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sábado, 4 de maio de 2024

ILUMINAÇÃO NA ESTRELA DE CINCO PONTAS

(republicação)
Em 11/05/2018 o Respeitável Irmão Paulo Ambrósio, Loja Acácia Balsense, 2.351, REAA, GOB-MA, Oriente de Balsas, Estado do Maranhão, formula a seguinte questão:

ESTRELA DE CINCO PONTAS

Temos uma dúvida que gerou vários pontos de vista em nossa Loja e precisamos de vossos conhecimentos para melhorar nosso aprendizado e trabalhos em Loja.

Sobre a Estrela de 5 pontas localizada em cima do 2° Vigilante, temos em nossa Loja uma lâmpada nesta alegoria, a pergunta é se ela deve ficar acesa nos 3 Graus Simbólicos ou somente no Grau de Companheiro e se possível seus comentários para este tema.

CONSIDERAÇÕES:

No que diz respeito ao ritual do Segundo Grau em vigência do REAA∴ no GOB, este não prevê nenhuma iluminação especial da Estrela Flamejante. 

De modo genérico ela é prevista como um símbolo pendente do teto que fica no alto sobre o lugar do Segundo Vigilante no meridiano do meio-dia.
Em resumo, ela pode ficar pendente ou fixa na abóbada de tal modo que se localize por sobre o lugar mencionado. O cuidado para com esse símbolo é que ele, em relação à letra G que fica no seu centro, se apresente com um único ápice voltado para cima, a despeito de que essa Estrela é um símbolo hominal e pitagórico, também denominado por “pentalfa” (cinco princípios), portanto ele possui forma estelar de cinco pontas.

Em Maçonaria, como símbolo equivalente a uma estrela de cinco pontas ela se apresenta com a aparência de um pentagrama em apenas alguns ritos. A Estrela pentagonal só foi introduzida na Ordem no século XVIII e em território francês. 

De origem pitagórica, especulativamente ela representa o Homem equilibrado e a letra G ao centro corresponde à Geometria aplicada na sua construção interior. Como um dos símbolos do grau de Companheiro ela sintetiza também a luz intermediária – entre o Sol e a Lua. 

A Estrela Flamejante não é um astro componente do mapa estelar da decoração da abóbada, senão apenas um emblema que coincidentemente assume a característica visual de um objeto que reflete a Luz. Em síntese, ela não é um luminar do firmamento, mas sim a representação hominal de elevado caráter espiritual que fica no alto, conforme o ritual, entre o Sol no Oriente e a Lua no Ocidente.

É devido a esse caráter e a essa posição intermediária (no meridiano do meio-dia) que a Estrela, segundo alguns autores, pode ser decorativamente iluminada por uma luz cálida (suave). Provavelmente como representação de um símbolo que se encontra entre a luz ativa emanada pelo Sol do Oriente e a luz reflexa e passiva emanada pela Lua no Ocidente. 

Assim, é essa a explicação para a existência ainda, em alguns casos, do costume de se iluminar suavemente a Estrela Flamejante. Na realidade, essa iluminação não é obrigatória, entretanto se ela porventura existir, levando-se em conta de que a Estrela é objeto de estudo do Companheiro, então que seja ela somente iluminada a partir do Segundo Grau.

Devo destacar que não estou aqui inserindo e nem incentivando nenhuma prática nova no ritual, pois a Estrela, iluminada ou não, jamais perderá a sua característica principal, que é a de nela encerrar a chave filosófica do reconhecimento no Segundo Grau. 

Concluindo, essa iluminação estelar que ainda aparece em algumas Lojas nada mais é do que um simples componente de decoração, sem que nela resida nenhum segredo ou significado esotérico, pois se fosse esse o caso a Estrela Flamejante seria então retirada do teto em Loja do Primeiro Grau.

P.S. – Não confundir a Estrela Flamejante (pentagonal) com a Estrela de Seis Pontas (Magsen David ou a Blazing Star) comum na simbologia do Craft (Rito de York). Para a Estrela Hexagonal, existe outra interpretação simbólica.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

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