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segunda-feira, 9 de maio de 2016

A SALA DOS PASSOS PERDIDOS

A SALA DOS PASSOS PERDIDOS

Em nossas deliberações, especificamente nas instruções que são ministradas no Grau de Aprendiz Maçom, vemos toda simbologia e significação de nosso Templo. Porém existe muito mais. É por isso que é preciso pesquisar para interpretarmos a simbólica maçonaria. É nisso que reina o Espírito investigativo que o Maçom deve ter.

Nesse caminho chegaremos ao Esoterismo Maçônico, que muitas das vezes é tão ausente em nossos dias, em nossas interpretações.

Comecemos pela Sala dos Passos Perdidos, a ante-sala onde os Irmãos são recepcionados, se cumprimentam, se confraternizam e aguardam o momento de entrarem no Templo. Esta Sala também possui um significado simbólico, pois é em essência a nossa presença fora do Templo, nos preparando junto ao Átrio – onde fica o assento do Irmão Cobridor – para iniciarmos os nossos trabalhos maçônicos.


Como bem sabemos, a Maçonaria é universal e o universo é uma imensa oficina, logo o nosso Templo Maçônico é a representação do universo, do cosmos. Nesse sentido, quando estamos Trabalhando maçonicamente falando, estamos reunidos em Um ideal Justo e Perfeito. Estamos por assim dizer dentro de um espaço sagrado, em uma Oficina de Aperfeiçoamento Iniciático.

Quando estamos fora do Templo, em nossa vida cotidiana, ou seja, em nossa vida “extra-sensorial”, estamos vagando pelo cosmos de forma ampla, onde o Maçom pode encontrar da boa ou da má sorte, onde pode experimentar da taça doce ou da taça amarga. Nesse obstante, a Sala dos Passos Perdidos simboliza que o Maçom fora do Templo, pode perder-se...

Ao analisarmos a expressão: “sala dos passos perdidos”, logo se percebe em primeira vista a estranheza da expressão - que parece ser um local onde se caminha sem chegar a lugar algum. Contudo, esta expressão, em maior aprofundamento simbólico, significa o espaço perdido do cosmos, a que comumente chamamos de mundo profano.

Além disso, devemos estar cada vez mais conscientes de que A Sala dos Passos Perdidos é um recinto também de reflexão, onde devemos - no mínimo – pensar sobre o seu Real Objetivo: o de representar o mundo lá fora, com seus eventuais perigos e infortúnios. Para combater esses perigos e mazelas, o Maçom deve sempre se portar de espada, e estar pronto para guerra: para lutar contra a ignorância, os preconceitos e erros! lutar em prol do Direito, da Justiça e da Verdade, a bem da Pátria e da Humanidade!

Esse comum objetivo da Arte Maçônica pode parecer coisa utópica para muitos, mas nunca será para o Maçom verdadeiramente Iniciado, pois neste reinará à chama da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade; neste viverá a vontade e a motivação de se tornar um homem melhor, de se aperfeiçoar sempre e de ser um bom exemplo de valores tão nobres e ao mesmo tempo tão ausentes mundo afora.

Ademais, a Sala dos Passos Perdidos é essencialmente a concentração de um exército marchando para o treinamento - pois como sabemos, nossa ritualística e doutrina nos treina, mas é lá fora – no mundo dos passos perdidos – é que realmente “testaremos” a nossa capacidade de colocarmos em prática tudo quanto aprendemos enquanto maçons.

Esta Sala simbólica é, portanto, um ambiente altamente maçônico, digna de ser estudada e melhor compreendida, pois o seu significado pode encontrar raízes esotéricas profundas, alimentando assim o nosso espírito com grandes conhecimentos.

Não é por acaso que nenhum Templo Maçônico pode ser consagrado sem que esteja presente a anti-sala simbólica, ou seja, a sala dos passos perdidos! Se esta sala existe é porque tem razão se ser, e o seu significado não pode ficar a esmo.

Entretanto, ao transpormos o Portal do Templo, aí sim, não mais se tém passos perdidos; daí aparece os verdadeiros objetivos da Arte Real Maçônica os quais conhecemos entre colunas. No Templo a atmosfera deve ser de Amor, de União, da Verdade e da Justiça formada por corações ávidos das mesmas esperanças, sequiosos de idênticas aspirações, porque sem esse raciocínio de ação, sem essa elevação, sem essa energia, poderá haver quando muito “grupos de homens” e nunca, porém, maçonaria.

Meditemos nisso meus Irmãos!

Danilo Da Silva Gomes, M.'.M.'.
A.'.R.'.L.'.S.'. TUBALCAIM 64, Goiânia/GO -GLEG - Brasil

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