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sábado, 21 de outubro de 2023

DEFENDAMOS NOSSA LINHA

Nos grandes centros, onde a diversidade de opinião é maior, onde a publicação de idéias e doutrinas é fato rotineiro, as idéias crescem e pululam com intensidade notável. O homem vive, diariamente, sujeito aos impactos do momento.

Se ele lê todos os dias um periódico ou ouve determinado programa de rádio, nas suas horas de lazer, pouco a pouco, vai se solidarizando com a idéia apresentada, ou ainda, com a linha geral do programa ou da publicação.

A maioria dos indivíduos, nas grandes metrópoles, segue esta ou aquela orientação, deixando-se levar pelas idéias expostas ou defendidas.

Quando os programas são de construção, ele adquire idéias construtivas, mas quando o programa é de alteração flagrante de conduta rotineira, e estas idéias são afins a velhas idéias guardadas no subconsciente, ele as aceita, sem nenhuma critica, e passa a seguir aquele código, religiosamente.

Daí a diversidade de orientação, filosófica ou política, existentes nos grandes meios. Isto, em parte, não deixa de ser uma parcela do evoluir, pois, é da diversidade de opiniões que surgem os processos evolutivos – Seguir o profano fielmente essas orientações, é um direito que lhe assiste, especialmente, se as suas idéias com elas se coadunam. Para os Maçons, contudo, não há necessidade de andar às cegas, abraçando esta ou aquela doutrina, esta ou aquela filosofia.

A Maçonaria dispõe de uma orientação. Ela dispõe da ciência para ministrar tal orientação que é dada de acordo com as causas e fenômenos – Para que então, nós que temos orientação deixamos de segui-la e vamos abraçar uma orientação estranha?

Não é possível seguir, ao mesmo tempo, duas orientações que se chocam, ir para a direita e para a esquerda ao mesmo tempo.Temos que nos resolver quanto a nossa preferência. Se somos Maçons, aqui estamos, temos afinidades com as causas maçônicas, vamos segui-las, vamos lutar pelo nosso ideal. Os outros lutam pelos seus ideais, por que não lutarmos pelo nosso? Para que abandonarmos o nosso e seguirmos o alheio? – Se não estamos de acordo com a linha de conduta maçônica, nesse caso, não fiquemos dentro das colunas, afastemo-nos e sigamos outros ideais. A doutrina maçônica é clara; ela tem seu caminho pré-estabelecido.

A Maçonaria é local de livres pensadores, em que se cultua a verdade e se examinam os fatos, à luz da lógica e da ciência. Se não podemos ser livres pensadores, ou não quisermos investigar o porquê das coisas, então deixemos a Maçonaria, porque sua orientação não nos serve; mas, se, na realidade, estamos em busca de uma orientação segura, vamos fazer e fincar-pé naquilo que temos, e guiarmos a nossa conduta, e influenciar o mundo profano, de acordo com essas idéias.

Tomemos, como exemplo, o que fazem as religiões. Todos os adeptos fazem questão de tudo ser de acordo com seus princípios. Ou mesmo os credos políticos que procuram tudo explicar, de acordo com as regras do seu jogo. Nós temos a nossa linha, podemos tudo explicar de acordo com sua orientação; por que então fugirmos dela e adotarmos outras orientações?

Quando um irmão diz ter entrado na Maçonaria, e não ter visto a tão decantada linha ou então, vou me retirar da Maçonaria por não ter visto, até agora, nada que me oriente. Serão afirmativas verdadeiras? Na realidade procurou ele estudar o que é Maçonaria? Procurou ele interpretar os rituais ao seu alcance? Estudou-os atentamente? Será que ele não se limitou, apenas, a freqüentar sessões quando apenas se tratava da parte administrativa ou do expediente rotineiro? Leu livros sobre assuntos maçônicos? quantos livros especializados possui? Gosta de ler? Gosta de aprender? – Talvez, nas respostas esteja a sua falta de interesse – Maçonaria, não se aprende apenas na Loja. A Loja é o local da reunião, onde se faz o contacto, e quando muito se adquire a motivação necessária para o estudo. A sessão serve de orientadora. Os graus são conferidos aí, e aí é que ele adquire o direito de ir mais além, recebendo um novo ritual, com novas idéias a serem expostas.

Novas idéias precisam ser estudadas, avaliadas e compreendidas. Elas servem de incentivos, o resto é o esforço de cada um, aliado a uma vontade de pensar. O pensamento é elástico, aumenta se nós quisermos estira-lo e diminui se para isso não nos esforçarmos.

TEMAS MAÇÔNICOS:
Ir∴ Clemildes Sant'Ana

COLABORAÇÃO:
Ir∴  NELSON FRARE

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