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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

NORMAS DE COMPORTAMENTO RITUALÍSTICO E LITÚRGICO

NORMAS DE COMPORTAMENTO RITUALÍSTICO E LITÚRGICO

Existem certas normas de comportamento na tradição e nos antigos costumes, as quais independem de Ritos. As principais, são as seguintes:

1. Qualquer Sessão  maçônica deve ser aberta e fechada com todas as formalidades ritualísticas, pois não é maçônica a Sesãso aberta e/ou fechada a um só golpe de Malhete, ou com eliminação das principais passagens ritualísticas.

2. Os Sinais maçônicos, de ordem e saudação, só são feitos quando o Obr∴ está em pé e parado; assim, é um grave erro fazer o Sinal enquanto se anda pelo Templo - a exceção é a marcha do Grau - e enquanto se está sentado.

3. Todos os Sinais maçônicos são feitos com a mão e jamais com instrumentos de trabalho (Malhetes, Espadas, Bastões, Sacolas, etc). Na abertura e no fechamento das Sessão , as três Luzes da Loja - Ven e Vig - devem deixar o Malhete sobre a mesa, compondo o Sinal com a mão.

4. Não é permitido adentrar o Templo, depois de iniciada a Sessão, sem as devidas formalidades de ingresso; o retardatário deverá entrar com a marcha do Grau, parar, cumprimentar o Ven∴ e os Vvig∴ e aguardar Entr∴ Ccol∴, à ordem, a autorização do Ven∴, para que possa ocupar o seu lugar.

5. Os aplausos maçônicos são feitos através das baterias simples ou incessante e nunca com estalos dos dedos polegar e médio da mão direita, pois essa prática é absolutamente errada.

6. Arrastar os pés no chão, para demonstrar desaprovação a uma afirmação, é prática inexistente e deve, portanto, ser coibida.

7. A circulação ordenada, no espaço entre as Ccol∴ do Norte e do Sul, é sempre feita no sentido horário, circundando o Painel, cujo lugar correto é o centro do Templo. Essa marcha, além de simbolizar a marcha aparente do Sol, mostra - por se iniciar e terminar no Oc∴ - que o Obr∴ começa o seu trabalho ao romper da aurora e o termina no crepúsculo, dividindo o dia em horas de trabalho e horas de repouso. No Or∴, onde brilha a Luz eterna, não há marcha padronizada; o máximo que se pode exigir, no caso, é a entrada no Or∴ pela região Nordeste (à esquerda de quem entra) e a saída pela Sudeste (à direita de quem entra, ou a esquerda de quem sai).

8. Em Sessão de Apr∴ Maç∴, todos os Obr∴, sem exceção, circulam pelo espaço entre as Ccol∴ do Norte e do Sul, pois esse é um espaço de circulação, não tendo fundamento o que fazem algumas Of∴, exigindo que o Apr∴ e o CC∴ não circulem por esse espaço, sob a alegação de que ali é a Câmara do Meio, já que Câmara do Meio é o título da loja de MM∴ MM∴.

9. Independentemente do Grau em que a Loja estiver trabalhando, o Obr∴ que chagar atrasado à Sessão deverá dar somente três pancadas na porta (bateria do Grau de Apr∴) e não as baterias de outros Graus. Compete ao Cobr∴ verificar quem bate, certificando-se de que o Obr∴, do Quadro ou visitante, tem o Grau simbólico suficiente para assistir à Sessão. Se, no momento em que o Obr∴ bater à porta do Templo, não for possível franquear-lhe o ingresso, o Cobr∴ dará as mesmas três pancadas do Grau, na parte interna da porta. Isso significa que o retardatário deverá aguardar o momento propício para entrar.

10. Não é permitida a presença de imagem de santos, ou de símbolos religiosos, no Templo, para não interferir com a crença pessoal dos Obr∴; são permitidos, apenas, nos Ritos teístas, os símbolos alusivos ao G∴A∴D∴U∴, como o Delta Radiante. Errado é, portanto, colocar no Templo, como fazem algumas Of∴, imagens de S. João Batista, S.João Evangelista, S. Jorge, etc. Todavia, é permitida a presença de representações de Zues (Júpiter dos romanos), ou Atená (Minerva dos romanos), para o Ven∴, Ares (Marte dos romanos), para o 1º Vig , e Afrodite (Vênus dos romanos) para o 2º Vig , pois, além da assimilação aos atriburos desses cargos, esses são deuses da mitologia greco-romana, que hoje não representam mais qualquer grupo religioso.

11. Os Oficiais que portam instrumentos de trabalho, devem circular com o instrumento na mão direita, pois não fazem qualquer sinal durante a circulação.

12. Não é correto arrastar os pés durante a transmissão da Palavra Semestral, através da Cadeia de União, pois esta exige absoluto silêncio.

13. Ao deixar o recinto do Templo, durante as Sessão , qualquer Obr∴ deverá fazê-lo normalmente, de frente para a porta e não andando de costas, como muitos fazem. Andar para trás, além de não estar de acordo com a filosofia evolutiva da Maçonaria, não tem qualquer relação com um possível respeito ao Delta.

14. Ao colocar sua contribuição no Tronco, o Obr∴ o faz por si, apenas, não sendo permitido anunciar que o faz por Irmãos ausentes, ou por Lojas.

15. Tanto na circulação do Tronco como para coleta de propostas e informações dos Obr∴, o Oficial designado (Hosp∴, ou M∴de Ccer∴) deverá apresentar o recipiente, alargando-lhe a boca e virando a cabeça, discretamente, para o lado. O Obr∴, sentado e sem qualquer sinal, colocará a sua mão fechada na sacola, retirando-a aberta (no caso do Tronco, principalmente, para que fique em segredo a sua contribuição).

