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sexta-feira, 29 de abril de 2022

DÚVIDA NO RITUAL DE EXALTAÇÃO

DÚVIDA NO RITUAL DE EXALTAÇÃO
(republicação)

Em 10/08/2017 o Respeitável Irmão Emiliano Vicente, atual Venerável Mestre da Loja Joaquim Nabuco 18, nº 3.152, REAA, GOB-PE, Oriente de Recife, Estado de Pernambuco, apresenta a seguinte questão:

Estimado Irmão Pedro Juk,
Encontramos dificuldade na interpretação e consequentemente na prática de uma parte de nossa EXALTAÇÃO (Ritual de Mestre Maçom, 2009, pág. 132), onde aparentemente se trata de um diálogo entre Venerável Mestre, Mestre de Cerimônias e recém Exaltados.
Você poderia elucidar a questão, e como de forma prática devemos executá-la?

CONSIDERAÇÕES:

Eu já escrevi bastante sobre essa passagem ritualística. Os textos andam espalhados por aí. 

Trata-se ela de uma remota reminiscência do telhamento que antecede a transmissão da Pal⸫ Sagr⸫ do Mestre durante o telhamento do REAA⸫

Essa prática é na verdade um gesto de precaução para que um Mestre se certifique da qualidade do seu oponente (se ele é realmente um Mestre Maçom). 

Nesse interim então o Mestre que é examinado precisa saber que o T⸫ no 3º Grau somente é dado pela composição dos C⸫ PP⸫ PP⸫ da Maç⸫ (antigamente do Companheirismo) e, para tal, antes de se executar o conjunto completo do T⸫, há necessidade de cautela para que ele não seja dado aleatoriamente sem as devidas precauções. 

Nesse sentido existe então um interrogatório que só começa depois da pergunta feita pelo examinador: “Quereis ir mais longe”. 

O examinado então, querendo prosseguir, sem nada pronunciar, adota imediatamente a postura que lhe foi ensinada no 6º parágrafo da página 132 do Ritual em vigência – esse gesto de imediato corresponde à resposta afirmativa. 

Ocorre, entretanto, que infelizmente existe um pequeno trecho impresso nessa explicação ritualística que, além de equivocado, é ainda incompreensível, ou melhor, inexequível. 

Trata-se da seguinte parte da descrição assim impressa no ritual: (...) e com a m⸫ e⸫ sobre a c⸫ formai uma e⸫. Na realidade o trecho deveria ser assim descrito de modo correto: (...) e com a m⸫ e⸫ sobre a c⸫, formai com os pp⸫ uu⸫ pelos cc⸫ uma e⸫ (o grifado é a parte que falta para dar sentido à explicação). Na verdade, a e⸫ é feita com os pp⸫. É isso que falta descrever.

Sendo o gesto agora compreensível e exequível, entenda-se que somente depois de assumida essa postura pelo examinado é que o examinador formará com ele a G⸫. 

Com a G⸫ formada entre os protagonistas, o examinador dá continuidade ao telhamento pronunciando as questões seguintes descritas no ritual, sendo as quais respondidas uma a uma pelo examinado conforme o previsto.

Respondidas as perguntas pelo examinado, ambos ficam à Ordem no 3º Grau, se saúdam pelo Sin⸫ Pen⸫, fazem o Sin⸫ de H⸫ e a devida exclamação formando em seguida os C⸫PP⸫ PP⸫ da Maç⸫.

Somente depois de formados os C⸫ PP⸫ é que a Pal⸫ Sagr⸫ do Mestre é transmitida.

É oportuno mencionar que os C⸫ PP⸫ PP⸫ na ordem como determina o ritual têm o seguinte significado simbólico: primeiro ponto, a estabilidade; segundo, o equilíbrio; terceiro, o amparo; quarto, o apoio e por fim o quinto, a fraternidade. Esses C⸫ PP⸫ PP⸫ têm origem na cena teatral em que H\ é revivido no teatro da Exaltação.

Dados os erros e acertos ocorridos na impressão do ritual, é essa a prática que inspira cautela durante a transmissão da Pal⸫ Sagr⸫ durante um telhamento completo no Terceiro Grau do REAA⸫.

Concluindo, ficam as seguintes observações: primeira é a de que fugindo dessas características tradicionais, já inventaram uma transmissão abreviada que desafortunadamente foi também incluída no ritual (vide página 40 no Cobridor do Grau do Mestre e a opção do T⸫ e transmissão formando-se apenas a G⸫ e gir⸫ os pp⸫ à dir⸫ e à esq⸫). Provavelmente por pura preguiça que retira toda a beleza e interpretação dos C⸫PP⸫PP⸫ da Maç⸫. A segunda e última observação é a de que eu radicalizei nas abreviações maçônicas para me proteger dos ataques dos puristas de plantão.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

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