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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

TEMPO PARA INGRESSAR NO TEMPLO

TEMPO PARA INGRESSAR NO TEMPLO
(republicação)

Em 01.05.2014 o Respeitável Irmão Itair Camargo, Loja Harmonia e Justiça, 1.999, GOB, sem declinar o nome do Rito, Oriente (Cidade) e estado da federação, formula a seguinte consulta:
itamaro.kaxu@gmail.com
itaircamargo@ig.com.br

Onde posso consultar e sanar dúvida sobre: 1- Pode ser dada a entrada no Templo com a Loja aberta após ter sido circulado o Tronco de Beneficência? 2 - Existe limite de tempo para os casos de atraso para que o Irmão possa ingressar no Templo após iniciado os trabalhos e ter sido circulado o Tronco de Beneficência? Mais uma vez, antecipo meus sinceros agradecimentos à atenção dispensada.

Considerações:
Mano, existem procedimentos que são consuetudinários, bem como vão de encontro às tradições, usos e costumes da Maçonaria em geral e dos Ritos que a compõem em particular. Estes então não carecem estarem escritos para satisfazer o ego de alguns que por não saber explicar certos anacronismos, evocam o “onde está escrito”, sem que antes analisem a situação e façam uso do bom senso. Assim, devo salientar que principalmente em Maçonaria as coisas não são bem assim como a justificativa de “estar ou não escrito”. Dada essa introdução vamos às vossas questões: 

1 – Nesse particular é oportuno salientar que a prática de circulação da bolsa não é unanimidade nos Ritos que compõem a Maçonaria. Assim vou eleger como exemplo o REAA que sabidamente adota a prática ritualística da dita circulação.

No caso de se ingressar após ter circulado o Tronco, como eu disse na introdução, é uma questão de se apelar para o bom-senso, senão vejamos. Como é obrigatória a conferência do produto colhido na sessão em nome da lisura desta e, levando-se em conta a característica do ato que respeita a discrição de cada um no tocante a quem deu mais, ou deu menos, ou ainda nada pode dar, o ingresso após a sua circulação seria contraditório com o costume. Assim, tradicionalmente ninguém mais ingressa após ter circulado o Tronco de Beneficência (da viúva), já que é também obrigatória à prática de colocar a mão direita no interior da bolsa na forma de costume por todos aqueles que estiverem presentes na Sessão. Qualquer depósito na bolsa após a sua conferência – que ocorre imediatamente após a sua suspensão – trairia e revelaria a doação feita pelo, digamos, excessivamente atrasado. Cabe aqui lembrar que um bom ritual não prevê mais a esdrúxula prática do tal “lacrar o tronco em homenagem aos Irmãos visitantes”. Esse procedimento é sim inexistente nas práticas maçônicas, desde que acompanhadas da razão e da autenticidade. Ainda na prática do bom senso, penso que seria demais e de péssima geometria, primeiro, chegar atrasado e, ainda mais, atrasado ao ponto de querer ingressar no Templo após a circulação do Tronco – essa seria mesmo d’escrachar. 

2 – Penso que pelos apontamentos descritos no primeiro caso, essa questão já fica respondida se o sucedido é o de limite do tempo para ingresso nos trabalhos da Loja. Finalizado. Ratifico que muitos procedimentos pela sua própria natureza não precisam estar escritos, afinal o próprio costume, se bem entendido o seu objetivo, se justifica por si próprio.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.426 Florianópolis(SC) domingo, 10 de agosto de 2014.

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