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quarta-feira, 30 de março de 2016

ESTAR ENTRE COLUNAS

ESTAR ENTRE COLUNAS
Sérgio Quirino Guimarães
A leitura do livro “MAÇONARIA – 100 LIÇÕES DE APRENDIZ”, do Irmão Raymundo D’Elia Junior é sempre um resgate às instruções aprendidas e um incentivo à reflexão sobre outras muitas que ainda não abarcamos em sua integralidade. Um exemplo é o significado do sentido e uso da expressão “Entre Colunas”. 

São muitas as interpretações desta expressão vinculadas a situações criticas; desde a Câmara do Meio ou até, sem nenhuma explicação lógica, por exemplo, colocar um Aprendiz “Entre Colunas” para que ele apresente uma Peça de Arquitetura. 

Todos esses são exemplos das nuances da expressão. Não temos duvida de que as “Colunas” em questão não são as “J” e ”B”. Facilmente constatamos tal assertiva pelo fato óbvio de que, em algumas Lojas, estas colunas estão do lado de fora do Templo.

Neste caso, seria difícil equacionar uma “Loja Aberta” com as “Portas Abertas” e um Irmão, ritualisticamente, saudar às Luzes, estando descoberto. 

Antes, porém, de localizarmos o ponto físico, devemos reconhecer o valor do “Entre Colunas” como uma expressão do dialeto maçônico compreendendo vários sentidos.

Usado fora dos Templos, quando um Irmão manifesta sua opinião e queira que esta fique apenas entre eles, a expressão nos remete à invocação do sigilo ou, pelo menos, da discrição. 

Outra situação são os valores de compreensão e amizade. Se estamos entre a Coluna do Sul e a Coluna do Norte, estamos entre Irmãos. Afinal, durante os trabalhos em um templo, qual ponto físico deve ocupar o Irmão que deseja “estar entre Colunas”? Simples: Trace uma linha imaginaria entre o altar do Primeiro Vigilante e o altar do Segundo Vigilante. Projete uma linha que saia do altar do Venerável Mestre, no sentido oriente para ocidente. Na interseção destas linhas, aí ficará o Irmão. 

Se entendermos que uma Loja é sustentada pelas Colunas da Beleza, da Força e da Sabedoria, compreenderemos também que “estar entre colunas” é estar sob os bons influxos das energias que delas emanam, a responsabilidade que decorre deste estado “Entre Colunas” é compreendermos que nossas palavras e conduta não podem se desviar da verdade e dos valores fins destas. 

Na página 301 do citado livro, encontramos a fórmula da conduta para os que, indiferente de ser dentro ou fora da Loja, desejam estar entre colunas:

* Falar a verdade, * Ser justo em todos os sentidos, e * Ser equilibrado em suas emoções.

Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas. 

Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.

Fonte: JB News – Informativo nr. 1.994

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