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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

INTERVENÇÃO INCONVENIENTE

INTERVENÇÃO INCONVENIENTE
(republicação)

Em 17/05/2016 o um Respeitável Irmão que pede para não ser identificado apresenta o fato abaixo mencionado e solicita comentários.

Nesta semana no final da sessão o V∴ M∴ deu a palavra ao Orador para as considerações finais, e no meio da fala do Orador que fez um comentário sobre um assunto ventilado pelo V∴M∴ (sem palavras ofensivas) quando foi interrompido pelo V∴ M∴ com palavras grosseiras e começou a discutir, e o Orador ficou calado e encerrou seu comentário, pois era uma Sessão de A∴ M∴ e qualquer discussão seria ruim para os A∴ M∴

Mas ficou a dúvida, pode o V∴ M∴ interromper e passar a discutir com o Orador, pelo que sei não pode voltar à palavra, com exceção nos casos previstos no R.G.F. que não foi o caso.

O V∴ M∴ poderia ter tomado esta atitude? Se for verdade que ele pode, está resolvido, porém se o V∴ M∴ cometeu ato ilegal, qual a base legal? Não encontrei material para que eu ficasse esclarecido. Sou seu fã, porque fala com convicção e leio sempre os seus comentários, sempre esclarecedores.

CONSIDEERAÇÕES:

Conforme o vosso relato, essa atitude do Venerável Mestre, é ilegal e eivada da mais pura falta de educação. Venerável ditador não deveria ter lugar na Sublime Instituição.

Sem muitos comentários, esse tipo de atitude desqualifica completamente o cargo de quem com serenidade deveria dirigir os trabalhos da Loja.

Mesmo em desacordo com o Orador, não é desse modo que um Mestre deve expor a sua opinião. Penso que o Orador, conforme vosso relato agiu dentro dos ditames dos bons princípios e deveria oferecer denúncia ao Ministério Público Maçônico visando coibir futuras atitudes ditatoriais desse quilate.

Oriento que na dúvida quanto como proceder, antes seja feita consulta à Justiça Maçônica Estadual da Obediência (Procuradoria), salvo se a situação puder antes ser resolvida nos ditames do bom-senso pela própria Loja, evitando-se uma demanda desnecessária.

Lamentavelmente, esses tipos atitudes às vezes acabam tendo lugar justamente numa Instituição que visa aprimorar o Homem – afinal os homens são perfectíveis.

Assim, se o acontecido ocorreu segundo o vosso relato, esse indubitavelmente é mais um péssimo exemplo de intolerância e despreparo que certas “autoridades maçônicas” ainda expõem diante de uma assembleia de homens que procuram unir na vida à justeza e à perfeição. É mesmo lamentável quando alguns só “fazem de conta”, já que a verdadeira lição nos ensina que ali é colocado o Venerável Mestre para dirigir e esclarecer a Loja com as luzes da Sabedoria... Ora, ora, ora, que sabedoria é essa?

Dando por concluído, afirmo que esses comentários prendem-se ao relato dos fatos como os relatados na consulta acima apresentada.

T.F.A.
Pedro Juk - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.281– Bento Gonçalves – RS, quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

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