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sábado, 17 de março de 2018

A MAIOR GUERRA ENTRE COLUNAS

A MAIOR GUERRA ENTRE COLUNAS
(Desconheço o autor)

Após o mestre de cerimônias preparar o cortejo e a entrada dos irmãos, no templo...

A sabedoria sentou-se no oriente, assim como a força sentou-se no ocidente, enquanto a beleza tomava lugar na coluna do sul.

Tudo transcorria de forma “justa e perfeita”, como de costume...

Foi quando profanamente bateram na porta, o irmão cobridor interno, anunciou tal batida e em seguida, forçaram a entrada no templo, podíamos ver claramente três homens muito bem vestidos e de ótima aparência.

Eram estes: o orgulho, a vaidade e a discórdia, já chegaram pisando com o pé direito.

A sabedoria se pronunciou imediatamente:

- Vocês três entrarão ritualisticamente e serão telhados, para adentrarem neste templo sagrado.

Sem dar a mínima importância, o orgulho disse:

- Somos convidados ilustres... Com certo tom de ironia. Vocês mesmos que nos convidaram... Nunca entramos aqui fisicamente, mas no íntimo de cada um de vocês, estamos presentes em todas as sessões, somos mais assíduos do que o maçom mais assíduo desta oficina.

A força imediatamente sacou uma espada e disse:

- Solicito que todos os irmãos saiam, por favor... Somente com justiça e retidão, poderemos nos livrar deste incomodo momento...  Somente fique o venerável mestre e nós vigilantes para esta complexa e misteriosa sessão.

Todos os demais irmãos saíram, o restante das dignidades também se retiraram, porém passavam pela sabedoria, e deixavam um feedback, como num planejamento estratégico de guerra.

Notória as lágrimas nos olhos dos irmãos secretário e orador, como se dissessem com um olhar que:

- Nós mesmos criamos esta guerra... Talvez não saiamos vencedores... luzes, lutem por todos nós! 

O orgulho batia com o malho, enquanto a vaidade como um apoio segurava o cinzel, que exemplo de “união”!

Inacreditável, eles estavam desbastando a pedra bruta, com perfeição e de forma eficiente.

Parei para refletir, que permanecemos anos a finco, para tal façanha sem tanto êxito e a discórdia observava orgulhosa, tal energia desprendida para o fundamento central maçônico.

As três luzes, ficaram surpresas, e notaram, que o mal maçom, também desbasta a pedra bruta, mesmo que regido por energias negativas.

Há duas desbastações antagônicas?

A vaidade, descreveu o painel dos três graus, com excelência, surpreendendo a todos.

A discórdia, direcionou um olhar desafiador para a sabedoria, como se fossem as duas maiores lideranças no recinto.

A discórdia gritou com dedo em riste:

- Que tal uma guerra dentro do templo? Ou será que a sabedoria será destruída pelo orgulho, a força superada pela vaidade e a beleza massacrada pela discórdia?

O orgulho enfatizou:

- Por mais que se esforcem, não suportarão sequer uma fraca luz, pois estamos absolutamente ligados nas suas emoções e atitudes, por mais que tentem camuflar ou ocultar, sempre nós três prevaleceremos. Ouso dizer que se não houverem irmãos de vocês diferentes, seremos as três luzes da loja e da maçonaria em muito breve. É como se vendássemos os cavaleiros templários, devolvendo a escuridão para todos que se dizem iluminados, livres e de bons costumes. Quando vencermos esta batalha, nossas sessões iniciarão a meia noite, pois queremos o fim da hipocrisia e o início do império das trevas!

A sabedoria, expressou-se: 

- Óh quão bom e quão suave é! 

A discórdia, cortou-a e disse:

- Só recitam da boca para fora... Vocês não sentem, não vivem... risos

A discórdia estava gerindo a sessão! 

O orgulho sacou uma espada, como guardião do templo!

- Preciso reconhecer, que estavam mais entrosados do que nós, e não eram sete, eram apenas três. Dominaram e arremataram nossa harmonia...

A força, resolveu resistir a tamanha dominação e deu três pancadas com o malhete...

- Exijo ordem!!!!!

A vaidade, exclamou: 

- Desculpe força, mas logo você? Teve tanto tempo o malho e o cinzel em suas mãos, e o que fez? Decorou o ritual? 

 As três dignidades negativas gargalharam!

A matéria se sobrepunha de forma mais incisiva ao espírito!

