A ESCADA DE JACÓ
Ir.'. Eloi Sartori
A escada de Jacó é um símbolo religioso e iniciático. Lembra
a cena em que o patriarca bíblico viu em sonho, (Gênesis: 20, 12-13) uma escada
em terra cujo topo tocava os céus, e pela qual os anjos subiam e desciam. Um
veículo que conduzia à morada de Deus, galgando-se degrau por degrau, em busca
da perfeição. É um emblema maçônico. Tanto a subida quanto a descida tem seu
cume ancorado numa base, por isso o Mestre Eckhart disse: “o que existe de mais
alto em sua insondável divindade corresponde àquilo que mais baixo existe nas
profundezas da humildade. Aí está a transcendência da vocação humana. Somos o
que queremos ser”.
Jacó tendo partido de Bersabé, ia para Haran. E como
chegasse após o por do sol a certo lugar, onde ele queria passar a noite, pegou
numa das pedras que ali havia; e tendo-a posto por baixo de sua cabeça, dormiu
ali mesmo. Então viu em sonhos uma escada, cujos pés estavam fincados sobre a
terra, e o cimo tocava o céu; e os anjos de Deus subindo e descendo por esta
escada. Viu também o Senhor firmado no cimo da escada, que lhe dizia: “Eu sou o
Senhor Deus de Abraão, teu pai e o Deus de Isaac. Eu darei a ti e a teus
descendentes a terra em que tu dormes. A tua posteridade será numerosa, como o
pó da terra; e tu te estenderás ao Ocidente, e ao Oriente, e ao Setentrião, e
ao meio dia; e todas as tribos da terra serão benditas em ti e naquele que
sairá de ti. Eu serei o teu condutor por toda a parte, por onde fores; e eu te
tomarei a trazer a este país; e não te deixareis, a menos que não tenha
executado tudo o que te prometi”.
Jacó tendo despertado depois do sono disse: “Em verdade que
o Senhor está neste lugar, e eu não sabia. Verdadeiramente não é isso outra
coisa, que a casa de Deus, e a porta do céu”. Tendo-se, pois, levantado logo ao
amanhecer, tomou a pedra que tinha posto por baixo da cabeça e a erigiu em
padrão, lançando-lhe azeite em cima. E pôs o nome de Betel à cidade que antes
se chamava Luz. Ao mesmo tempo fez ele Jacó este voto a Deus, dizendo-Lhe:”Se
Deus for comigo, e me guardar no caminho por que eu ando, e me der comer, e
pano para me cobrir, e eu voltar felizmente para a casa de meu pai: o Senhor
será o meu Deus. E esta pedra, que erigi em título, será chamada Casa de Deus:
e de todas as coisas que vós me derdes, vos oferecerei o dízimo“.
A escada mística vista por Jacó simboliza singelamente o
ciclo involutivo e evolutivo da vida, em seu perpétuo fluxo e refluxo, através
de nascimento e morte, a desdobrar-se em hierarquias de seres, potestades,
mundos, remos de vida e raças.
Variadas são as interpretações do sonho de Jacó, e,
especialmente sobre o significado da Escada. A mais comum é que cada degrau
simboliza o esforço que ao Maçom cumpre executar para ascender até a Perfeição.
Etapas vencidas e iniciações ganhas. Os degraus simbolizam os diversos planos
do Universo. No Rito Escocês Antigo e Aceito, a Escada teria 33 degraus,
correspondendo cada degrau a um Grau Maçônico.
A interpretação do símbolo da Escada também é o de ser o elo
entre os dois Reinos, o de Deus e o dos Homens, o marco inicial para a
construção de um Templo, e principalmente a promessa feita por Deus a Jacó, de
que jamais nos abandonaria.
Segundo as tradições maçônicas, a escada com esse
significado consta de catorze degraus. Nos mistérios persas e indostâmicos ela
tinha grande importância e, por isso, em seus templos se erigia uma escada de
sete degraus, correspondentes também às sete cavernas iniciáticas. Mas, em
realidade, seus degraus são tantos quantas são as virtudes necessárias ao
aperfeiçoamento individual e, das quais, as três principais são a Fé, a
Esperança e a Caridade, ali simbolizadas pela Cruz, a Âncora e o Cálice.
Contam ainda os antigos iniciados que a evolução da alma se operava numa série de sete globos, entre os quais se citavam Saturno, Mercúrio, Vênus, Júpiter, Marte, Lua e Sol. Assim, a chamada Escada de Jacó tinha e tem múltiplas implicações e correspondências, e sua presença na Maçonaria nos recorda perpetuamente a universal lei da evolução e a existência de poderosas hierarquias cooperando maravilhosamente na sua execução através de milênios e milênios.
FÉ – ESPERANÇA - CARIDADE
Contam ainda os antigos iniciados que a evolução da alma se operava numa série de sete globos, entre os quais se citavam Saturno, Mercúrio, Vênus, Júpiter, Marte, Lua e Sol. Assim, a chamada Escada de Jacó tinha e tem múltiplas implicações e correspondências, e sua presença na Maçonaria nos recorda perpetuamente a universal lei da evolução e a existência de poderosas hierarquias cooperando maravilhosamente na sua execução através de milênios e milênios.
FÉ – ESPERANÇA - CARIDADE
O teto de um Templo Maçônico é a representação da sua
própria altura, ou seja, tem o céu estampado em suas pinturas. Todo maçom deve
ter como objetivo, alcançar este Céu, o ilimitado, o infinito, a certeza de
estar-se atingindo a própria LIBERDADE. O ELO de ligação ou a estrada a ser
trilhada para alcançar tal pretensão, da ESCADA DE JACÓ. Cada degrau representa
uma etapa de aperfeiçoamento moral e também um grau da Maçonaria Simbólica e
Filosófica.
Três são os símbolos que o maçom deve ter sempre em seus
corações, e em mente, para se empenhar nessa caminhada. SÃO ELES: FÉ, ESPERANÇA
E CARIDADE, representados respectivamente pela CRUZ, ÂNCORA e TAÇA.
A Fé representa o primeiro degrau da escada de Jacó, pois
ela é a SABEDORIA do ESPÍRITO, sem a qual o Homem nada levará a termo.
A Esperança representa os degraus intermediários, pois ela
ampara e anima o espírito nas dificuldades encontradas no caminho.
A Caridade representa o último degrau, que só será atingido
praticando-a, pois ela é a própria imagem dos mais puros sentimentos humanos.
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