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segunda-feira, 8 de agosto de 2022

CADEIRAS PARA IRMÃOS NO ORIENTE ETERNO

(republicação)

O Respeitável Irmão Sérgio Alvarim, Primeiro Vigilante da Loja Cavaleiros Templários, 4.127, GOB – GOSP, sem declinar o Rito, nome da Cidade (Oriente), Estado de São Paulo, apresenta o fato que segue: sergio.vendas@metalma.ind.br

Tenho lido vossa coluna no Diário JB, o qual conheci e passei a receber a pouco tempo e tem sido de muita valia. Permita-me aproveitar de vosso vasto conhecimento de nossa Ordem para aumentar um pouquinho o meu. Tenho me deparado com assentos reservados no Oriente para Irmãos que já partiram para o Oriente Eterno, está correto isso? Consta em algum regulamento?

CONSIDERAÇÕES:

É como tenho dito: “morro e não vejo tudo”. Esse é mais um dos verdadeiros absurdos que povoam a nossa Sublime Instituição. O que está previsto e deve ser cumprido é aquilo que é exarado pelo Ritual
em vigência. Obviamente esse procedimento não está previsto em lugar nenhum.

Infelizmente alguns Irmãos confundem o objetivo da doutrina maçônica com posições de crença e cunho pessoal em um total desrespeito com as vertentes racionais da própria Ordem, bem como de outros Irmãos. Um templo maçônico não se constitui em local para esse tipo de veneração após a morte, até porque nem todos os Obreiros do Quadro são obrigados a acreditar em ilações e crendices, sejam elas religiosas ou não.

É sempre bom lembrar que a religiosidade maçônica, não religião, tanto pela corrente deísta como teísta não vai além da crença em um “Arquiteto Criador”. A formatação religiosa de cada um é acima de tudo respeitada, deixando essas práticas particulares de cada religião, ou crença, para o foro individual, de tal maneira que o espaço da Loja não seja um palco de proselitismo e doutrina religiosa.

Reservar lugares para Irmãos que partiram pelo naufrágio da vida, transpondo os portais da morte é qualquer coisa de inconsequente e desrespeitosa com a opinião alheia.

Talvez para os defensores dessa invenção em termos de Maçonaria, esteja no termo “Oriente Eterno”, fato que tem feito alguns confundir esse Oriente com o Oriente da Loja e pela eternidade do termo, pesam esses - pela lei do menor esforço - a acreditar que o quadrante Leste da Loja seja um abrigo espiritual daqueles que cumprindo sua obrigação terrena, já tenham tomado o destino de partida.

Ora, Oriente da Loja nada tem a ver com Irmãos que foram colhidos pela ceifa da morte. Alguns Irmãos precisam compreender que o termo “Oriente Eterno” se refere à eternidade da obra deixada como exemplo aos pósteros e não um lugar cativo no Oriente da Loja.

Para não me alongar demais, devo lembrar que a Lenda de Hiran também não tem nada com isso e nem está atrelada a lugares reservados aos que pela lei da Natureza já tenham partido.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 779 Porto Alegre(RS) – 14 de outubro de 2012

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