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sábado, 28 de abril de 2018

O QUE EU APRENDI?

O QUE EU APRENDI?

Quando entre colunas, ouvi muito, falei pouco, observei bastante, li muito, tudo o que pude e sempre tirei algum ensinamento para a minha vida maçônica ou profana. Más afinal o que eu aprendi?

Aprendi que um homem de bem, deve manter a posição nas fileiras do bem, sustentando a própria fé, abraçando o trabalho do bem e  aos outros com alegria,  evitando relacionamentos inconvenientes ou inúteis, procurando sempre o lado melhor da situação e pessoas para qualquer referência, não sonegando entretanto, auxílio e compreensão aos semelhantes, e se cair em erro, buscar a retificação, sem qualquer desculpismo.

Conheci instrumentos de trabalho, como malhete, o bastão, as espadas, a régua, o maço e o cinzel, a bolsa de PProp∴ e IInf, a bolsa de Beneficência, livros, documentos e o próprio Pavilhão Nacional,  alguns até comuns da vida profana, mas que através do ensinamento maçônico, cada um com seu significado, transformam-se em verdadeiras ferramentas de vida, de fé, de coragem, de esperança, de trabalho.

Aprendi que  a caridade do maçom não tem limites, mas este deve sempre agir com os ditames da prudência. Compreendi que a maior caridade é a que fazemos para nós mesmos, cuidando de nossa mente e de nossa família, renovando constantemente nossos pensamentos, simplesmente dizendo à si mesmo que não quer pensar erradamente, procurando eliminar as impurezas mentais, substituindo-as pelas nossas potencialidades mais sublimes, nossas virtudes, pois todos nós a temos em nosso coração, basta que procuremos.

Aprendi que o Maçom deve se alicerçar na virtude da Fidelidade – pois a Maçonaria Livre busca instilar em seus membros, as virtudes da tolerância, honestidade, caridade e lealdade. O laço invisível que liga todos maçons livres conjuntamente é parte da experiência deles nas culturas, não somente o trabalho dentro da Loja, mas também no mundo. A qualquer parte onde ele vá, qualquer posição dele na vida, o maçom sabe  que quando ele encontra um irmão ele estará encontrando alguém que oferecerá a amizade dele, suporte moral e qualquer ajuda prática que ele possa necessitar. A Maçonaria Livre em todos sentidos é uma sociedade baseada na verdade: a verdade que é enfatizada no fechamento de todos encontros maçônicos quando os presentes unem-se para expressar a fidelidade mútua.

Aprendi que ser Maçom é despertar o sentido de compreensão do indivíduo e estar preparado para assisti-lo nos momentos de dificuldades. No aprendizado inicial aprendemos que além dos SS TT e PP o Maçom deve ser reconhecido pelos atos e posturas dentro da sociedade e no meio onde vive. 

Segundo a palavra de Jesus Cristo, o AMOR AO PRÓXIMO está associado ao AMOR DE DEUS, que lhe dá, portanto, a mesma importância e o mesmo destaque. Tal paridade de importância está registrado no Livro de Lucas, cap. 12, vers. 28 a 33. Do ponto de vista maçônico, encontramos na terceira Instrução do Ritual de Aprendiz Maçom a assertiva de que a inteligência, quando dirigida por uma sã Moral, é suficiente para discernir o Bem do Mal. A Moral ensinada pela Maçonaria baseia-se no AMOR AO PRÓXIMO, nesse mesmo amor ensinado por Deus e por Jesus Cristo, que podemos conhecer pelos textos bíblicos citados é que nos dão a certeza do cuidado de Deus para com todos nós. É esse amor fraterno que o verdadeiro Maçom deve praticar, não só dentro das Lojas, mas, sim e principalmente, na vida profana, para exercitar aquilo que foi aprendido nos nossos templos; do contrario seremos apenas acadêmicos bem formados.

A cada ensinamento, à cada lição, à cada conversa com os Ir, aprendi palavras novas, sinais de comunicação não compreensíveis no mundo profano, que só o verdadeiro maçom pode decifrar, jurando sempre ao final de cada sessão, o mais profundo silêncio de tudo que vi e ouvi, sem nada revelar. Mais uma vez, estaria praticando a fidelidade.

Com meu avental aprendi que esta é a mais honrosa insígnia do maçom, emblemático do trabalho e indica que sempre temos que ser ativos e laboriosos na construção de um mundo melhor e cujo simbolismo desta construção é a pedra bruta, que é o objeto do trabalho inicial de qualquer construção. Cada pedra é única e liberta-se da sua forma tosca através de um árduo trabalho de aperfeiçoamento, polindo as suas faces, alisando as suas arestas, para que possa ser uma das peças do edifício. Na verdade é o nosso aperfeiçoamento moral que está sendo construído.

A PARÁBOLA DAS PEDRAS

Certo grupo de pessoas se reuniu para juntos, traçarem um objetivo, que era atingir o topo de uma montanha. Como estas pessoas nunca tinham estado neste lugar, resolveram cada qual se preparar: em um saco colocaram mantimentos e trocas de roupas e começaram a jornada. No  meio do caminho ouviram uma voz trovejante que lhes disse:

- “Parem onde estão. Olhando ao seu redor vocês irão se dar conta que existem muitas pedras, Apanhem pedras tantas quantas puderem ou quiserem. Coloquem em seus sacos. Ao atingir, cada qual seu objetivo, olhem novamente para as pedras. Neste instante cada um de vocês irá sentir muita alegria, mas ao mesmo tempo muita tristeza.”

E a voz se foi .... Restava agora para cada um, em sua liberdade de escolha, apanhar pedras. Alguns pegaram dez, outros, vinte e um ou outro, que infelizmente sempre questiona a voz do Universo, para não dizer que não pegou nenhuma, colocou uma ou outra pedra no saco.

Quando estavam já se aproximando do topo da montanha, todos foram acometidos de expectativa  e porque não dizer, de ansiedade, para descobrirem o porque, haveriam de sentir alegria e tristeza ao mesmo tempo. Chegando lá, colocaram os sacos no chão, abriram-nos e sentiram muita alegria.

Todas aquelas pedras que haviam apanhado tinham se transformado ao longo da jornada em belíssimos e maravilhosos diamantes. Sentiram muita tristeza, porque não terem pego mais pedras. Afinal estavam lá a disposição deles.

Assim é em nossa vida. Muitas vezes não nos damos conta que o UNIVERSO é abundante em pedras, e que estão ao nosso redor. O que nos compete é apanhar estas pedras e através de uma vida que valha a pena e transforma-las em diamantes.

Desejo meus Ir∴ que possamos doravante nos dar conta, cada vez mais desta maravilhosa realidade e com grande sentimento de merecer, transformar não somente pedras, mas a nossa própria vida em diamantes de sucesso e felicidade.

Ir 1º Vig, tendo concluído o tempo de aprendiz maçom, solicito aumento de salário, se for merecedor deste.

Que o GADU∴ nos ilumine e nos abençoe.                

Ir∴ José Marcos Paula Theodoro
Aug∴ e Resp∴ Restauradora nº 111
Or Catanduva, 19 de fevereiro de 2.001

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