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quarta-feira, 3 de maio de 2023

O SINAL NO USO DA PALAVRA

(republicação)
Questão que faz o Respeitável Irmão Marco Henry Cacciacarro, Loja Concórdia e Caridade, 3790, REAA, GOB, Oriente de Capão Bonito, Estado de São Paulo.
mhcvideo@ig.com.br

Mais uma vez recorro para perguntar sobre um assunto que criou outra polêmica em nossa Loja. Como sou Fundador da ARLS 9 de Julho nº 4.155 ao Oriente de Buri - SP., que trabalha no Rito Brasileiro, sugeri ao Venerável Mestre da minha Loja mãe – ARLS Concórdia e Caridade nº 3.790 ao Oriente de Capão Bonito/SP, que trabalha no REAA, que passássemos a adotar a mesma forma do Rito Brasileiro sobre o seguinte assunto: “quando um irmão pedir a palavra e ficar à Ordem, ao final das nominações ao VM, 1º e 2º Vigilantes, Autoridades, visitantes, e demais Irmãos, seja baixado automaticamente o sinal de ordem, sem que seja necessário autorização do VM”. e sua uma vez que em pesquisas realizadas não encontrei nada nem no nosso RGF, Constituição e Ritual do REAA. (sic)

Fiz essa sugestão em sessão ordinária por entender que ficaria muito mais pratico e mais dinâmico.

Minha pergunta: “Poderia me informar para que possa transmitir aos Irmãos quem instituiu esse procedimento de aguardar o V∴M.'. autorizar baixar o sinal de ordem, ou se esse procedimento é mais uma das invenções do REAA”.

Mais uma vez peço desculpa pela forma que estou colocando, não sei se consegui expressar a minha pergunta de forma clara. Estou na Ordem desde 17 de agosto de 1996, dia da minha Iniciação, e procuro manter um arquivo de Consultas sobre questões maçônicas que fiz junto aos saudosos Irmãos Chico Trolha e José Castellani. Estou dando continuidade a esse compendio de duvidas com o apoio do JBNews que tive a oportunidade de conhecer em Sessão de Iniciação no Oriente de Londrina através do numero 618.

CONSIDERAÇÕES:

Não vou entrar no mérito de procedimentos do Rito Brasileiro, porém o que é costume e não invenção no Rito Escocês Antigo e Aceito.

É consuetudinário e universalmente aceito, portanto não precisa estar escrito, que nos ritos de origem francesa, como o Rito Escocês o é, que todo o Obreiro em Loja aberta ao estar em pé e parado fica à Ordem compondo o Sinal Penal relativo aos trabalhos da sessão. 

Destes eximem-se as Luzes da Loja (Venerável, Primeiro e Segundo Vigilantes), o Orador e o Secretário, salvo quando o ritual para eles determinar o contrário, ou aquele que porventura esteja segurando um instrumento de trabalho, já que a regra é a de não se fazer sinal usando-o para compor o sinal.

Ainda ponderando a respeito no tocante às Dignidades acima mencionadas, no caso deles preferirem falar em pé, falam então à Ordem dos seus lugares deixando, no caso das Luzes o malhete sobre o móvel à sua frente. 

No caso do Oficial que estiver segurando o seu respectivo instrumento de trabalho, manter-se-á com o corpo ereto e os pés em esquadria. 

Assim o Obreiro, por exemplo, ao fazer uso da Palavra se posiciona à Ordem (corpo ereto e os pés em esquadria) e, com o respectivo Sinal, faz o seu pronunciamento. Concluído o ato, antes de tomar assento desfaz o Sinal na forma de costume (aplicando a pena simbólica) e senta.

Essa questão do Venerável costumeiramente autorizar a desfazer o Sinal é de péssima geometria, embora seja dele essa prerrogativa. Nesse sentido, o Venerável deve usar do bom senso e se ater ao procedimento apenas quando houver real necessidade como, por exemplo, para a leitura de um escrito longo, visando com isso dar mais comodidade ao usuário da palavra.

Agora usar o procedimento costumeiramente deve ser evitado, isso além de incorreto colabora com discursos rançosos, prolongados e repetitivos. Já o Obreiro em composição do Sinal, passado pouco tempo acaba por se sentir desconfortável o que faz retrair, às vezes, um autêntico “bla, bla, bla”. 

Mais péssimo ainda é o costume de certos usuários da palavra ficarem pedindo autorização ao Venerável para “baixar” (sic) o Sinal.

Finalizando e ratificando, quem fala em pé em Loja aberta no Rito em questão, fala à Ordem, só desfazendo o Sinal no final da sua alocução.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 0871 Florianópolis (SC) 21 de Janeiro de 2013.

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