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quarta-feira, 27 de março de 2019

SESSÃO PÚBLICA

SESSÃO PÚBLICA 
(republicação)

Em 25.06.2014 o Respeitável Irmão João Carlos Camargo, sem declinar o nome da Loja, REAA, GOB-PR, Oriente de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná solicita os seguintes esclarecimentos: mangrulhomirante@hotmail.com financeiro@exactaaduana.com.br

PROCEDIMENTOS PARA SESSÃO PÚBLICA E TRATAMENTO

Inicialmente agradeço a atenção fraterna e gentil com que me atendeste nesta tarde, qualidades que, seguramente, o distinguem. Conforme conversamos, relaciono os dois temas que abordamos para os quais preciso de teu auxilio e sabedoria. 

1) Procedimentos ritualísticos para realização de Sessão Publica para apresentação de palestra de autoridade profana, com a presença de convidados (cunhadas, sobrinhos e amigos). 

2) Tratamento de cumprimento, quando do uso da palavra, em sessão magna, com a presença de autoridades estaduais e federais do GOB e de outras potencias, bem como irmãos do quadro e convidados em geral. De antemão agradeço as tuas considerações a respeito. 

Orientação: 
1º) Como essas Sessões Magnas Públicas estão previstas, em linhas gerais orienta-se da seguinte maneira: 

a) Os convidados não iniciados aguardam na Sala dos Passos Perdidos em companhia de um Irmão Mestre previamente designado (dependendo pode ser o Cobridor Externo). 

b) Abrem-se os trabalhos no Grau de Aprendiz, ficando suspensa a leitura da Ata assim como a circulação do Saco de Propostas e Informações. 

c) O Venerável Mestre procede à abertura da Ordem do Dia na forma de costume informando o motivo da Sessão Pública, orientando que ficam abolidos os Sinais pelo tempo que se fizer necessário.

d) Dá-se então a entrada aos convidados. O Mestre de Cerimônias conduz primeiro as do sexo feminino que se posicionam na Coluna do Sul (Beleza). Ato seguido entram os de sexo masculino e tomam lugar na Coluna do Norte (Força). 

e) Dado ingresso aos convidados, o Venerável solicita os procedimentos para o ingresso do Pavilhão Nacional. Tudo pronto há o ingresso do Lábaro no modo costumeiro. 

f) Tudo concluído, o Venerável dá prosseguimento nos afins da Sessão. 

g) Concluída a finalidade do trabalho, o Venerável concede a palavra sobre o ato. 

h) Ato seguido o Orador faz a saudação aos convidados e procede-se a retirada do Pavilhão Nacional na forma de costume. 

i) Conduzidos pelo Mestre de Cerimônias, retiram-se então os convidados a partir da Coluna do Sul e aguardam na Sala dos Passos Perdidos. Nessa oportunidade o mesmo Irmão designado para companhia permanece com os convidados. 

j) Findados esses procedimentos, o Venerável encerra a Ordem do Dia, retornando a prática dos Sinais e, no modo costumeiro, faz circular o Tronco de Beneficência. 

k) O Tronco é lacrado em respeito à presença dos convidados que ainda aguardam o encerramento dos trabalhos.

l) Finalizado o objeto da Sessão, o Venerável encerra ritualisticamente os trabalhos da Loja. Todos se retiram e dirigem-se para a Sala dos Passos Perdidos para os cumprimentos e despedidas pessoais aos convidados, ou outros destinos programados. 

Outras recomendações: 

a) Levando-se em consideração que a Sessão Magna Pública é realizada em Loja aberta, em hipótese alguma não iniciados (profanos) ocupam o Oriente, mesmo estando presentes autoridades civis, religiosas ou militares. 

b) O Oriente é privativo dos maçons que atingiram a plenitude maçônica (Mestres Maçons). 

c) Caso haja palestra proferida por um não iniciado este a proferirá no Ocidente. 

d) São desnecessárias e de péssima geometria pronunciamentos e leitura pelos Irmãos de textos e afins que façam referência aos trabalhos maçônicos tentando explicar aos convidados os nossos procedimentos litúrgicos e ritualísticos. Dentre outras, só para citar como exemplo, aquela que fica justificando que nos nossos trabalhos sempre está presente a Bíblia e que “DEUS” é o Grande Arquiteto do Universo. A Maçonaria não carece dessas afirmativas aos olhos dos convidados. 

e) É bastante salutar que os pronunciamentos dos Irmãos em geral por ocasião do uso da palavra, se restrinjam ao ato com brevidade e quando realmente for necessário. 

f) Durante o uso da palavra sobre o ato, os Vigilantes devem orientar os visitantes que queiram falar. Estes geralmente não conhecem as nossas formalidades e necessitam às vezes de incentivo e orientação. 

g) Nas Colunas, os Irmãos devem dar preferência dos lugares frontais aos convidados. 

Cabe aqui oportunamente uma explicação sobre o “Tronco Lacrado”. À bem da verdade esse procedimento somente tem lugar nessa ocasião e nunca nas sessões maçônicas que não sejam públicas. Essa maneira “lacrar o tronco” dá-se para não deixar os convidados que ainda esperam o encerramento da Sessão aguardando excessivamente, o que resulta em abreviar o tempo com a virtude de educação. 

Infelizmente, esse formato acabou por ingressar equivocadamente e indistintamente nas sessões maçônicas normais com a tal “em homenagem aos Irmãos visitantes vamos lacrar o Tronco”. 

Confundiram uma ocasião em que visitantes não iniciados aguardam com Irmãos visitantes. Para meter caroço no angu, ainda inseriram o termo “homenagem”. Ora, que homenagem seria essa para os Irmãos que nos visitam? Não revelar o produto auferido? Qual seria a razão? Mera invencionice e despropósito. 

2º) Não importa a Sessão, seja ela Magna ou Ordinária o Obreiro devidamente autorizado ao fazer uso da palavra cumprindo o protocolo maçônico, que não é uma saudação, em pé e compondo o Sinal (à Ordem) sem desfazê-lo como se estivesse saudando alguém, pronuncia primeiramente as Luzes da Loja (os que detêm o malhete), em seguida em nome de uma autoridade presente, saúda as demais e por fim de modo generalizado aos Irmãos presentes.

Exemplo nº 1 – “Venerável Mestre, Irmãos Primeiro e Segundo Vigilantes, Irmão Fulano de Tal, autoridade pela qual saúdo os demais presentes, Meus Irmãos...”. Exemplo nº 2 – “Luzes da Loja, Autoridades presentes, Meus Irmãos...”. Encerrado o pronunciamento o usuário da palavra desfaz o Sinal e toma assento novamente. 

Não existe regra que proíba o Irmão que irá usar a palavra de mencionar todas as autoridades. O que existe verdadeiramente são apenas o bom senso e a objetividade dos trabalhos maçônicos. A regra do bom senso também existe para os que usam a palavra, tornando o ato breve, conciso e objetivo. 

Finalizando: Em se tratando de Sessão Pública, há que se tomar o cuidado de não se executar qualquer Sinal devido à presença de profanos. Nesse caso o usuário da palavra procederá do mesmo modo acima especificado, porém sem compor o Sinal e incluirá no protocolo, após mencionar a autoridade o termo “(...), Senhoras e Senhores convidados, meus Irmãos...”, ou “(...), Ilustre Palestrante, Senhoras e Senhores, meus Irmãos...”.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.493 Florianópolis(SC) – quinta-feira, 16 de outubro de 2014.

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