O PADRINHO MAÇOM
Ir.·. Vilson Antonio Cimolin M.·.M.·.
Obr.·. da Loja Renascer da Luz n° 56 - GOSC
Considerado o personagem mais importante depois do candidato à maçom, o padrinho ou proponente, torna-se uma figura exponencial na formação dos futuros irmãos. Terá uma responsabilidade mister, que inicia-se a partir da indicação do profano e deveria perpetuar-se enquanto ambos permanecessem maçons.
Somente como ilustração, devemos constar que, nos primórdios da Maçonaria organizada como especulativa, no dia da recepção do candidato, o padrinho o levava até uma Taverna, onde a loja se reunia e, junto com o mesma, ingressava numa sala escura (câmara de reflexões) e ali ficavam os dois, no mais completo silêncio, por aproximadamente uma hora. Após, o padrinho pegava o seu afilhado e o levava até a porta da loja (Templo) e dava três fortes pancadas. A porta era aberta. O Primeiro Vigilante vinha até eles, e o padrinho entregava seu afilhado aos cuidados desse irmãos. Terminava aí, a participação do padrinho, mas não a sua responsabilidade.
O padrinho, desta forma, seria alguém que investido de uma autoridade delegada por irmãos, preservaria os costumes da Ordem, porém, estaria, também, responsável pela manutenção destes costumes.
O padrinho deverá caracterizar-se como o Mestre dos Mestres para o seu afilhado, um “Pai” sempre companheiro, procurando fornecer a luz para que seus passos e os graus conquistados sejam pautados com êxito e sucesso.
Um dos maiores e mais importantes objetivos do padrinho é dotar o neófito das condições básicas para que o mesmo possa assumir, por suas qualidades adequadamente desenvolvidas, a vontade e o entendimento de todo o universo que representa a instituição maçônica, capacitando-o a usar a sabedoria, a paciência, a observação contínua de todos os procedimentos, sejam ritualísticos ou não, e, sendo o afilhado pessoa merecedora e realizada com sua iniciação, por certo, saberá utilizar com discernimento toda e qualquer informação que lhe chegar as mãos.
A figura do padrinho que, na maioria das vezes só é lembrada no momento da indicação de um profano, deverá ser lembrada e exigida na formação filosófica daqueles que pretendem alcançar os mais elevados graus dentro da Instituição.
O Padrinho Maçom, desde o momento em que fez a escolha do profano ideal para a integração junto a Ordem Maçônica, não deverá jamais deixar cair seu entusiasmo e dinamismo, pois tem como maior propósito passar ao afilhado todo aquele deslumbramento inicial e faze-lo crer que, procurando as afinidades ou simplesmente exaltando toda a magnitude da Maçonaria, como Instituição, como elemento agregador e fortalecedor de nossos pensamentos, por menores e fúteis que nos pareçam, o afilhado estará sempre apto e fortalecido para enfrentar e ultrapassar todos os obstáculos, os quais, na sua maioria, são impostos por falsos maçons, por vaidade, por simples continuísmo de idéias, as quais nos são impostas e, como devemos ser respeitosos e acima de tudo tolerantes, nos conformamos e acabamos por esmorecer nossa vontade e, infelizmente, ao lado dessa fugaz participação, deve aparecer a figura do padrinho maçom, com o qual, surgem os grandes exemplos de dedicação à Sublime Ordem e, que apesar de toda a atribulação de nossa vida diária, coordenam valores com o objetivo de enobrecer sua experiência maçônica.
Ao padrinho Maçom cabe a responsabilidade da perpetuação da própria Ordem Maçônica pois, conforme for sua escolha ou indicação, terá a Ordem melhores obreiros ou simplesmente maçons desnecessários a sua própria causa. Quando é feita uma indicação, o padrinho além de conhecer muito bem o candidato, também necessita conhecer sua família pois, quando se entra para a Ordem Maçônica, nossas esposas e filhos também entram e, a participação efetiva de todos é de suma importância para a realização dos mais diversos atos pois, se somos responsáveis pelo que cativamos, também somos responsáveis pelo que somos e representamos.
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