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quinta-feira, 30 de julho de 2015

A PEDRA BRUTA

A PEDRA BRUTA: MATÉRIA-PRIMA DO MAÇOM NA ARTE DE PROMOVER A REFORMA DE SI MESMO
José Ronaldo Viega Alves
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Oriente de S. do Livramento – RS
Contato: . ronaldoviega@hotmail.com

Em cada bloco de mármore vejo uma estátua, vejo-a tão claramente como se estivesse na minha frente, moldada e perfeita na pose e no efeito. Tenho apenas de desbastar as paredes brutas que aprisionam a adorável aparição para revelá-la a outros olhos como os meus já a vêem.” (Michelangelo)

INTRODUÇÃO
Nas palavras expressadas por Michelangelo, podemos ver que o escultor deixa transparecer sua determinação e vontade férreas para, com as quais, logo de imediato dará início ao projeto que tem em mente. Já não enxerga a sua frente somente um bloco de pedra no seu estado bruto, mas a obra de arte, ou o produto final. Lendo essa sua confissão, ou projeção, não pude deixar de, metaforicamente, transportar a imagem e a idéia para relacioná-las com a nossa Pedra Bruta, aquele símbolo marcante com o qual, tivemos um contato primeiro por ocasião da nossa Iniciação, e onde depois de sermos conduzidos até a sua presença, fomos convidados a desferirmos três golpes em sua superfície. Início de todo um trabalho.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

COMO AVALIAR SE SOU REALMENTE MAÇOM?

COMO AVALIAR SE SOU REALMENTE MAÇOM?
Nenhum de nós, em plena faculdade moral, pode se dizer Maçom, simplesmente por ter sido iniciado na Sublime Ordem, estar frequentando uma Loja e estar quite com suas obrigações pecuniárias. 

Embora seja o mais comum entre nós, é necessário esclarecer que a relação do Obreiro para com sua Loja é apenas 10% de tudo o que ele abraça na Maçonaria. Os outros 90% dizem respeito ao Maçom para consigo mesmo e junto à sociedade. 

Não são propósitos precípuos da Maçonaria o conhecimento de nossas leis, nem a leitura de nossas instruções e nem a prática automatizada de nossos rituais. Somos chamados a cumprir as leis, praticar as instruções e compreender como marchar, tocar e sinalizar na vida profana nossa condição de Maçons. 

Mas como saber se somos realmente Maçons? Avalie-se dentro desses 12 itens e responda para si mesmo: 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

O TRABALHO DO APRENDIZ

O TRABALHO DO APRENDIZ
Ir.´. Rui Bandeira 
Loja Mestre Affonso Domingues- nr. 4 Cascais - Portugal

O Aprendiz, após a sua Iniciação, não tem apenas de se integrar na Loja. Essa integração, se bem que necessária, é apenas instrumental da sua actividade maçónica.

O Aprendiz, logo na sua Iniciação e imediatamente após a mesma, é confrontado com uma panóplia de símbolos variada, complexa e de grande quantidade. Uma das vertentes importantes do método maçónico é o estudo e conhecimento dos símbolos, o esforço da compreensão e apreensão do seu significado.

Aprender a lidar com a linguagem simbólica, a determinar os significados representados pelos inúmeros símbolos com que a Maçonaria trabalha é, sem dúvida, uma vertente importante dos esforços que são pedidos ao Aprendiz. 

É uma vertente tão mais importante quanto ninguém deve "ensinar" o significado de qualquer símbolo ao Aprendiz. Quando muito, cada um pode informá-lo do significado que ele dá a um determinado símbolo. Mas nunca poderá legitimamente dizer ao Aprendiz que esse é o significado correcto, que esse é o significado que o Aprendiz deve adoptar. 

O Aprendiz pode adoptar o significado que o seu interlocutor lhe transmitiu ser a sua interpretação, mas apenas se concordar com ele. Se atribuir acriticamente a um símbolo um significado apenas porque alguém lhe disse entendê-lo assim, está a agir preguiçosamente, não está a trilhar bem o seu caminho.

Não quer isto dizer que o Aprendiz não deva, não possa, atribuir a determinado símbolo o mesmo específico significado que outro ou outros lhe atribuem. Aliás, diversos símbolos são generalizadamente vistos da mesma maneira pela generalidade dos maçons. Mas cada um deve meditar sobre o símbolo, procurar entender o que significa, por ele próprio. 

Pode - não há mal nenhum nisso! - ouvir a opinião de outros, aperceber-se que significado ou significados outros lhe dão. Ao fazê-lo, está a beneficiar do trabalho anteriormente realizado por seus Irmãos e é também para isso que serve a Maçonaria, é também essa a riqueza do método maçónico. 

Mas deve, é imperioso que o faça, analisar, reflectir sobre o que lhe é dito, verificar se concorda ou discorda, em quê, em que medida e porquê. e então extrair ele próprio a sua conclusão e adoptá-la como a que entende correcta. 

Pode ser igual à dos seus Irmãos; pode ser semelhante, mas levemente diferente; ou pode ser muito ou completamente diferente. Não importa! Ninguém lhe dirá, ninguém lhe pode legitimamente dizer, que está errado. É a sua interpretação, a que resultou do seu trabalho, da sua análise, é a interpretação correcta para ele. E tanto basta! E se porventura mais tarde, com nova análise, com os mesmos ou outros ou mais elementos, vier a modificar a sua interpretação, tudo bem também! Isso corresponde a evolução do seu pensamento, que ninguém tem o direito ou legitimidade para contestar!

