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sábado, 12 de maio de 2018

O SEGREDO DA MAÇONARIA

O SEGREDO DA MAÇONARIA

O que nos distingue daqueles a quem chamamos “profanos”?

Somos livres? Somos iguais? Somos fraternos? Somos possuidores de bons costumes? Levantamos templos às virtudes? Cavamos masmorras aos vícios? Somos filantropos? Somos progressistas? Somos estudiosos? Somos filósofos? Somos religiosos? Somos inteligentes? Somos bem-sucedidos? Somos respeitados? Somos justos? Somos perfeitos? O que somos:

Somos o que somos! Seres humanos com as mesmas virtudes, com as mesmas paixões, com as mesmas ambições, com as mesmas imperfeições, com as mesmas limitações, com os mesmos sonhos, com os mesmos temores, daqueles a quem chamamos, muitas vezes no sentido pejorativo, “profanos”. Não somos nem mais nem menos do que eles são. Não sabemos nem mais nem menos do que eles sabem. Somos muito menos do que eles pensam que somos. Não somos nem a metade do que pensamos ser. Mas, com eles poderemos ser o dobro do que somos.

Basta querer. Basta persistir em querer. Basta não se abater no primeiro revés. Basta não esmorecer no segundo. Basta não desistir nos seguintes. Quem persiste alcança os seus objetivos, mesmo aqueles considerados inatingíveis. Mas, poucos persistem, maçons ou profanos.

E quando atingimos o objetivo, sentimo-nos felizes? Sentimo-nos realizado? Não necessariamente! Os percalços da escalada dão mais prazer do que a conquista do cume. Depois que atingimos o objetivo, depois da realização do sonho, geralmente o consideramos passado e nos propomos outros objetivos. O mais importante, destarte, não é alcançar o objetivo. É lutar. É cair. É levantar-se. É se esforçar para atingi-lo. É sobrepujar-se. É vencer os seus próprios limites. O homem moderno não luta mais com as feras para subsistir. Luta com seus semelhantes. Luta sobretudo, consigo próprio.

Então, o que nos faz pensar sermos diferentes? O segredo? Que segredo? Os SS∴, os TT∴ e as PP∴? Que significam? Qual o resultado prático do conhecimento deles? Ser reconhecido por outro maçom? Para que? Para conversamos com ele de forma mais agradável, mais amistosa, mais fraterna? E não poderíamos fazer isso sem sermos maçons? Somos amigáveis, amistosos ou fraternos somente com outro maçom? Perguntamos mais uma vez: Que Segredo? Os dos Graus Filosóficos, os altos graus da Maçonaria? Conhecemos algum segredo nos Graus Superiores? Todo maçom do Grau 33 conhece o Segredo? Mas depois de tantos anos de escalada maçônica, um Grau 33 não conhece o Segredo? Como? Por que? Existe realmente um segredo?

É evidente que existe! Tudo na vida tem os seus segredos, os seus mistérios, o desconhecido, o confidencial. Existem os segredos profissionais, os comerciais, os industriais, os religiosos e muitos outros. Destarte, se somos detentores de um segredo, não o somos de muitos outros. Não temos nem mais nem menos segredos que os profanos.

E qual é o nosso Segredo? Esse segredo tão bem guardado que poucos, muitos poucos, o descobrem? Sim, é descobrindo que se conhece o Segredo. Ele não é revelado! Quem descobre o Segredo não o revela a ninguém. A ninguém em nenhuma circunstância!

O grande Segredo é na verdade um Segredo muito simples. Está ao alcance de todos. Por isso precisa ser ocultado sob as mais diversas formas. Precisa estará velado sob os mais diversos símbolos. Precisa ser encoberto por alegorias. Precisa ser valorizado. O Segredo precisa ser segredo para que quem o encontre lhe dê a devida importância. Em outras palavras, se todos soubessem o Segredo, além de obviamente não ser mais segredo, ninguém por ele se interessaria. Ninguém procuraria o verdadeiro sentido dele. Ninguém lhe daria a importância que tem. Um grande homem e profeta há dois mil anos ensinou que “não se dá pérolas aos porcos.

Pois bem, temos um Segredo simples. Um Segredo ao alcance de qualquer um. Um segredo que não é revelado. Um Segredo que é descoberto. Então, não tem sentido perguntar qual é o Segredo e sim como podemos descobri-lo.

E como podemos descobrir o Segredo?

Cumprindo nossas obrigações maçônicas. Freqüentando a loja com regularidade. Visitando outras. Seguindo a ritualística sem dela nos afastarmos. Estudando o que os rituais dizem que devemos fazer. Executar com perfeição as tarefas que nos são cometidas. Exercendo os cargos para os quais fomos eleitos ou nomeados com seriedade. Compreendendo o sentido de todo o simbolismo. Enfim, não nos limitando em ostentar o título de maçom. Um maçom é um maçom!

Quando um maçom se torna verdadeiramente maçom, sua busca terminou. Ele encontrou o Segredo. Como revelá-lo a quem não se iniciou nos Mistérios da Maçonaria? Como transmiti-lo a quem entrou para a Maçonaria mas não conseguiu ainda ser maçom? Quem descobre o segredo não o revela ara ninguém. A ninguém, em nenhuma circunstância! O Segredo é intransmissível!

E quando a busca estiver terminada? Nos sentiremos felizes? Nos sentiremos realizados? Os percalços da escalada dão mais prazer do que a conquista do cume?

Eu vou descobrir. E você, Ir∴?

Apresentado pelo Ir∴ Silas Itamar de Almeida (ARLS Pérola da Serra)
Leo Cinezi - leo@cinezi.com.br

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