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terça-feira, 12 de julho de 2016

A ROMÃ

A ROMÃ
Ir∴ Reinaldo Aparecido Rozzatti 

A união e a harmonia maçônicas são simbolizadas pela Romã, que é o fruto da romãzeira, das famílias das Punicáceas, cujo nome científico é "Punica Granatum", e também é conhecida como Maçã Romana. Em hebraico chama-se "Rimmôn".

A romãzeira é um arbusto bastante ramoso, medindo de 2 a 5 metros de altura, e tem ramos espinhosos e folhas onduladas de formato lanceolado e oblongo. As folhas e, conseqüentemente os frutos crescem nas extremidades dos ramos. 

O fruto romã é constituído de uma baga de casca dura com cor amarelada e manchas verdes, quando madura, com a extremidade superior coroada pelo cálice das flores, internamente é dividida em duas câmaras ou lojas, onde estão as sementes em grande numero, envolvidas em arilo poroso, lembrando um favo de mel. 

Da romãzeira aproveita-se praticamente tudo. A indústria química utiliza a casca do tronco na fabricação de tintas, do fruto, a casca serve para a preparação de adubo, tintas e para auxiliar a curtir couros e peles, devido a grande concentração de tanino e alcalóides, completados por outros princípios ativos, tais como ácido gálico, pelieterina manita ou grenadina, punicina e isopelieterina. 

Com a polpa, a semente e as raízes são preparados remédios contra vermes intestinais. Folhas amassadas, em cataplasma, servem para auxiliar na cicatrização de feridas. A infusão das folhas é empregada em gargarejos contra as infecções bucais. 

Certos autores citam a romã como originária do Egito, onde é conhecida pelo nome de "Anhmen", e constituía um símbolo sagrado, usada nos atos litúrgicos iniciáticos, e também eram colocados frutos sobre os túmulos dos faraós. 

Cresce no Oriente Médio, principalmente na Palestina, de onde foi espalhada pelo mundo. Existem na Palestina cidades que tem o nome romã compondo sua denominação: "Rimon", "Gate-Romon" e "En Rimon". 

Conforme Rizzardo da Camino (O Aprendizado Maçônico), a romã é citada na Bíblia 11 vezes no Velho Testamento e não aparece no Novo Testamento. 

O simbolismo do fruto e de sua flor é adequado à filosofia maçônica, por isso estão colocadas sobre os capitéis das colunas na entrada do Templo, três romãs entreabertas em cada uma. 

As lojas das romãs representam as Lojas Maçônicas e as sementes os Maçons espalhados pelo mundo. A forma com estão unidas lembra a harmonia, a fraternidade e a união que devem existir entre os Maçons e todos os homens, para servir à humanidade. 

Os grãos estão de tal forma apertados uns contra os outros que se assemelham a um favo de mel, e lembram as abelhas, que como os Maçons, lutam sem descanso. Tal como as abelhas, os Maçons colhem nas Lojas (jardins) o néctar que necessitam para o crescimento interior. 

Os frutos representam os Maçons que estão no Oriente Eterno, as pedras polidas que abrilhantam o Reino Celestial. 

As lojas em que estão divididos os frutos representam nas cinco células da Câmara Alta as fases intelectuais do Maçom. Nas fases intelectuais se estudam a razão da verdade eterna, o conhecimento, o impulso para o elevado, a moral e a perfeita harmonia. As cinco células da Câmara Alta também representam as cinco raças humanas, as quais deve o Maçom lutar para que estejam perfeitamente unidas, sem preconceitos. 

As três células da Câmara Baixa correspondem ao aprendizado, ao companheirismo e ao mestrado do Maçom. Tem o simbolismo do número maçônico, onde encontramos as substancias que compõem o corpo humano: sangue, carne e ossos; as Luzes: Ven Mestr 1º e 2º VVig o homem espiritual: Templo, Altar e Alma. 

O formato e a coloração do fruto representam a Terra, que desmentindo o que dissera Yuri Gagarin não é azul, mas possui desertos e sofre com a poluição causada pelo homem. 

É dever do Maçom lutar para livrar o planeta do manto da poluição que o envolve; para que as industrias sejam limpas e que as árvores retiradas para dar conforto ao homem sejam replantadas até em maior numero. 

Também deve o Maçom envidar esforços para que todos os projetos criados pelo homem preservem o meio-ambiente, nunca o agredindo. Senão nosso planeta Terra ficará igual a romã não colhida, que cai ao chão e apodrece. 

A Arte Real é simbolizada pela coroa do cálice da flor, e representa a coroa da virtude, do sacrifício, da ciência, da fraternidade e do amor ao próximo. 

A flor da romãzeira na sua cor rubra representa a chama do entusiasmo que conduz o Neófito ao seu destino, iluminando a sua jornada. As cores verde, amarela e vermelha do fruto representam os reinos vegetal, mineral e animal. 

A união simbolizada pela membrana branca que une as sementes é a sinfonia de todas as cores, quando a luz solar atravessa o cristal decompondo-se nas cores do arco-íris. 

A harmonia do formato de todos os grãos indica que todos os Maçons são iguais perante o G∴A∴ D∴U.'., e que só com amor fraterno e paz é que se consegue união, para crescimento dos Irmãos e das Lojas, para se atingir o objetivo de promover o crescimento espiritual da humanidade como um todo, eliminando as diferenças de raças e credos, e promovendo o respeito mutuo e uma vida de paz como nos criou o G∴A∴D∴U∴ 

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