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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

CONSELHO DE VENERÁVEIS

(republicação)
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão José Daniel Massaroni, Loja Conciliação e Justiça, GOB, Oriente de Presidente Prudente, Estado de São Paulo. j1daniel@terra.com.br 

O questionamento que faço é somente para o Rito Escocês Antigo e Aceito, não querendo envolver as práticas adotadas por quaisquer outros Ritos. Está tornando costume em um grupo de Veneráveis Mestres Instalados, reunirem-se periodicamente, para trocarem informações sobre o que ocorre numa determinada Cidade ou Região, unificarem campanhas de médio e grande porte para ajuda a determinada Instituição, trocarem informações sobre indicações de profanos e tomarem decisões, que quando levadas nas Lojas que representam para apreciação ou votação, já estão mais amadurecidas. Vejo como ponto positivo o assunto já possuir posições de outros Irmãos e até decisões já discutidas em outras Lojas sobre o mesmo tema. O que me preocupa é que até atas são feitas com o nome de "CONSELHO DE VENERÁVEIS" e até "CONSELHO DE MESTRES INSTALADOS". O termo não estaria desapropriado para tal função já que existe um Conselho de Mestres Instalados com o fim específico de Instalar novos Veneráveis para cumprirem seus Veneralatos específicos? Não estariam aí nomeando uma reunião, que em algumas regiões já se tornaram sólidas, com uma sigla criada para outro fim específico? Aproveito para agradecer o apoio que o JB News tem nos proporcionado com artigos e notícias da Maçonaria e em particular ao Irmão Pedro Juk pelo trabalho impar que tem desenvolvido. 

CONSIDERAÇÕES:

Inicialmente eu gostaria de salientar que Mestre Instalado não é Grau. O termo é mais bem apropriado com um título distintivo daquele que foi eleito para o veneralato de uma Loja. Assim um Mestre Instalado dependendo da ocasião é o Venerável Mestre e em outra é o Ex-Venerável. 

No tocante ao Conselho de Veneráveis, ou Conselho de Mestres Instalados, eu não sei como isso é tratado no seio da CMSB (Grandes Lojas Estaduais) e COMAB (Grandes Orientes Estaduais Independentes), entretanto no Grande Oriente do Brasil ele só existe por ocasião da Instalação de um Venerável, ou quando de congregações estaduais e distritais de Veneráveis Mestres, cuja organização será disciplinada pelos Grão-Mestres estaduais e do Distrito Federal respectivamente – Artigo 43, § 2º do Regulamento Geral da Federação. 

Um Conselho de Mestres Instalados só existe para a Instalação de um Venerável e é ato distintivo do Grande Oriente. Em linhas gerais é ilegal a criação de Conselhos de Veneráveis, ou de Mestres Instalados para outra finalidade que não seja a de uma Instalação. Essa previsão busca atender a não intervenção de outros sobre a administração da Loja representada pelo Venerável Mestre. 

Assim, mencionar esses conselhos em uma ata, ou balaústre, entra em completa contradição com as leis vigentes. Mais irregular é ainda um desses conselhos se constituído por Irmãos das diversas Obediências interferindo conforme as suas decisões na soberania de uma Loja em particular ou de uma Obediência em geral. 

Penso que é salutar os Irmãos trocarem informações como maçons sobre assuntos que mereçam essas considerações, todavia não como rótulo de um “conselho” que possa interferir legalmente na decisão de uma Loja. 

Isso evidentemente não proíbe a troca de informações, opiniões, etc., desde que seja de modo consultivo, todavia nunca oficial não deve ser mencionado nos trabalhos de uma Loja. 

T.F.A. 
PEDRO JUK  - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 0976, Florianópolis (SC) – segunda-feira, 6 de maio de 2013

4 comentários:

  1. Ao meu ver essa "moda" de "Conselho de Mestres Instalados" nas Lojas é uma ABOMINAÇÃO aos princípios básicos de Maçonaria. Algumas lojas estão abrindo sessão RITUALÍSTICA nesse tal conselho e decidindo os rumos da loja.
    É um problema tão sério e está em grau tão avançado que basta fazer uma busca no Google para ver que várias lojas estão até mesmo inserindo em seu estatuto e regimento internos esse tal conselho, o que do ponto de vista do Direito puro seria ILEGAL e contra os princípios de Maçonaria de Igualdade no qual só cabem 3 GRAUS. Querem criar um QUARTO Grau em Loja azul. Loucura e Enfeite para os egos e vaidades que adoram títulos e cerimonias.
    Basta o erro apoiado pela ignorância e um pouco de malicia ser repetido várias vezes para se tornar uma "verdade".
    Depois perguntam o porquê da Maçonaria estar praticamente morta no Brasil e vivendo de contar histórias e feitos passados... muito triste.

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  2. Penso diferente do respeitado irmão Márcio Bizarria. Entendo que os ex-Veneráveis Mestres de uma determinada Obediencia devem sim fazer parte de um "Conselho ou Colégio Permanente de Mestres Instalados com o objetivo de, além das instalações dos novos veneráveis, contribuírem com a grande administração e lojas jurisdicionadas no tocante a palestras, seminários para aprendizes, cursos preparatórios para futuros veneráveis e, ainda, servirem como órgão consultivo das Lojas e até mesmo do próprio Grão Mestre. É evidente que esse Conselho não deve deliberar e decidir destinos, como disse, seria um órgão de aconselhamento.

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  3. Penso diferente do respeitado irmão Márcio Bizarria. Entendo que os ex-Veneráveis Mestres de uma determinada Obediencia devem sim fazer parte de um "Conselho ou Colégio Permanente de Mestres Instalados com o objetivo de, além das instalações dos novos veneráveis, contribuírem com a grande administração e lojas jurisdicionadas no tocante a palestras, seminários para aprendizes, cursos preparatórios para futuros veneráveis e, ainda, servirem como órgão consultivo das Lojas e até mesmo do próprio Grão Mestre. É evidente que esse Conselho não deve deliberar e decidir destinos, como disse, seria um órgão de aconselhamento.

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  4. Ninguém vai falar nada sobre o GRMI na cidade de Franca e adjacências? Me parece um excelente grupo...

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