seus sete degraus correspondendo
aos sete Pecados Capitais, aonde vamos perdendo os Vícios e readquirindo as
Virtudes.
No princípio,
pensávamos que o trabalho na Pedra Bruta, para transformá-la em Pedra Cúbica,
era um mero exercício mecânico para produzir pedras mais perfeitas, dentro da
profissão de canteiro, na Maçonaria denominada de Operativa. Ao atingirmos a
perfeição nela encontrávamos a Estrela de Sete Pontas, representando o Grande
Arquiteto do Universo ou a perfeição individual.
A seguir veio
a conotação de que esse trabalho individual, usando o maço e o cinzel, visava
além do aperfeiçoamento individual, a obtenção de novas pedras, para a
construção do Edifício Social perfeito para a Humanidade, em que o maço
representaria o Trabalho, e o cinzel, o Estudo. Passávamos a ideia de que a
Maçonaria seria uma filosofia, na qual usávamos aqueles dois instrumentos, para
uma mudança em nossas vidas, o que não estaria longe da realidade. Seriam os
instrumentos de uma Regeneração, envolvendo a prática das Virtudes.
Hoje o nosso
conceito sobre esse assunto modificou-se completamente. Deixou de ser a forma
egoística a perfeição, atributo pertencente a Deus.
Hoje sinto que
o aprendizado da Maçonaria visa a uma forma de Alquimia especial, a nossa
transmutação de pedra bruta, sem qualidades maiores, em outra, contendo as
partículas de Deus, uma pedra filosofal capaz de, com sua presença benfazeja,
com um simples toque seu, transformar uma pedra fosca e sem forma, em diamante
brilhante, irradiando a sua luz.
Assim deixamos de ter uma posição egoísta e passamos a uma
posição altruística, condizendo com a nossa posição de mudar a Humanidade para
o bem.
Prancha de Autoria do Eminente Grão Mestre; Antonio José
Loureiro, do Grande Oriente do Estado do Amazonas – GOEAM. Decifrada pelo
mesmo, em 04 de novembro de 2009, na Sagração do Templo do Condomínio Maçônico
da Regeneração.
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"Pelo método iniciático, o Maçom distingue-se
culturalmente dos outros homens. Não conhece nem pode conhecer a satisfação
espiritual e intelectual, pois ele sabe que a Verdade de hoje pode não ser a
Verdade de amanhã. Pesquisador eterno, o Maçom faz jus à denominação de FILHO
DA LUZ."
Do Maçom
Nicola Aslan
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