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quarta-feira, 29 de maio de 2019

SABATINA PARA AUMENTO DE SALÁRIO

Em 10/01/2019 o Respeitável Irmão Marcelo Gass, Loja Tríplice Aliança, REAA, GOB-PR, Oriente de Toledo, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:

SABATINA PARA AUMENTO DE SALÁRIO.

Segundo o RGF, é necessário que se faça, além de Peça de Arquitetura, frequência, um questionário para avaliar os conhecimentos do Irmão sobre o Grau. Nossa Loja, sempre exigiu Peças de Arquiteturas e também que o Irmão respondesse a sabatina sobre o Grau. Gostaria da opinião do Mano, sobre o questionário. A meu ver, acho pouco produtivo, pois passamos ao Irmão diversas questões para ele responder e depois o sabatinamos em Loja com algumas perguntas nos lembrando do tempo de escola quando fazíamos prova oral. O Irmão teria alguma sugestão, ideia, opinião, para que nossa Loja pudesse fazer algo diferente?

CONSIDERAÇÕES:

Penso que a questão de ser produtivo ou não vai depender de como a Loja organiza as questões para a avaliação. Isso deve inclusive ser discutido com os integrantes da Comissão de Admissão e Graus da Loja e ter a participação ativa do Vigilante responsável pela instrução. 

A organização das perguntas deve prever questões de ritualística, história e filosofia iniciática do Grau, todavia o conteúdo instrutivo que deu base às questões deve advir de um roteiro desprovido de ilações e conjecturas. Conhecimentos gerais sobre Maçonaria também é matéria de apreciação e avaliação.

Eu entendo que tudo deve ser dosado com bom senso visando o alcance do objetivo e a satisfação do Candidato – ele não deve se sentir enganado.

Devo apontar que tão importante deve ser o conhecimento daquele que é sabatinado, assim como também daqueles que sabatinam.

A propósito, os Mestres precisam ter o domínio e a segurança sobre os temas e matérias questionadas, assim o exame não se torna uma coisa jocosa, patética e improdutiva e nem mesmo elogiável por aqueles que entendem menos que o examinado. 

Preparar um candidato à Elevação e à Exaltação não significa prepara-lo para dissertar concepções prontas e muitas vezes sustentadas por um impressionante anacronismo rançoso. 

O exame deve sim visar a pragmática do Grau e não se ater a dissertações viciadas e nem em leituras temerárias.

Muitos “arcanos da sabedoria” se empostam como “senhores do saber”, entretanto não raras vezes esses nem mesmo sabem elaborar uma questão. É como vejo às vezes alguns Veneráveis aplicando o questionário do telhamento. Esses, do alto do seu altar, mas com o texto marcado na mão, inquirem o pobre Aprendiz temeroso e solitário entre Colunas, cujo qual sem nenhum artifício é obrigado a saber decoradas as respostas. Penso que nessa ocasião o examinador pelo menos deveria largar o ritual e serenamente se dirigir (sem ler) perguntando ao Aprendiz. Entendo que muitas vezes a Verdade e a Sabedoria está na intenção da pergunta e de quem pergunta e não propriamente na resposta que se espera.

Por hora é o que eu penso Mano.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

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