(republicação)
O Respeitável Irmão Luiz André Barra Couri, sem declinar o nome da Loja, Rito e Obediência, Oriente de Santos Dumont, Estado de Minas Gerais, apresente a questão seguinte:
luiz.couri@yahoo.com.br
À questão. Durante minha Exaltação (13/08/2013), percebi que alguns dos Irmãos usavam chapéu, com ou sem abas caídas, enquanto outros portavam o QUIPÁ ou o SOLIDÉU. Lendo o livro CARGOS EM LOJA, do Irmão Xico Trolha, ele defendeu a tese de que todos deveriam usar o quipá ou solidéu e não o chapéu. Ficarei bastante feliz se eu puder receber suas impressões sobre o tema.
CONSIDERAÇÕES:
Penso que a tese defendida pelo meu saudoso Irmão e amigo Francisco de Assis Carvalho (Xico Trolha) era fundamentada na influência hebraica (quipá) muito particular ao Rito Escocês Antigo e Aceito, dado que essa influência também se fundamentava nas práticas da Igreja Católica. O solidéu (do lat. soli Deo – somente a Deus).
Na questão da Maçonaria, primeiro é se observar o que exara o Ritual em vigência. Geralmente os rituais apregoam o uso do chapéu desabado para alguns ritos, enquanto que a cartola para outros.
O que não pode acontecer é o uso do chapéu, por alguns e do solidéu por outros indiscriminadamente, somente pelo fato de que alguns acham alguma coisa enquanto outros acham outra coisa – respeite-se o Ritual.
No Rito Escocês Antigo e Aceito o uso é do chapéu, sobre o aspecto místico, tem base no Livro do Esplendor e no da Criação onde, nesse sentido, está o ensinamento que sobre a mente falível do Homem está à onisciência e onipresença de Deus. Aplica-se o ensinamento como submissão do ser humano ao “Criador”.
Sob o aspecto histórico da vertente maçônica francesa está no caráter de igualdade onde unicamente o rei na presença dos seus súditos usa cobertura. Já na presença dos seus pares, todos se cobrem. Nesse sentido tradicionalmente no Rito Escocês em Loja de Aprendiz e Companheiro, o Venerável restritamente usa, ou pelo menos deveria usar o chapéu desabado, enquanto que em Loja de Mestre o uso é generalizado para todos os componentes.
Ainda na questão do termo “desabado”, o costume possui raiz na prática de se esconder, dificultar a identificação do usuário.
Em Maçonaria nos costumes que apregoam o uso da cobertura, é mais conveniente o uso do chapéu, até porque essa prática não estaria se identificando com uma cultura única religiosa.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.186 – Florianópolis(SC) – domingo, 01 de dezembro de 2013
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