(republicação)
Questão que faz o Respeitável Irmão Marcos Vinicius Garcia Joaquim, Loja Fraternidade Josefense, 30, Grande Loja de Santa Catarina, REAA, Oriente de São José, Estado de Santa Catarina.
marcosgarcia@cardiol.br
Em que momento no Rito Escocês Antigo e Aceito, o irmão Guarda do Templo deve fazer o seu “depósito”, seja na Bolsa de Propostas e Informações, seja na Bolsa para ou Tronco de Solidariedade?
A dúvida é se o depósito deve ocorrer no final da circulação pela Coluna do Sul após a coleta dos Mestres, ou se ela deve ser realizada ou pode ser realizada após a coleta dos Companheiros e Aprendizes, ou seja, no final efetivo da circulação antecedendo somente o próprio Mestre de Cerimonias ou o Hospitaleiro.
Considerações:
Aqui existe primeiramente um apontamento necessário. Guarda do Templo – geralmente esse título é dado ao Guarda Externo, ou aquele que por dever de Ofício exerce temporariamente o seu ofício no Átrio. Já o oficial que milita na interior do Templo e toma assento junto à porta na Coluna do Sul é o Cobridor Interno.
Sendo o Cobridor Interno ele é o sexto cargo abordado quando das Propostas e Informações e do Tronco de Beneficência. Sem qualquer conotação sobre a inventiva “estrela”, a regra é a de que se abordam pela ordem, primeiro as Luzes da Loja (Venerável, Primeiro e Segundo Vigilantes), as outras duas Dignidades (Orador e Secretário) e o Cobridor Interno. Ato seguido os demais Mestres do Oriente, Mestres da Coluna do Sul, Mestres da Coluna do Norte, Companheiros, Aprendizes e por fim o próprio oficial circulante ajudado pelo Cobridor Interno.
Alguns rituais, como é o caso do GOB, preconizam que logo após o Cobridor Interno, seja feita a colheita do Cobridor Externo que após o ingresso no Templo toma assento junto à porta na Coluna do Norte. Essa não é uma atitude dentro da tradição do Rito, posto que o Cobridor Externo devesse depositar no momento em que os Mestres do Norte estivessem sendo abordados. Após os seis primeiros cargos já mencionados, não por uma questão de hierarquia, porém por ordem dos trabalhos, em qualquer circunstância, o último a depositar na bolsa será sempre o oficial circulante.
Cabe aqui uma explicação oportuna. A regra dos seis primeiros cargos não se prende a justificativa capenga do formato de uma estrela, até porque no Rito Escocês não existe qualquer referência à estrela de seis pontas.
A concepção verdadeira do ato está na regra de que nenhuma Loja poderá ser aberta sem a presença mínima de “sete” Mestres. Numa situação com essa presença mínima no Rito Escocês, o oficial circulante será sempre o Mestre de Cerimônias como sétimo Mestre na composição precária da Loja.
Reforçando essa tradição está a de que em caso precário (sete Mestres) a Loja no Rito em questão será composta pelas cinco Dignidades (Três Luzes mais o Orador e o Secretário), um Cobridor e o Mestre de Cerimônias.
Como genuinamente os Diáconos não portam bastão no escocesismo e nem existe formação de pálio, nesse caso precário o Mestre de Cerimônias suprirá o Segundo Diácono e o Secretário o Primeiro por ocasião da transmissão da Palavra.
Na circulação do Tronco de Beneficência o Mestre de Cerimônias exercerá o ofício do Hospitaleiro. O Cobridor em hipótese alguma deixa o seu posto. O Orador do seu lugar em Loja exercerá o cargo do Tesoureiro e de modo análogo o Secretário o do Chanceler.
Minhas escusas pelo abuso do elemento prolixo, porém uma ponderação muitas vezes carece do esclarecimento sobre a razão de outros procedimentos.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.084 - Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de agosto de 2013
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