Ainda que beneficiando da sinergia do grupo, da ajuda do grupo, das contribuições do grupo, o trabalho do maçon é sempre individual e solitário! E também, inegavelmente, difícil. É todo um novo alfabeto que, mais do que aprender, o Aprendiz maçon está a criar e a aprender a criar!

Fonte: JB News – Informativo nr. 1.729

quinta-feira, 16 de julho de 2015

O PAVIMENTO MOSAICO

O PAVIMENTO MOSAICO E ALGUMAS QUESTÕES ENVOLVENDO A ETERNA DUALIDADE: O BEM E O MAL 
Ir.·. José Ronaldo Viega Alves Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Oriente de S. do Livramento – RS. - Contato: ronaldoviega@hotmail.com 

“Mas eu continuava sob a maldição da minha dualidade de propósitos e logo que se desfez o primeiro impulso e penitência, a minha parte inferior começou a grunhir, exigindo sua satisfação.” („O Médico e o Monstro: o estranho caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde‟ - Robert Louis Stevenson

INTRODUÇÃO 
Assis Carvalho disse certa vez que há símbolos que marcam a sua presença entre os demais com uma força tal, que não há como descrevê-los em poucas linhas. O Pavimento Mosaico, ou Quadriculado, no REAA, é um desses símbolos, que vem suscitando ao longo do tempo inúmeras discussões. 

Algumas giram em torno da sua nomenclatura correta, outras se referem as suas origens, e outras, ainda, sobre o seu posicionamento e disposição na Loja: em diagonal ou tabuleiro de xadrez. No entanto, eu acho que a grande discussão mesmo, envolve as ligações todas que esse símbolo consegue sugerir, principalmente sobre a questão dos opostos, e dizendo isso, correndo riscos, ao levar em conta, as sábias considerações do saudoso Irmão Theobaldo Varoli quando assim se referiu aos símbolos maçônicos: 

quarta-feira, 15 de julho de 2015

PARA QUE NOS REUNIMOS AQUI?

CONSIDERAÇÕES SOBRE O RITUAL PARA QUE NOS REUNIMOS AQUI? – (CRISE DE IDENTIDADE) 

“Para que nos reunimos aqui? Para combater o despotismo, a ignorância, os preconceitos e os erros. Para glorificar a Verdade e a Justiça. Para promover o bem-estar da Pátria e da Humanidade, levantando Templos à Virtude e cavando masmorras ao vício”. 

Antes de entrarmos no assunto que queremos expor, vale a pena voltarmos no tempo. Levando em conta que a solidez, a beleza, a harmonia e a retidão das edificações são reflexos da qualidade de seus alicerces, voltaremos a visitar, ainda que rapidamente, alguns episódios de nossas fundações. 

Vemos uma câmara interior iluminada por velas e archotes. Sentimos no ar a emanação de incensos e nos ouvidos o timbalar de sinos. Aos pés dos altares e entre as colunas dos antigos Templos da Suméria, da Babilônia, da Caldéia, do Egito e da Grécia entre tantas civilizações de outrora, sacerdotes iniciados em Mistérios ancestrais preparavam um grupo de noviços para entrarem nos primeiros portais de suas novas vidas. 

segunda-feira, 13 de julho de 2015

SOIS MAÇOM?

SOIS MAÇOM ?

Como se sabe, existem na maçonaria algumas formas de identificação e de reconhecimento que às vezes, apenas servem para tais finalidades, quando, no seu sentido abrangente, poderiam representar muito mais.

Quando um maçom quer saber se outro indivíduo também o é, ao invés do sinal ou do toque convencionais, usa a seguinte pergunta na segunda pessoa do plural: S.´.M.`.?

Como aquele que é assim interpelado já tenha passado pelas provas de uma iniciação maçônica e, tenha realmente visto a luz, sua resposta invariavelmente será: M.`.I.`.C.`.T.`.M.`.R..´.

Aqui é que surge a nossa grande dúvida, porque estamos querendo saber não somente se os irmãos o.reconhecem.´. e sim, se ele é realmente um verdadeiro maçom. Uma coisa é o irmão reconhecê-lo como maçom de direito; outra coisa é reconhecê-lo de fato e de direito.`.

terça-feira, 7 de julho de 2015

SINDICÂNCIA: INSTRUÇÃO E APTIDÃO

SINDICÂNCIA: INSTRUÇÃO E APTIDÃO 
Ir.´. José Maurício Guimarães 

Nos meu momentos de folga, estive pesquisando sobre os requisitos obrigatórios para alguém pretender ser iniciado na Maçonaria. No Regulamento Geral da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, entre outros dispositivos da Constituição, deve ter o candidato "instrução suficiente para a compreensão e a prática dos ensinamentos maçônicos". 

Nas demais Potências e Obediências regulares são igualmente requisitos: "estar o candidato apto a apreender conhecimentos litúrgicos e filosóficos" ou "ter inteligência e capacidade de discernimento suficientes para o entendimento e aplicação dos princípios maçônicos". 

Comecei a pensar se não é nesse ponto que se demonstram ineficientes grande parte das sindicâncias. 

Um candidato pode ter meios de subsistência para cumprir os encargos financeiros da Ordem; pode ter profissão e meio de vida lícitos e reputação ilibada e, apesar disso, não estar apto para a compreensão dos ensinamentos maçônicos, nem ter capacidade de discernimento para a prática deles. 

Mesmo nos requisitos de foro íntimo, um candidato pode declarar que "crê num Ser Superior e na imortalidade da alma", enquanto essas declarações escritas não encontram ressonância em seu interior.