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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

URGE O MUTATIS MUTANDI

URGE O MUTATIS MUTANDI
Géber Accioly

Que Maçonaria se quer? 

Maçonaria de Albert Pike, em seu Moral e Dogma como: "Uma sucessão de alegorias, um mero veículo de grandes lições de moralidade e filosofia. Será mais bem apreciado seu espírito, seu objetivo e propósito conforme você avança pelos graus, e você descobrirá que ela constitui em um grande e harmonioso sistema.? Maçonaria de Albert Mackey, normativa e compilada em os seus Landmarks? Maçonaria de José Bonifácio e de Frei Caneca libertária em busca de dias melhores para nossa Pátria? Maçonaria de José Castellanicomo: "Instituição educativa, filantrópica e filosófica que tem por objetivo os aperfeiçoamentos morais, sociais e intelectuais do Homem por meio do culto inflexível do Dever, da prática desinteressada da Beneficência e da investigação constante da Verdade."? Maçonaria de Antônio do Carmo, em seu artigo “ Na Travessia Do Mar Vivo”, em o Informabim 380, quando diz: "A começar por si próprio, porque se não sou capaz de mudar a mim mesmo, falecerme-ão, por assim entender, as condições da prática da mudança de meu entorno."?

Maçonaria iniciática, filantrópica, símbolo/exotérica, místico/esotérica, alegórico/filosófica, progressista, científica, iluminista, deísta, pesquisadora, combatente incessante da ignorância dos livres de bons costumes e protetora ferrenha da sabedoria dos livres e de bons costumes? Maçonaria como uma Ordem iniciática e fraterna de voluntários, discreta, ação reservada, caráter universal, cujos membros cultivam o aclassismo, o humanismo, os princípios de liberdade, de democracia, de igualdade, de fraternidade e do aperfeiçoamento intelectual, com seu adjetivo maior que é a livre investigação da verdade? Maçonaria como uma sociedade fraternal, mas que exige dos seus membros a crença em uma Força Superior, que sem distinguir raça, religião, ideário político ou posição social, faz com que seus membros tenham o firme propósito de progredir e aperfeiçoarem-se, eliminando seus vícios e evoluindo em suas virtudes? 

Maçonaria que não permite, dentro de seus Templos, assuntos que não sejam para a evolução de seus membros, e que eles sejam conduzidos aos sãos influxos da Moral e da Razão? Maçonaria em a qual suas Oficinas trabalham incessantemente com plena força e vigor? Maçonaria evoluída e educadora que livra seus membros definitivamente, do Mito da Caverna de Platão os fazendo apreender o VITRIOL? A maçonaria como uma associação pseudo progressista capenga que perambula pelos meios cibernéticos à disposição de quaisquer que a ela queira se filiar para "sabe-se lá o quê."? A maçonaria que arregimenta seus "obreiros" em mesas de bares quando estão "tomando umazinhas", mantendo em suas dependências, "calmantes" alcoólicos para ser usado depois da "reunião" e o mais grave: Antes? 

A maçonaria do que cultua a inadimplência e a infrequência, mas que é "adotado" pela "loja" por ser "maçom exemplar", livre de bons costumes, que a transforma em algo digno de vitupérios? 

Urge que nos posicionemos a qual maçonaria se quer pertencer, pois é tempo de mudanças. De nada adianta ficar "com a boca cheia de dentes esperando a morte chegar" alegando sermos impotentes tendo em vista nossa incompetência em mudar. Urge separar o trigo do joio. Urge o mutatis mutandi. Não mais devemos nos alinhar com quem não ergue incessantemente, Templos à Virtude: Chega de vícios! Chega de "profanos de avental" que pregam a obscuridade e a estagnação com seus discursos complexos e prolixos cheios de blábláblás inócuos demonstrando desconhecimento dos verdadeiros objetivos de nossa Sublime Ordem. Chega! Chega! CHEGA! Ó tempora! Ó mores!

Revista Fraternizar nº 197 maio/2015

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