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terça-feira, 1 de novembro de 2022

SINAIS E CIRCULAÇÃO

(reprodução)
Nessa questão será usado um nome fantasia (Asterix e Obelix), onde está omitido o nome verdadeiro do consulente e a citação do nome de outro Irmão, no intuído de que não haja constrangimento e réplicas desnecessárias. Fica omitido também o nome da Loja e Oriente, assim como alteração no texto, porém não o sentido da pergunta para um eventual reconhecimento. Estou enviando para a publicação por entender que seja um assunto de interesse para a cultura e ritualística maçônica.

Questão que faz o Irmão Asterix, sem declinar o nome da Loja e do Oriente – Obediência - GOB⸫Irmão Obelix, me deu a seguinte resposta com relação ao Rito Escocês Antigo e Aceito: no Ritual de Companheiro na verificação se todos os Irmãos presentes nas Colunas são Maçons (todos nas Colunas e no Oriente levantam-se, ficam à Ordem e voltam-se para o Oriente); A resposta obtida do Irmão Obelix era que estando em pé todos deveriam ficar à Ordem, pois o pensamento é que somente se faz sinais, toques e palavras quando o livro da Lei estiver aberto.

Também comentou o Irmão Obelix que a abertura do livro da lei foi introduzida no ritual no ano de 1.964, complicando no momento a ritualística”.

Sem querer discordar, entretanto eu não concordo com a obrigatoriedade da circulação antes da abertura do livro da lei. A Loja ainda está fechada e já que não se fazem sinais, toques e palavras.

Se é obrigatória a circulação então por que quando o Segundo Vigilante faz a verificação dos irmãos no Grau de Companheiro e Mestre em sentido anti-horário, já que ele começa a verificação dos irmãos mais próximo da porta até os mais próximos da balaustrada.

Sendo assim não vejo sentido de obrigatoriedade de circulação antes da abertura do livro da lei.

CONSIDERAÇÕES:

Sem querer causar qualquer tipo de polêmica e respeitando as opiniões do Irmão Obelix, devo salientar que os fatos não são tão simples assim em se afirmar peremptoriamente que a abertura do Livro da Lei fora introduzida em 1.964. 

Isso cabe uma análise mais profunda no Rito e não na adoção de um procedimento por uma Obediência. Aliás, um Rito não é de propriedade de uma Obediência, porém ele é adotado pela tal. Esse mistifório pode ser perfeitamente observado aqui no Brasil onde cada uma das três Obediências faz o seu próprio Rito. 

Outro aspecto é o de não se confundir “abertura” – no caso do Livro da Lei – com “leitura”.

Para que se possa dar uma opinião laudatória, se faz cogente uma pesquisa com método acadêmico com o Rito em questão ao longo de todo o Século XIX, principalmente na França com o advento do primeiro ritual simbólico escocês (1.804) e as suas adaptações às formadas e posteriormente extintas Lojas Capitulares pelo Grande Oriente da França que tomaria na época, por um bom tempo, do Segundo Supremo Conselho na França (1.802) os graus escoceses até o Grau 18 (razão da existência das Lojas Capitulares). 

No mosaico da História, essa configuração não durou para sempre e não tardaria o Supremo Conselho retomar os graus do 04 ao 18 para a sua responsabilidade. Com isso desapareceriam as tais Lojas Capitulares, todavia algumas adaptações descuidadamente não desapareceriam e se tornariam arraigados no simbolismo do Rito de tal maneira que hoje em dia seria quase que impossível extirpá-las, como é o caso do Oriente elevado (capitular) e a divisão pela balaustrada (capitular). Isso só para citar dois exemplos.

Assim, ao longo do Século XIX e começo do XX, muitos acertos e desacertos ocorreriam com o Rito e que para piorar, ainda houve a influência de prática de outros ritos sobre ele – diria de Irmãos egressos destes – tornando-o como uma “colcha de retalhos”. 

Assim, se fazer uma afirmativa generalizada é às vezes temerária, principalmente quando generalizamos uma opinião que pode estar arraigada não ao geral, todavia ao regional, como é o caso do Brasil, pode não ser o ponto de vista mais aceitável. 

Além de tal, há que se analisarem as circunstâncias da ocorrência dos fatos para que historicamente não prevaleça uma opinião, todavia a verdade dos acontecimentos, base fundamental para o ofício da verdadeira História.

Nesse torvelinho de opiniões muitas coisas aconteceram e foram adotadas e outras ainda foram apenas pontuais. Assim, o fato não é o de destacar o que pode ou não trazer problemas, porém soluciona-los é a questão.

