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quarta-feira, 25 de setembro de 2024

BOLSAS DE PROPOSTAS E DO TRONCO

(reprodução)
Questão que faz o Respeitável Irmão Osni Luiz Hoffmann, Loja General Bento Gonçalves, nº 20, REAA, GOSC (COMAB), Oriente de Araranguá, Estado de Santa Catarina. 
osnilh@uol.com.br 

O Irmão Mestre de Cerimônias ou o Irmão Hospitaleiro após fazer o giro com a Bolsa de Proposta ou o Tronco ele fica entre Colunas, faz o Sinal ou só fica segurando a bolsa, porque alguns Irmãos fazem o Sinal outro só ficam segurando a bolsa com a mão direita esperando a comunicação do Segundo Vigilante.

CONSIDERAÇÕES:

Tradicionalmente no Rito Escocês Antigo e Aceito o Oficial circulante se posiciona entre Colunas (do Norte e do Sul) sobre o eixo do Templo próximo a porta de entrada segurando a bolsa aberta com as duas mãos encostada ao lado esquerdo (cintura ou quadril) do corpo. 

Cumprido o giro na forma de costume ele se posiciona no mesmo lugar de onde houvera partido segurando a bolsa do mesmo modo como quando da sua partida para cumprir a obrigação. Daí o Segundo Vigilante comunica a suspensão do giro sem que o Oficial circulante mude a sua postura, pois ainda com as duas mãos ocupadas ele não faz Sinal, senão parado mantém o corpo ereto e os pés unidos pelos calcanhares em esquadria. 

Ao longo dos tempos alguns rituais exararam algumas variações das quais os de que o Oficial circulante ao encerrar o trajeto e se posicionar entre Colunas, cerra a bolsa segurando-a em seguida com a mão direita. Outros ainda preconizavam a mesma atitude, todavia segurando o recipiente com a mão esquerda e compondo o Sinal Penal com a mão direita. 

Essas variações sob o ponto de vista crítico até não contradizem a ritualística, porém a origem francesa no que diz respeito ao recipiente estaria mais condizente com a forma tradicional. A origem do procedimento com a bolsa está no costume de que na França ao final dos ofícios religiosos da Igreja os fiéis durante a saída da missa, junto à porta, eram abordados por um elemento geralmente denominado como hospitalário que lhes oferecia uma bolsa aberta para depositar óbolo que se destinava ao auxílio para os necessitados. 

O hospitalário então se apresentava com uma grande bolsa presa a tiracolo da direita para a esquerda. Nessa oportunidade o portador ao receber o óbolo virava discretamente a cabeça para o lado oposto em sinal de educação ao mesmo tempo em que ficava impossibilitado de ver o quanto e o que estava sendo depositado. 

Como o Rito Escocês Antigo e Aceito é filho espiritual da França e a Moderna Maçonaria em não raras vezes adotou costumes praticados na Igreja, viria este não fugindo a regra a adotar o costume na sua ritualística a partir do começo do Século XIX, com a diferença de que não era literalmente uma grande bolsa a tiracolo, senão um recipiente menor cujo portador a apresentava também pelo seu lado esquerdo segurando-a com as duas mãos sugerindo o dispositivo a tiracolo. 

Esse costume também englobaria as propostas e informações, sobretudo no tocante ao sigilo de quem apresentava uma proposta de iniciação ou outros que demandavam primeiro a análise do Venerável. 

Assim a bolsa passou a fazer parte do Rito, tanto no que diz respeito ao ato hospitalário, quanto às propostas e informações. 

Como nas concepções latinas é até comum determinadas “inovações” sem muito compromisso com a raiz dos fatos, alguns rituais “inovaram” quando do momento da suspensão da circulação da bolsa de Propostas e Informações e da bolsa destinada ao Tronco de Beneficência da Loja. 

A despeito do que se pratica certo ou errado, é primordial cumprir o que exara o ritual legalmente aprovado e em vigência. No GOB, por exemplo, os Oficiais designados para esse ato se mantém sempre de maneira tradicional. 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.155 – Florianópolis(SC) – quinta-feira, 31 de outubro de 2013

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