PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS
(republicação)
O Respeitável Irmão Laercio Lemos, Venerável Mestre da Loja Francisco de Miranda, REAA, GOB-RJ, Palácio Maçônico do Lavradio, Oriente do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, apresenta as questões seguintes:
templo4franciscodemiranda@gmail.com
Amado Irmão, sou grande admirador de seu conhecimento da Arte Real. Socorro-me de seus ensinamentos para tirar algumas dúvidas que me preocupam com referencia a aspectos ritualísticos.
Primeira: Estando o Irmão em pé à Ordem para falar, após ter sido autorizado para tanto, o Venerável Mestre tem o poder de liberalidade ou obrigação de manda-lo desfazer o Sinal? Em caso positivo, tal liberalidade é correta?
Segunda: Quando o Venerável Mestre manda o Mestre de Cerimonia conduzir o Irmão Orador ao Altar dos Juramentos, o Mestre de Cerimônias o conduz, estando portando o bastão, à frente ou atrás?
Terceira: Tal condução deve ser feita passando por trás do Altar fazendo um giro no sentido horário até ficar em frente do Trono de Salomão, ou o Irmão Orador é conduzido diretamente para frente do Altar para a abertura do Livro da Lei?
1 – Esse é um costume consuetudinário e esporádico do Venerável desde que seja eivado pelo bom-senso - autorizar um Obreiro a desfazer o Sinal. Todavia essa regra tem sido uma prática indiscriminada por alguns Veneráveis se tornando um verdadeiro atentado à ritualística.
Essa atitude além de não condizer com o bom andamento dos trabalhos tem reforçado os discursos intermináveis, repetitivos e eivados do rançoso lirismo que, além de esgotar a paciência de alguns, ainda obriga o Secretário a ficar registrando verdadeiros blábláblás.
A dispensa do Sinal deve ser criteriosa na medida em que o que estiver usando da Palavra muitas vezes se faz valer de texto para leitura. Alguns dos nossos Veneráveis precisam aprender que um Irmão compondo o Sinal tende ser conciso no seu pronunciamento pelo desconforto da posição assumida. Assim, autorizar alguém desfazer o Sinal não é, portanto uma regra, senão uma atitude permissível se a ocasião assim for propícia.
2 – Uma das obrigações de ofício do Mestre de Cerimônias, senão a principal, é a de conduzir os Irmãos em Loja, missão que ele cumpre portando o bastão como instrumento de ofício. Assim quem conduz alguém, vai à frente daquele que está sendo conduzido.
3 – Não existe circulação no Oriente. O Mestre de Cerimônias do seu lugar se desloca para o Oriente passando primeiro entre o Painel da Loja e a porta do Templo, ingressa no Norte e por ali entra no Oriente até o Orador. Dali o conduz (vai à frente) diretamente até o Altar dos Juramentos. Ali chegando o Mestre de Cerimônias se posiciona na retaguarda do Orador. Cumprida a missão o Orador é conduzido até o seu lugar novamente e o seu condutor sai do Oriente pelo lado Sul.
Reforçando: ninguém fica dando volta em torno do Altar no Oriente. Essa regra também se aplica no Ocidente no tocante às mesas dos Vigilantes. Assim, circulação só no Ocidente no momento em que o Obreiro precise passar de uma para outra Coluna. Nesse caso obedece a circulação horária.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.214 Rio Branco (AC), domingo, 29 de dezembro de 2013.
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