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sexta-feira, 13 de outubro de 2023

ENTRADA NO TEMPLO

(republicação)
O Respeitável Irmão Pedro Barcellos, Loja Liberdade Criciumense, 55, Grande Loja de Santa Catarina, sem declinar o nome do Rito, Oriente de Criciúma, Estado de Santa Catarina, apresenta a questão seguinte: pedrovbarcellos@hotmail.com 

Quando de uma alteração do esquadro e compasso na Sessão de terça-feira passada, quando a Loja foi transformada no Grau 2, quatro dos nossos Irmãos Aprendizes passaram para a Sala dos Passos Perdidos enquanto eram apresentados trabalhos de Companheiro. Surgiu, dentre alguns assuntos um questionamento que não soube responder corretamente. Como Mestre Instalado da Loja o Venerável Mestre havia solicitado que acompanhasse os Aprendizes para conversar sobre os mais diversos temas. Pois bem, um deles me fez o seguinte questionamento: Quando da chegada de um Irmão, após a abertura dos trabalhos de uma Loja, antes de o mesmo iniciar a ritualística de entrada, a porta do Templo deve ser fechada ou pode-se entrar ritualisticamente mesmo com ela aberta e só após os procedimentos, o Irmão Guarda do Templo fecha a porta do Templo? 

CONSIDERAÇÕES:

Mano, eu não sei se entendi bem a questão que sob a minha óptica me parece confusa, todavia segue o meu juízo. 

Estando os Irmãos prontos no Átrio, com os procedimentos de costume, dá-se o ingresso na Sala da Loja. O último a entrar é o Venerável Mestre acompanhando o Mestre de Cerimônias que o conduz até o Sólio. Assim que o Venerável como último integrante ingressar no espaço de trabalho, o Cobridor Interno fecha a porta. O Venerável postado no seu lugar procede à abertura dos trabalhos. 

Chegando um retardatário e não havendo o Guarda Externo o mesmo dá na porta a bateria maçônica universal que é a mesma do Aprendiz. Imediatamente o Cobridor Interno dá pelo lado de dentro a mesma bateria o que significa que o retardatário deve aguardar o momento propício para a sua entrada após a verificação de quem assim bate (posterior à abertura ritualística dos trabalhos). 

Havendo Guarda Externo, obviamente esse informará ao retardatário que aguarde, pois a Loja está em processo de abertura. Nesse caso no momento propício o Guarda Externo tomará as devidas providências. 

Devo ressaltar que a bateria na porta nesse caso é a universal. O retardatário não bate de outra forma, mesmo que a Loja esteja trabalhando em outro Grau. Compete ao Guarda Externo verificar a qualidade do retardatário e informa-lo, se for o caso. 

Em não havendo o Externo, o atrasado bate como o já relatado e simplesmente aguarda, pois a resposta do Cobridor Interno à sua bateria significa simplesmente que o momento não é propício para entrada. 

Infelizmente muitos assim não compreendem e processam uma verdadeira “batucada” na porta nessa ocasião. Nesse caso, se o retardatário não possuir grau suficiente será informado e se retira do Átrio. 

Agora, pelo que pude entender da questão, me parece até um excesso de preciosismo alguém chegar atrasado ao momento em que o Venerável acaba de entrar e não começou a abrir os trabalhos ainda. 

Será que alguém não teria a oportunidade de enxergar o atrasado se paramentando ou ingressando no prédio sem que pudesse aguardar o mesmo se preparar para os trabalhos? 

Para que se evite uma situação dessa forma, melhor é fazer uma verificação antes de se dar ingresso na Sala da Loja se algum Irmão não acaba de ingressar no prédio. 

Aliás, o melhor mesmo seria que ninguém chegasse atrasado, salvo fosse o motivo plenamente justificável. 

Assim, os atrasados que aguardem e que a porta seja regularmente fechada imediatamente após o Venerável ingressar na Oficina. 

Em tempo, não gosto muito de usar o rótulo de Templo para o espaço de trabalho de uma Loja, até porque essa referência pode dar uma conotação de alguma coisa religiosa. 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr.1013, Florianópolis (SC) – quarta-feira, 12 de junho de 2013

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