O pilhérico é que fatos muito mais importantes no procedimento, como é o caso do trecho de leitura do Livro da Lei, não são discutidos. Por exemplo, o segmento lido (Salmo 133) não condiz com a verdade, já que ele é genuíno no Rito americano conhecido como York (não é o Trabalho de Emulação praticado no GOB), enquanto que no Rito Escocês após a inserção de leitura na França ele é feito em João, capítulo I, versículos 1 a 5. 

Mesmo lá, e isso veio parar no Brasil, apareceria o tal São João da Escócia que de acordo com o hagiológio da Igreja esse santo não existe. 

Ora, o João é o Batista e também o Evangelista por conta de que a Maçonaria rememora uma tradição dos Canteiros Medievais, cujas reuniões e festas eram realizadas nas datas solsticiais.

Deixando essas exposições de lado, pois seria muito atrevimento da minha parte querer comentar em poucas laudas a História da Sublime Instituição e particularmente do Rito Escocês que não nascera nem com graus simbólicos, aparecendo estes somente partir de 1.804 sob influência anglo-saxônica, isso na França que à época desconhecia a prática dos “Antigos” (ingleses) e adotava a prática dos ditos “Modernos” de 1.717, também da Inglaterra.

Dando prosseguimento, o fato é que na atualidade e isso já por um bom tempo, o Rito Escocês Antigo e Aceito adotou práticas que se tornariam consuetudinárias e extirpá-las agora, seria o mesmo que causar uma revolução. 

Só para citar dois exemplos, imagine-se a retirada do processo ritualístico da prova da Taça Sagrada (originária do Rito Adonhiramita). Certamente isso seria tomado como um ultraje, e até mesmo uma heresia para alguns. 

Outro: e a instalação de Veneráveis então? Esse é outro costume que não faz parte do Rito Escocês. Aliás, isso é prática inglesa. Para se comprovar, basta perguntar para qualquer Irmão que tenha sido Venerável antes do ano de 1.968 no GOB se havia instalação.

Assim Mano, a boca se entorta conforme o uso do cachimbo. A “leitura” de um trecho do Livro da Lei está presente, viva e arraigada na cultura atual do Rito. Quem se atreveria a tirá-la? Como se pode notar, os fatos não são tão simples como passam eles parecer.

A primeira parte da questão propriamente dita – “não se faz sinal antes que a Loja estiver aberta”. Nesse sentido é o respeito à regra universalmente aceita que Sinais Penais Maçônicos somente são feitos dentro de Loja. Porém existe aqui a questão objetiva e subjetiva.

Objetivamente significa que a nenhum Maçom é dado o direito de andar pela rua, ou melhor, no mundo profano (pró=antes, fanum=templo) executando sinais penais, já que eles são um dos segredos velados, e não iniciados não podem deles tomar conhecimento. 

Assim, o que seria a Loja então?... O Templo?... O prédio?... A Corporação?...

Aqui entra a questão subjetiva. Se fosse dentro do Templo então seria permitido um maçom fazer sinais mesmo na presença de profanos? Afinal existem as Sessões Públicas com a presença de não iniciados e essas sessões estão inclusive previstas nos regulamentos (no caso do GOB no RGF). Obviamente que não, pois nesse caso os sinais são abolidos.

Então no prédio? Também não, já que os maçons reunidos na Sala dos Passos Perdidos, na Secretaria, na Tesouraria, etc., antes do início dos trabalhos, e mesmo depois, não ficam fazendo sinais uns para os outros.

Assim sobra a Corporação. Nesse pormenor se apresentam duas definições. Uma é o da existência legal da corporação que tem o nome de Loja como pessoa jurídica, com CNPJ, etc. A outra é o Canteiro, ou Loja aqui definida como uma reunião de maçons para o exercício especulativo dos trabalhos maçônicos, cuja liturgia e ritualística são veladas. 

Assim, é nessa última acepção que está relacionada à execução dos Sinais Penais, ou seja, em Loja aberta e coberta reunida para os trabalhos maçônicos restritos aos iniciados, cuja existência exige um procedimento de abertura delegada pelos rituais, usos e costumes. É essa a concepção de Loja que nos interessa no tema.

Em síntese uma Loja em trabalho para existir, demanda do critério de ser aberta pelo mínimo de sete Mestres Maçons dentro de um espaço onde ninguém que não seja iniciado, ou possua grau suficiente possa ver e ouvir o que ali se passa. Esse espaço é geralmente chamado de Templo na vertente latina e Sala da Loja na vertente inglesa.

Nesse parâmetro os Sinais Penais são permitidos apenas e tão somente nessa Loja, todavia ainda existe a questão de que mesmo reunidos os maçons, como ela se torna uma Loja?

Obviamente a partir do momento em que o seu presidente (Venerável) a declare aberta, obedecendo aos métodos ritualísticos, ou a grade ritualística do Rito e Grau pelo qual serão executados os trabalhos. 

