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sexta-feira, 12 de abril de 2024

PELO SINAL, PELA BATERIA E PELA ACLAMAÇÃO

(republicação)
Em 26/04/2018 o Irmão Cesar Benjamim Duarte Ferreira, Loja Cavaleiros de Hiran, 4.057, REAA, GOB-PR, Oriente de Campo Largo, Estado do Paraná, apresenta a questão seguinte:

PELO SINAL, PELA BATERIA E PELA ACLAMAÇÃO

Temos uma duvida, em relação a saudação:

Na hora da execução pelo Sinal - corta o Sinal Gutural, retorna a ordem - pela Bateria - corta o Sinal, volta ao Sinal e pela Saudação corta o Sinal e volta à posição de ordem, esse tem sido o entendimento de alguns Irmãos, outros acham que deve ser direto, mais não são três atos separados? 

O qual deve votar sempre a ordem para sua execução?

CONSIDERAÇÕES:

Sem dúvidas são procedimentos separados. Pelo Sin∴, pela Bat∴, pela Aclam∴.

Esse conjunto de práticas tem sido para alguns Irmãos um trampolim para exercer excessos do preciosismo com inclusões de práticas que destoam da sequência litúrgica.

A questão é sempre de bom senso, pelo que vou tentar fazer as colocações necessárias inerentes a essas práticas.

Para tanto, observe que existem dois momentos onde o ritual prevê essa sequência ritualística. A primeira logo após a Loja no REAA∴ ter sido declarada aberta e, a segunda, logo após a mesma Loja ter sido declarada fechada (encerrada).

Assim, na abertura dos trabalhos essa sequência se compõe por três práticas distintas, enquanto que no encerramento, apenas duas. No período final não existe composição de Sinal porque a Loja já foi declarada fechada.

Na abertura, a sequência se dá na seguinte forma: 

quando da ordem do Venerável do “pelo Sin∴”, todos, por já estarem à Ordem, imediatamente o desfazem pelo Sin∴ Pen∴ que é a prática obrigatória para se desfazer o Sin∴ de Ord∴. 

Ato seguido, atendendo novamente a resolução do Venerável do “pela Bat∴”, de imediato, sem voltar ao Sinal de Ord∴, todos estendem à frente a sua mão esquerda espalmada com a palma voltada para cima, que fica parada, e nela dão a Bat∴ do grau com a sua respectiva mão direita espalmada. 

Encerrada a Bat∴, agora todos imediatamente voltam ao Sin∴ de Ord∴. Por fim, recebido comando do Venerável do “pela Aclam∴”, todos aclamam na forma de costume e aguardam o comando para sentar. Antes de tomar assento todos desfazem o Sin∴ de Ord∴ pelo Sin\ Pen∴.
O ato de se voltar ao Sin∴ de Ord∴ logo depois da Bat∴ nada tem a ver em especial com a Aclam∴. Isso acontece apenas para cumprir a regra de que em se estando em pé, com as mãos livres e desocupadas de outros gestos, em Loja aberta, fica-se à Ordem.

Antes de comentar os procedimentos para o encerramento, penso serem úteis as seguintes explicações: os Sinais de Ord∴ e Pen∴ são gestos manuais que determinam o Sin∴ do Grau, cujo qual se denomina, conforme o grau, como Gut∴, Cord∴ ou Ventr∴. Assim, quem estiver compondo o Sin∴ de Ord∴, para desfazê-lo exige-se antes o seu complemento, o que se dá pela execução do Sin∴ Pen∴, este haurido das ppen∴ ssimb∴ pronunciadas pelos recipiendários ou postulantes nas suas respectivas obrigações. Em síntese, um Sin∴ do Grau é composto por dois gestos distintos, um estático, que é propriamente a sua composição, e outro em movimento, que é o ato de desfazê-lo. Esse último gesto, por representar a pena aplicada, denomina-se Sin\ Pen∴. Dado a isso é que não se desfaz e nem se passa diretamente de um para outro Sin∴ sem que antes ele seja desfeito na forma de costume. São também chulos os termos “carregar e descarregar” quando utilizados no trato com os Sinais maçônicos. Recomendo o mesmo para o termo “cortar o sinal” (sic).

No que diz respeito ao encerramento, não há regra relativa aos SSin∴ porque no final dos trabalhos a Loja já estará fechada, cabendo ao Venerável ordenar apenas a Bat∴, cuja qual se dá de acordo com o que já fora explicado, e a Aclam∴, que nesse momento é pronunciada sem se estar à Ordem pelo motivo também já aqui ilustrado (Loja fechada).

Em Loja de Terceiro Grau não existe a Aclam∴, assim no princípio procede-se pelo Sin∴ e pela Bat∴ enquanto que no encerramento apenas pela Bat∴. Todos os demais procedimentos são iguais aos que aqui foram comentados.

Eram esses os comentários pertinentes. Existem sempre minúcias que explicam os procedimentos. É sempre de boa geometria se conhecer com detalhes cada ato que compõe a liturgia maçônica. Sem querer ser repetitivo, nada existe por acaso na ritualística dos ritos maçônicos. A questão é compreendê-los, no lugar de antes produzir atitudes inventivas. 

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

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