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sábado, 29 de junho de 2019

LEITURA DO LIVRO DA LEI

LEITURA DO LIVRO DA LEI

Em 29.10.2014 o Irmão Álvaro Marcos De Conto, Companheiro Maçom da Loja Fraternidade Lourenciana, 86, REAA, GLMSC, Oriente de São Lourenço do Oeste, Estado de Santa Catarina, formula a seguinte questão: 
alvaro@radiologiadeconto.odo.br 

Livro da Lei: 

A título de curiosidade, gostaria de saber quais são as leituras feitas na abertura do Livro da Lei nas lojas onde a Bíblia Sagrada Cristã não é tal Livro, especificamente onde o Torá e o Corão são os Livros da Lei.

Considerações: 

É o que eu incansavelmente tenho dito – “Maçonaria não é apenas o Rito Escocês Antigo e Aceito, porém ele é sim um dos Ritos e Trabalhos que a compõe”. 

Dificilmente nos países não cristãos existe a prática do escocesismo no exercício maçônico, senão outros Ritos e Trabalhos que geralmente não fazem qualquer leitura – alguns apenas abrem o Livro da Lei (sem leitura alguma) e outros ainda apenas prescrevem a sua presença sem nem mesmo abri-lo. 

Há que se levar também em conta que durante a obrigação (juramento), o protagonista apenas coloca a mão sobre as Grandes Luzes Emblemáticas – leitura do Livro da Lei e juramento são procedimentos distintos. 

Ainda em se tratando do simbolismo do Rito Antigo e Aceito (assim que o REEA é geralmente denominado nas nações não latinas) nos países de predominância cristã, geralmente a Bíblia é o Livro da Lei, todavia em respeito às crenças individuais, um iniciado não cristão, por exemplo, professa o seu compromisso sobre o Livro que lhe é aceitável (a Torá, o Corão, etc.), entretanto, nesse caso, isso não altera a leitura na Bíblia dos trechos costumeiros para a abertura dos trabalhos da Loja. 

Exegese 

Em países não cristãos, caso até venha a ser adotado o simbolismo escocês, o costume pode prever uma adaptação em respeito à individualidade do credo. 

É oportuno também salientar que a questão não é apenas de leitura ou não de um trecho do Livro da Lei, se fosse o caso, entretanto há também um ponto muito mais delicado e sensível que merece atenção quando se trata da crença individual. É o caso da “genuflexão” – muitas religiões não admitem o ato de se ajoelhar. 

Então é nesse sentido que a prática maçônica nas diversas culturas e religiões terrenas se coaduna com as suas tradições, usos e costumes, sejam eles de aspecto cultural, como também religioso. 

Finalizando e a propósito, nunca é demais também lembrar que o Rito Escocês Antigo e Aceito (ou Rito Antigo e Aceito, ou ainda o dos Maçons Antigos e Aceitos) está muito longe de ser o mais praticado no mundo. Infelizmente essa falsa visão tem sido admitida aqui no Brasil, talvez porque nele sim indubitavelmente o escocesismo é o Rito predominante, porém nunca em se tratando da Maçonaria universal. 

T.F.A.
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.629 - Florianópolis (SC) – domingo, 15 de março de 2015

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