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quinta-feira, 26 de julho de 2018

APÓS A ESCOLHA DO VENERÁVEL

APÓS A ESCOLHA DO VENERÁVEL
Valdemar Sansão - M∴M∴ 
Age pelo exemplo“de tal maneira, que seus atos sirvam de regra para todos”

A entidade maçônica fundamental é a Loja, que é dirigida pelo Venerável. Todo o candidato ao exercício do cargo de Venerável Mestre, tem como objetivo maior, em conjunto com o grupo da administração e de todos os obreiros, a evolução da Loja.

O importante é que o candidato escolhido, tenha a competência necessária e esteja bem preparado para cumprir seu programa, suas propostas, seu objetivo. 

A Grande Luz da Oficina há de ser “limpo e puro”, no absoluto rigor dessa expressão; e, além disso, conhecer a legislação, a história, a liturgia, a filosofia e o simbolismo maçônicos.

Para o desempenho do cargo, o caráteré muito importante, mas por si só não basta; menos ainda bastaria só a cultura maçônica. É imprescindível reunir o Venerável, ao mesmo tempo, os implementos de caráter e de cultura. Isso porque o Venerável é, simultaneamente, a representação da Oficina e a Luz da sua sabedoria. “Pelo Venerável se conhece a Oficina”. O Venerável ideal é aquele que tem o dom da humildade e à altura do cargo tem o natural acatamento dos Irmãos, que lhe tributam estima e respeito, tornando-se a Loja uma “comunhão”, isto é, um centro de vida fecunda, pela íntima solidariedade entre todos os obreiros.

Para permitir que o plano de trabalho, aprovado, se torne realidade, é indispensável o concurso de todos. Debates, críticas, novas idéias, trabalho, tolerância e amor.

O Venerável Mestre deve fazer-se amar, e não poderá ter êxito a não ser amando com muita generosidade, até a dedicação absoluta e o sacrifício de si mesmo, sem quaisquer limites ou condições.

É importante recordar que a chapa escolhida não representa um partido (parte), como na vida profana. Terminada a eleição, proclamada a nova administração eleita, advém a posse, a escolha e nomeação pelo Venerável dos demais componentes da Administração.

E todos iniciarão um novo período de trabalho para o bem dos Irmãos, da Oficina, da Sublime Instituição e da Humanidade. Uma tarefa difícil, considerando-se que outros poderiam ser convidados. Não o foram desta vez , mas estão entre os Irmãos e, conseqüentemente, serão os próximos escolhidos considerando-se que o Maçom já é um escolhido quando entra para a Maçonaria e os seus talentos, suas especialidades, sua liderança, enfim, serão cada vez mais aprimorados.

Qualquer trabalho, cargo ou função, realizado com entusiasmo, atitude correta, desempenhado com prazer e espírito de servir é um privilégio para o verdadeiro Maçom.

Se você considera o seu trabalho humilde, orgulhe-se, pois está cumprindo o dever que lhe foi designado pelo Grande Arquiteto do Universo. Ele precisa de você no lugar específico em que você está. As pessoas não podem todas desempenhar o mesmo papel. 

Enquanto trabalhar para a grandeza de nossa Ordem, o Mestre Maior o abençoará e todas as forças cósmicas virão harmoniosamente em seu auxílio.

Aos olhos de Deus nada é grande ou pequeno. Diferenças entre “importante” e “sem importância” são, com certeza, desconhecida ao SENHOR, porém, tudo que acontece, acontece por uma razão.

Procuremos fazer as pequenas coisas de maneira extraordinária. Você deve progredir. Procure ser o melhor em sua função, no desempenho de seu cargo. Expresse o poder ilimitado da alma em tudo o que fizer. Todo o trabalho purifica se executado com a motivação correta. Antes de tudo, devemos nos conscientizar em executar as tarefas escolhidas, ou seja, desempenhar o cargo que aceitamos voluntariamente, de maneira completa.

Devemos tratar de nosso próximo problema ou de nosso próximo dever com energia concentrada, e executá-lo com perfeição. Essa deveria ser nossa filosofia de vida.

Por meio da perseverança – cultivando a originalidade criativa e desenvolvendo os seus talentos, com lealdade a todos os Irmãos – cultivando uma sintonia intuitiva com o Venerável Mestre e demais Luzes, estará com o Mestre dos Mestres – você será infalivelmente capaz de agradar aos Irmãos e ao Criador Divino. 

Meus caríssimos Irmãos, para a evolução cada vez maior de sua Loja, o verdadeiro maçom nunca deixa de estender a mão ao novo dirigente de sua Oficina, pois assim a tornará cada vez mais forte, formando um valoroso grupo com objetivos comuns, crescendo coletivamente, conjugando o lema: “Louvada seja a Maçonaria que nos fez Irmãos” !

Existem muitas Lojas bem dirigidas. Exemplo de Oficinas que têm identidade, leis que são cumpridas e, principalmente, Veneráveis responsáveis, Maçons que realmente estão a serviço de seus Irmãos e da Ordem e que, para isso, cumprem sempre os seus deveres. 

Sabemos que há esforços gerais para que, em breve, possamos afirmar que todas o sejam. Porque um Venerável, sem os atributos para o exercício do cargo, leva a Oficina ao marasmo e à inutilidade, e até mesmo à dissensão e ao aniquilamento.

Todos nós, quando fomos iniciados, prometemos trabalhar com afinco para o engrandecimento da Ordem e se aqui estamos, com outro intuito, não é senão o de trabalharmos. Trabalhar em harmonia. É necessário ressaltar que trabalhar em harmonia não significa termos as mesmas idéias mas, que debatamos nossas divergências. Trabalhar em harmonia significa chegar a um denominador comum e aí, então, unir o melhor de nossos esforços do nosso tempo, na consecução das tarefas que livremente escolhemos.

A Loja está sempre ansiosa pelo progresso de seus Obreiros. Tragam suas dúvidas, suas sugestões e, sobretudo, suas críticas, ao plenário da Loja. Assim procedendo, estaremos todos aprendendo.

O terreno de que dispomos é fértil e aguarda que os obreiros, nele lancem as sementes de suas idéias e nele apliquem o seu labor dedicado, para haver a colheita abundante.

Tenham a certeza de que o Venerável Mestre, como líder da Loja, portador do equilíbrio e Sabedoria, aqui sempre estará para solucionar as equações ou haverá alguém disposto em ensinar-lhes o manejo correto das ferramentas e também, com a humildade em aprender com vocês.

Outrossim, se por acaso, não quiser contribuir para uma Maçonaria Maior, se esses não forem os seus valores, se não estiver mais disposto a dar cumprimento aos seus juramentos, então a Maçonaria não é para você. Aí vamos encorajá-lo a tirar proveito de uma outra liberdade maçônica: O direito de desertar ou de se utilizar o “quite-place”.

Afinal, os Maçons devem se adaptar à Maçonaria e não a Maçonaria aos Maçons. A Maçonaria não força a ninguém ser Iniciado em seus mistérios. Assim sendo, caro Irmão, aceite a Ordem que o aceitou . “Aceite-a ou deixe-a”.

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