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sábado, 26 de junho de 2021

COLUNA QUEBRADA

COLUNA QUEBRADA
(republicação)

O Respeitável Irmão Luiz Antonio Pellegrini, Mestre Instalado da Loja Sentinela do Oeste, 17, Grande Loja de Santa Catarina, sem declinar o nome do Oriente (cidade), Estado de Santa Catarina,
apresenta a seguinte questão: 
abcl22@desbrava.com.br 

A coluna quebrada (poucas Lojas possuem) deve-se ao desconhecimento do seu simbolismo ou não é usada por que é uma corruptela do Rito Escocês Antigo e Aceito?

CONSIDERAÇÕES:

Essa alegoria não está propriamente presente nos Painéis das Lojas conforme o Grau, bem como dificilmente se apresenta como elemento de instrução nos ritos maçônicos. 

A alegoria das colunas quebradas aparece na Maçonaria, sobretudo na França, e ocorreria posteriormente ao nascimento do grau de Mestre Maçom criado a partir de 1.724 na Inglaterra.

Provavelmente essa associação se deve a morte de Hiram na Lenda do Terceiro Grau cuja quebra possui elo com uma das Colunas do Templo no que tange àquela que representa a Beleza.

Nesse sentido em muitos diplomas, quadros com motivos maçônicos e outros documentos apareceria essa figura alegórica. 

No conceito simbólico, a alegoria representa a desordem e o caos pela morte do Mestre o que sugere a associação com o grau de Mestre Maçom.

 Em termos de simbolismo do Rito Escocês Antigo e Aceito, embora de origem francesa, essa alegoria não é própria do mesmo e consequentemente não é dele um apanágio. Daí não faz sentido
algum quanto à referência de “uma corruptela do Rito (...)”. 

O “caos” inserido no dístico do escocesismo como “ORBO AB CAOS” - Ordem no Caos, nada tem a ver com a coluna quebrada. O termo “caos” aqui se relaciona com a desordem que ocorria à
época na Franca em relação ao descontrole e profusão de graus ditos superiores. 

Segue aqui também uma orientação. A alegoria da coluna quebrada não se relaciona em hipótese alguma com as Colunas Vestibulares (B e J). Essa alegoria algumas vezes é também usada por ocasião das exéquias fúnebres, sugerindo a lacuna deixada por aquele que partiu para o Oriente Eterno.

Ao longo dos tempos infelizmente muitos ritualistas no afã equivocado de que tudo que reluz é ouro, acabaram por misturar símbolos indiscriminadamente nos ritos praticados pela Maçonaria sem observar que cada sistema possui uma mensagem particular em relação à sua doutrina. 

O problema é que esses ritualistas em sua grande maioria não eram arqueólogos, o que viria inegavelmente corroborar com teorias fantasiosas, inspiradas bem mais pela imaginação generosamente batizada de ciência dos símbolos, do que pelo rigor científico.

T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 474 Florianópolis (SC) 15 de dezembro de 2011.

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