16. Atirar espadas ao chão, para produzir ruído especificamente nas Sessão de Iniciação de alguns Ritos, é prática proibida.

17. Não é permitido passar por trás das Ccol∴ Vestibulares do Templo, as quais, como já foi visto, deveriam, rigorosamente, ficar no átrio; como, geralmente, isso não acontece, elas são consideradas como limites exteriores do Templo, o que faz com que esteja saindo do recinto que passar por trás delas.

18. A maneira maçônica correta de demonstrar, em Loj∴, o pesar pelo falecimento de um Irm∴, é a Bateria Fúnebre, ou Bateria de Luto, que é feita através de três pancadas surdas, aplicadas, com a mão direita, sobre o antebraço esquerdo. O “minuto de silêncio”, que é muito usado, é homenagem “profana”, devendo ser substituído pela homenagem maçônica.

19. A Cerimônia de Incensação do Templo, no início da Sessão, só existe no Rito Adoniramita; nos demais, é prática errada.

20. Nas Sessões abertas ao públicos, ou “brancas”, não é permitido o acesso de profanos ao Or∴. Os homens sentam-se exclusivamente na Coluna da Força (a do 1º Vig∴) e as mulheres na da Beleza (a do 2º Vig∴).

21. Durante a Cerimônia de Iniciação, não pode ser dispensada nenhuma formalidade ritualística, em benefício da crença pessoal do candidato; é o caso específico da genuflexão, pois existem candidatos cuja crença os impede de colocarem-se de joelhos. Se o Rito, todavia, exigir não há o que fazer. O que pode ser feito, é comunicar, ao candidato, antes da Iniciação, que o Rito prevê essa genuflexão; caso ele se sinta impedido, deverá retirar sua proposta, ou procurar uma Loja cujo Rito não contenha a exigência.

22. A aclamação, nos Ritos que a possuem, deve ser feita em altos brados. Cabe esclarecer que o termo correto é Aclamação e não exclamação, como grafam alguns Rituais, pois, aclamar, é levantar clamor, é bradar aplaudindo, enquanto que exclamação é um grito súbito de admiração, que envolve uma surpresa diante do inesperado, o que nada tem a ver com aquela prática maçônica.

23. Não é permitido, aos Obr∴, passar de uma para outra Col∴, ou até para o Or∴, durante as discussões de assuntos em Loj∴, para fazer uso da palvra, no sentido de produzir réplicas ou introduzir um novo enfoque da questão. O correto é que, com a autorização do Ven∴, a palavra volte ao seu giro normal, para que o assunto fique devidamente esclarecido.

24. Para pedir a palavra, nas Ccol∴, o Obr∴, para chamar a atenção do seu Vig∴, baterá uma vez as palmas das mãos e estenderá o braço direito para a frente. Só depois que o Vig∴obtiver permissão do Ven e autorizá-lo a falar é que o Obr∴ ficará de pé, para fazer uso da palavra.

25. Não existe um tempo específico para a duração de uma Sessão Maçônica, pois, dependendo dos assuntos tratados, ela poderá ser mais ou menos extensa. Qualquer limitação do tempo de duração que consta nos regulamentos de algumas Obediências - é medida arbitrária, pois cerceia a liberdade dos Obr∴, impõe restrições às Lloj∴ e interfere na sua soberania e na sua autonomia para gerir seus próprios negócios. Evidentemente, os Obr∴devem ter o discernimento suficiente para evitar o prolongamento excessivo dos trabalhos por discussões irrelevantes.

26. Nenhum Obr∴ poderá sair do Templo sem a devida autorização do Ven∴M∴, mesmo que seja apenas por alguns momentos. Se essa saída for momentânea, ele deverá, ao retornar, postar-se entre as Ccol∴ e aguardar a autorização para voltar ao seu lugar. Se tiver que sair em definitivo, deverá, antes, colocar o seu donativo no Tronco.

27. Em Sessões  públicas, não é permitida a circulação do Tronco entre os profanos; depois da saída de todos eles é que se procederá à sua circulação entre os IIr∴ do Quadro e os visitantes.

28. Não pode haver acúmulo da Sessão de Inic∴ com qualquer outra, a não ser a de Filiação.

30. Quando um Apr∴ tiver que apresentar algum trabalho (para aumento de salário, geralmente) ele deverá fazê-lo e seu lugar, na Coluna, e não do Or∴, que lhe é vedado, ou Entr∴Ccol∴, local que tem uso específico.

31. O uso da palavra Entre Colunas é específico: caso algum Obr∴, que tenha o Grau de Mestre Maçom, seja, flagrantemente, impedido de falar - ou ignorado, em seu pedido - pelo Vig∴de sua Col∴, num flagrante desrespeito aos seus direitos, poderá colocar-se Entr∴ Ccol∴, de onde pode pedir a palavra diretamente ao Ven∴ e onde não pode ser interrompido, ou ter a palavra cassada, a não ser que se comporte sem o decoro exigido de um Maç∴ em Assembléia de MM∴.

32. O único membro do Quadro de uma Loj∴ a que, se chegar atrasado à Sessão, tem o direito de ser recebido com formalidades - com todos os Obr∴ de é e à ordem - é o Ven∴M∴.

33. Em Lloj∴ simbólicas, são só consideradas autoridades maçônicas os portadores de cargos em altos corpos simbólicos - do Executivo, do Legislativo e do Judiciário - além de Vven∴ e ex VVen∴. 

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