Assim, ela deixa de existir como canteiro de trabalho quando sistematicamente ela é declarada encerrada (fechada) pelos trabalhos estarem concluídos (ela existe somente durante a sessão).

É nesse particular que em bons rituais do verdadeiro Rito em questão, quando os trabalhos são declarados abertos, imediatamente o Porta Estandarte arvora o mesmo no Oriente, enquanto que ao serem os mesmos declarados encerrados, eles o enrola novamente. Afinal essa é a razão da existência desse cargo (infelizmente esse costume anda esquecido).

Retomando. Para que uma Loja seja aberta ritualisticamente e assim possa existir para o exercício do trabalho, além de outros procedimentos litúrgicos, é imperativa a presença das Três Grandes Luzes Emblemáticas, ou as Luzes Maiores, conforme a vertente maçônica. 

Isso é um Landmark da Ordem e não pode ser suprimido. O que pode acontecer é existir diferença no formato dessa exposição conforme o Rito, ou Trabalho. Alguns abrem o Livro da Lei lendo deste um trecho, outros abrem e não leem, outros ainda não o abrem, todavia em qualquer dessas situações sobre ele (o Livro, aberto ou fechado, lido ou não lido) é colocado o Esquadro e o Compasso conforme o Grau para determinar a abertura dos trabalhos e, por extensão, da Loja.

Isso implica que para se abrir uma Loja, impreterivelmente essa deve ser feita na presença dessas Luzes Emblemáticas. Esse é um procedimento imemorial, espontâneo e universalmente aceito (Landmark).

Esse processo de composição das Luzes Emblemáticas nem sempre foram escritos em rituais por adquirirem na visão de alguns um ato sigiloso, então muitos antigos rituais nem mesmo o mencionam, até porque a arte sempre foi tão óbvia que nem mesmo seria preciso lembrar a sua prática escrevendo-a aqui ou ali.

É desse conceito de abertura a sugestão de que uma Loja está aberta, bem como o costume de que sinais somente são feitos em Loja (Loja trabalhando coberta). Essa prática seria então adotada ao longo da existência do simbolismo do verdadeiro Rito Escocês Antigo e Aceito.

É bem verdade que essa regra foi se afirmando paulatinamente ao longo dos tempos e não foi sempre uma unanimidade, todavia a questão é de se adotar uma prática que faça sentido e isso na atual conjuntura é verdadeiramente exequível.

Outra consideração: o que foi até aqui tratado está relacionado com a execução de Sinais Penais, não toques, palavras, postura, circulação e outros procedimentos que fazem parte da dinâmica ritualística de abertura dos trabalhos. Fica então claro que a advertência está apenas e tão somente norteada para os Sinais.

Prosseguindo, e a partir de agora obrigatoriamente envolvendo o processo de abertura dos trabalhos da Loja não há como eximir outras práticas litúrgicas, a exemplo da bateria na porta, da cobertura do Templo, da circulação e de outros que porventura puderem ser lembrados.

Afinal a torneira só despeja água se houver água no reservatório, todavia é preciso que alguém abra a torneira. Um delicioso prato só é preparado porque alguém produziu os alimentos, entretanto outro alguém precisa tê-lo preparado. Assim não foge a regra a abertura de uma Loja.

Para que ela tome força e vigor e resulte em honra e glória, se faz necessária uma preparação litúrgica obedecendo aos critérios ritualísticos do Rito. Daí, salvo o Sinal como fora anteriormente colocado, o resto faz parte do processo. Se a palavra não fosse permitida, então não haveria a sua transmissão. Se a bateria não fosse consentida, da mesma forma as Luzes não percutiriam os malhetes, etc.

Tanto assim é que há também a prática da circulação no procedimento de abertura da Loja, pois ratificando, o que está abolido é apenas o Sinal, embora mesmo assim haja uma circunstância na qual ele será executado, fato que será comentado no momento oportuno.

No tocante à circulação, embora possa a prática parecer contraditória durante os trabalhos de abertura, já que no ingresso no Templo cada qual o fez pela sua Coluna, existe uma justificativa, pois o ingresso é feito antes dos procedimentos de abertura. 

Isso faz sentido porque a formação de préstitos de entrada não é prática unânime no Rito, senão um procedimento da Obediência.

Assim não devemos confundir o ingresso no Templo (Sala da Loja) com os procedimentos de abertura, já que em muitos costumes maçônicos os Irmãos até se paramentam dentro do Templo e ficam aguardando o ingresso do Venerável.

Na verdade as ações para a abertura só começam quando o Venerável chega ao Altar, toma assento e comunica que os trabalhos serão a partir dali abertos – normalmente ele solicita aos Irmãos para ajuda-lo a abrir a Loja, ou mesmo comunica a sua intenção ao proferir “em Loja”. 