As romãs estavam secando, as colunas B e J, estavam rachadas... (Pelos olhos físicos estavam intactas, porém com os espirituais estavam totalmente ruídas).

A beleza, chutou a pedra polida e no ápice da dor, sacou uma espada, enquanto isso a sabedoria sacou a espada flamejante, e renderam o orgulho, a vaidade e a discórdia, porém a força, surpreendentemente exclamou:

- Não adianta usarmos a minha força! Teremos que elevar o grau, pois não poderemos superar tais “inimigos”, que nós mesmos criamos e que nos conhecem intimamente.

Havia uma cadeia de intenções, no átrio, gerida pelas dignidades e irmãos que aguardavam ansiosos o fim desta luta épica.

A egrégora da corda, a parte positiva do coração dos irmãos, tomou forma de forca e enrolou-se no pescoço de cada uma das entidades negativas.

Porém o amor contido naquela corda, não conseguiria enforcar nem mesmo o maior inimigo de nossa evolução.

Neste momento o livro da lei se abriu e o espírito se sobrepôs a matéria.

A discórdia, tentou com uma espada, cortar a corda, sem lograr êxito... Ela não tinha tal força sobre a união dos verdadeiros irmãos.

Um duelo de espadas iniciou-se sobre o pavimento mosaico, a sabedoria no piso branco, com a discórdia no piso preto, esta luta estava subindo para o oriente.

A vaidade, disse para a sabedoria:

- Seus amigos não irão te ajudar? 

A sabedoria respondeu:

- Apesar de falhos, somos justos! Aqui é um contra um...

O orgulho começou a recitar todo o ritual, sem nem mesmo ler! Quebrando a concentração com tal “decoreba”.

A Discórdia, tomou a espada flamejante, mesmo com toda espiritualização que há, venceu a sabedoria, colocando a espada na jugular da sabedoria, que estava caída no chão.

A abóbada celeste, o céu da loja, ficou com nuvens ocultando os astros.

A vaidade, pegou uma das velas e começou a incendiar todo o templo.

A beleza, começou a chorar copiosamente, vendo os ornamentos pegando fogo!

As entidades negativas, estavam com a jóias móveis das três luzes da loja.

Sim meus irmãos, o final desta história não foi feliz. Me perdoem.

Fomos vencidos... Pelo orgulho, pela vaidade e pela discórdia!

Vocês acham que este texto se passou dentro de nosso templo?

Não meus irmãos, esta batalha acontece diariamente dentro de nossos próprios corações.

Nosso sentimento é invadido, tomado e destruído, sem ritualísticas.

Nem nosso senso fraterno, consegue vencer esta guerra!

Fora das nomenclaturas vivenciadas em loja, precisamos dar campo para novos membros em nossa ordem. Que tal fazermos a iniciação dos candidatos:

O Amor, solidariedade, fraternidade, igualdade, humildade, tolerância, flexibilidade e concórdia...

Não deixem esses irmãos, decorarem somente os respectivos rituais, orientem para que amem os valores e entendam para que atendam as expectativas da ordem e da vida.

Enquanto isso, outros fatores estão alistando-se também nas trevas:

O Pessimismo, hipocrisia, ódio, falsidade, corrupção entre outros...

Todos estes prós e contras farão parte de nossos sentimentos.

A guerra invisível continuará! Você x você!

Cuidado com a posição do esquadro e compasso, assim como com suas intenções com o futuro, da sua vida, da sua loja, da sua ordem e das respectivas histórias.

Enquanto esta guerra acontecia, a cozinheira preparava o ágape normalmente, sem nem mesmo desconfiar, jamais tomaria ou tomará conhecimento de tal evento.

A vaidade, o orgulho e a discórdia, vencerão esta batalha até quando?

Eles foram embora, e levaram a pedra cúbica.

Deixaram escrito em alfabeto maçônico, num pergaminho:

Vocês não desbastaram e acredito que não polirão esta pedra, permaneçam somente com a bruta.

Quando aprenderem de fato, eu devolverei aos verdadeiros aprendizes...

Aqueles que verdadeiramente impedirão nossa entrada no templo;

Enquanto isso teremos acesso livre a qualquer sessão de qualquer grau e daremos aulas a vocês sobre todo tema e ritualística existente em vossa Ordem!

Ass: Venerável mestre da Discórdia...

Primeiro Vigilante do Orgulho...

Segundo Vigilante da Vaidade...

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