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terça-feira, 31 de julho de 2018

A CIRCUNVOLUÇÃO EM LOJA

A CIRCUNVOLUÇÃO EM LOJA
(Desconheço o autor)

Antes de questionar como devemos circular em loja, temos que precisar bem os termos usados.

O movimento do ponteiro do relógio é sinistrorsum, ou seja, vai da esquerda para a direita. O sentido inverso é o dextrorsum, realiza-se da direita para a esquerda.

Para melhor esclarecer, diremos que o sentido dextrocêntrico se faz quando nos voltarmos tendo constantemente a direita voltada para o interior e a esquerda para o exterior do círculo, e o sinistrocêntrico quando nossa esquerda ficar voltada para o interior do círculo, e a direita para o exterior.

De um modo geral, a direita é considerada benéfica e a esquerda maléfica nas figurações estáticas, (entre os áugures romanos, o que “ficava á esquerda” era desfavorável e de “mau agouro”, daí veio o significado da palavra sinistro).

Com efeito, as circum-ambulações sinistrocêntricas estão ligadas, na maioria das vezes, a operações nefastas.

René Guenón chama estes movimentos de polar e solar. Em seus primórdios, a Maçonaria Operativa adotava a circulação polar ou sinistrógira (no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio), e de acordo com este ritual, o “Trono de Salomão” era colocado no Ocidente, e não no Oriente, a fim de permitir que seu ocupante “contemplasse o sol ao nascer”. Atualmente, a Maçonaria Especulativa adota em seus rituais a circulação solar ou dextrógira (sentido dos ponteiros do relógio). Em sânscrito, o sentido dextrocêntrico chama-se pradakschina, e que está e um uso, particularmente nas tradições hindus e tibetanas, enquanto que o sentido sinistrocêntrico encontra-se notadamente na tradição islâmica.

É interessante notar que o sentido das circum-ambulações corresponde igualmente á direção da escrita nas línguas sagradas dos respectivos povos.

A rotação real do sistema solar é sinistrocêntrica. Por conseqüência, como a Loja representa o Universo, e os Oficiais, os Planetas, parece lógico fazer com que estes circulem no sentido real. Mas neste caso entramos em choque com a tradição, que considera todo movimento sinistrocêntrico maléfico. De qualquer modo, é necessário e imprescindível que se adote um sentido “ritual” de circulação, e inadimissível que se faça indiferentemente num sentido ou no outro. No REAA, adotamos o sentido dextrocêntrico.

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