Por **Osni Adres
Lopes e
*Laurindo Roberto Gutierrez *
Em todo mundo a Maçonaria vive de Duas reuniões mensais, ou uma bimensal, e até uma trimestral, como
é na Inglaterra. Apesar de parecer pouco para nós brasileiros, eles são
atuantes e fazem sua parte em matéria de trabalho social, filantrópico, e de estudos.
Na França, Portugal, Espanha, Nova Zelândia e Estados Unidos são duas sessões. Propor isso aqui, causaria uma discussão
interminável, ou talvez nem discussão houvesse (deixa como está) pois nos acostumamos com quatro e até cinco
sessões mensais. Depois de quase quatro décadas na Ordem, senti um esgotamento
por esse regime de trabalho sem descanso,
apesar de gostar da convivência em Loja com meus irmãos. Mas, e da família, não
gostamos também? Ficar mais tempo em
casa é revigorante, além do que, pregamos que a família está em primeiro
lugar.
Buscando ajudar os mais velhos, foi criada na Nova Zelandia,
a Loja Daylight, que se reúne à luz do dia, evitando o que aconteceu com o
Senior Warden (primeiro vigilante) que caiu no sono e roncou, em sessão
noturna, como me relatou o irmão Timothy Collier, da Loja Montrose 722 - SC, de
Gisborne- New Zealand. Mais perto de nós, tem a Loja Centenário em Porto Alegre, que trabalha à tarde, para atender
os irmãos em “idade respeitável”.
Como é possível adotar o sistema praticado no mundo, e manter
a agenda de trabalho em ordem? Bem, aí, depende dos Veneráveis e das diretorias
terem vontade para implementar essa mudança. Nas Lojas com grande número de membros,
o saco de proposições recolhe um elevado número de pranchas, que para serem
decifradas leva-se um tempão, consumindo boa parte das duas horas de trabalho. Peço
mudanças, e apresento uma sugestão: O
remédio é a informatização parcial das atividades
maçônicas, apesar do perigo que poderia advir com isso, pelo vazamento aos
olhos e ouvidos profanos. Vejamos: os
pedidos de informação de outras Lojas, sobre profanos à iniciação, podem ser
via e-mail, como já faz o Grande Oriente do Paraná e outras Potências. Pranchas pedindo a cessão do salão social, de
ajuda de instituições, devem ser analisadas pela diretoria, bem como os
certificados de presença a outras Lojas podem ser agrupados e anunciados em
bloco, com um ganho de tempo.
As pranchas das Corporações Filosóficas, com pedido de
informação para a elevação de graus, não precisam ser lidas “ipsis litteris”,
uma a uma, em sessão, e podem ser respondidas administrativamente. Isso não vai
afetar a excelente relação de cordialidade e amizade que sempre existiu entre
as Lojas Bases, e os Altos Corpos. O
secretário executivo da Loja pode organizar tudo, e enviar via correio
eletrônico, as informações a quem de direito. Não vamos imaginar que a “A Palavra
à bem da Ordem” deva ser encurtada. Porém é preciso que seja objetiva, concisa,
e sem delongas, sendo “À Bem da Ordem” mesmo, e nada mais. Se no mundo inteiro é assim, com duas sessões mensais, porque não pode
ser da mesma forma entre nós?
Num passar d´olhos no calendário, vi que seriam 21 sessões ao
ano, contra quase 45 no sistema atual. Um
único templo poderá acolher muitas
Lojas, dez por mês. Mais Loja no mesmo templo poderia baratear o aluguel
para as Oficinas locadoras, que em alguns casos tem dificuldade para pagar. Acredito
mesmo, que o índice de freqüência aumentaria, e certas sessões hoje “vazias”, se
tornariam mais vibrantes e proveitosas, bem diferente de algumas situações, onde
apenas meia dúzia de “bodes pingados” se faz presente. Trabalhar do meio dia à
meia noite, é apenas uma simbologia.
**Loja Fátima e Caridade – Nova Fátima-Pr
*Loja de Pesquisas
Maçônicas Brasil – Londrina-Pr
*Loja de Pesq. Maç.´.
Francisco Xavier Ferreira - membro correspondente
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