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segunda-feira, 27 de maio de 2024

BATIDA COM O BASTÃO

(republicação)
O Respeitável Irmão Gildo Martins, Loja Templários da Nova Era, 91, REAA, Grande Loja de Santa Catarina, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, apresente a questão seguinte: 
gildo@hitechbrasil.com.br 

O Mestre de Cerimônias deve ou não bater o bastão ao convidar algum Irmão? Já li que deve, que não, e que somente uma leve batida.

CONSIDERAÇÕES:

Embora alguns rituais ultrapassados tenham chegado até a adotar essa prática, o ato nunca foi tradicional no Rito Escocês Antigo e Aceito. Até porque o exercício nada tem a somar ou mesmo instruir. 

Conquanto seja essa uma mera invenção, não tardariam alguns tratadistas a coligar o ruído com ilações ocultas e fantasiosas. Outros, sem enveredar para o campo do ocultismo, apregoaram que a prática era uma maneira de se chamar atenção. 

Sob a óptica da razão, em Loja aberta esse costume realmente não faz qualquer sentido. Uma pela racionalidade do trabalho maçônico, enquanto que a outra não cabe sugerir em um espaço restrito e ordeiro de uma sessão maçônica, bater o bastão no piso no intuído de se chamar atenção. 

Entendo que se ainda existir essa prática como parte integrante de algum ritual em vigência, não se questiona aqui a sua obediência. 

É também oportuno salientar que na Maçonaria uma das funções do Mestre de Cerimônias é a de conduzir alguém, isto é, se deslocar nessa oportunidade à frente daquele que está sendo conduzido. 

Geralmente, nos rituais mais refinados, a ordem de conduzir é comumente dada pelo Venerável, ao mesmo tempo em que o Mestre de Cerimônias, cumprindo o seu ofício, não convida ninguém, senão apenas conduz aquele que está se deslocando por ordem ou convite do Venerável. 

Aqui a questão também é aquela relacionada ao que exara o ritual em vigência. Se a ordem dada for para conduzir, o Oficial simplesmente conduz; se a solicitação for para convidar, o Oficial convida e em seguida conduz. 

No que diz respeito à batida do bastão, depois de todo esse “parece que desliza nesse vai não vai, quando não cai...”, despindo-se das interpretações místicas, ocultas e até religiosas, a verdade é uma só. O Mestre de Cerimônias portando o bastão em deslocamento, para não arrastar a base do seu instrumento de trabalho no piso, logicamente o mantém em uma altura compatível para não existir tal atrito e, por conseguinte, ruído. 

Quando o Oficial para, ou estaciona, ele apoia imediatamente a base do bastão no piso. Isso geralmente produz pelo impacto um barulho. Dependendo de como age o condutor no ato de apoiar o bastão, o choque no solo produzirá um barulho de maior ou menor intensidade. 

Assim a amplitude da batida dependerá do modo pelo qual o portador o praticar. Agora se esse ruído reúne subsídios para alguma interpretação oculta, ou outras coisas do gênero, eu sinceramente não sei. 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.125 - Florianópolis (SC) – terça-feira, 01 de outubro de 2013

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