É exatamente a partir daí que todos os procedimentos litúrgicos são observados e se tornam uniformes no Rito. Se isso não acontecesse, a coisa viraria uma “Torre de Babel”, quando cada um faria ao seu modo, o que denotaria no mínimo um aspecto de desorganização (sobretudo na Maçonaria latina). 

Por assim ser é que existe a forma de como se proceder no momento da abertura dos trabalhos de uma Loja, além obviamente daqueles exarados pelo ritual. Isso evita, por exemplo, que um cobridor desmazeladamente empunhe sua espada no momento da verificação da cobertura, que o Diácono saia do Oriente pelo Norte, que o Mestre de Cerimônias entre pelo Sul para acompanhar o Orador na abertura do Livro da Lei e outras situações que possam porventura acontecer com a justificativa capenga de que a Loja não esteja ainda aberta.

Como se pode notar o que deve ser abolido antes da Loja estar aberta, cujo parâmetro é a solene abertura ou a disposição na forma de costume das Três Grandes Luzes Emblemáticas, é apenas e tão somente o Sinal.

Há que se notar também que todos os procedimentos litúrgicos e ritualísticos só começam após o Venerável solicitar a confirmação de que o Templo esteja verdadeiramente coberto.

Nesse particular poder-se-ia também perguntar: se o sinal está abolido nessa conjuntura, então qual a razão dos Irmãos se posicionarem à Ordem em Loja de Aprendiz por interpelação do Primeiro Vigilante durante o processo de abertura? Porque o Aprendiz não tem palavra de passe, o que não aconteceria no procedimento dos dois outros graus subsequentes que merecem em tese uma verificação mais acurada. Assim adota-se o reconhecimento apenas pelo Sinal.

Também essa questão não é simplesmente a de se verificar um Sinal, porém a lição do que representa um Sinal maçônico no tocante não só da pena, porém o que representam os imprescindíveis instrumentos na construção especulativa de um novo Homem.

Já no Segundo Grau pela demanda de uma prudência e responsabilidade maior exige-se uma verificação mais apurada (passe S⸫). Assim também o é no Terceiro Grau pela síntese dos três graus que exigem Sinais, Toques e Palavras (passe T⸫). 

Por esses procedimentos é que no Segundo e Terceiro Grau o procedimento se difere daquele apenas visual do Primeiro Grau.

É nesse pormenor que a regra de não se fazer Sinal antes da abertura da Loja adquire uma exceção, pois não existe outra forma de se fazer um reconhecimento. Afinal, exceções existem nas regras. Se assim não fosse, ninguém andaria com o Sinal durante a execução da Marcha.

Aproveitando o ensejo, essa verificação somente é feita no Ocidente. No Oriente essa prática é inexistente, tanto que esse atributo é dado aos Vigilantes, razão pela qual no Segundo e no Terceiro Grau os componentes do Oriente ficam simplesmente sentados como já exara o Ritual do Grau de Mestre do GOB. Ninguém fica de costas para o Ocidente no Oriente. 

Essa prática equivocada e sem qualquer explicação e nexo que apareceu em rituais do passado é simplesmente inexiste e copiada de procedimentos que nada tem a ver com o Rito Escocês Antigo e Aceito. 

No atual Ritual do Grau de Companheiro do GOB existe essa contradição por mero engano do tal “colar e copiar” e que espero seja corrigida. Basta notar que no final do procedimento, o Venerável não comanda “sentemo-nos”, porém está escrito: “sentai-vos”.

Para encerrar esse comentário, o Irmão argui em seu questionamento de que os Vigilantes andam no sentido anti-horário quando da verificação começando pelo que estiver mais próximo da porta. 

Devo salientar que circulação é à maneira de deslocamento no Ocidente de um para outro hemisfério, ou seja, ela só existe quando há necessidade de se cruzar o equador (eixo longitudinal) do Templo. 

No mesmo hemisfério não existe circulação, ou seja, em deslocamento na própria Coluna ir e voltar não significa circular o contrário (não carece se dar uma volta ao mundo para parar no mesmo lugar). 

Daí outra regra: o obreiro em deslocamento do Sul para o Norte passa no espaço entre o Painel e a porta de entrada. Do Norte para o Sul, entre o Painel e o limite do Oriente. Por esse feitio é que se entra no Oriente pelo lado nordeste da balaustrada e dele se sai pela banda sudeste da balaustrada. 

Sem que haja necessidade de se cruzar o eixo (passar de uma para outra Coluna), o obreiro anda normalmente, isto é, vai e volta sem atravessar para o outro lado.

Se me tornei prolixo e enfadonho peço as minhas escusas. Entendo que explicar, ou tentar explicar procedimentos ritualísticos demandam de certa paciência. Assim espero ter contribuído para a busca do esclarecimento.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 0845 Florianópolis (SC) 19 de dezembro de 2012.

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