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sábado, 20 de julho de 2019

BALAÚSTRE ELETRÔNICO E PÁLIO

BALAÚSTRE ELETRÔNICO E PÁLIO
(republicação)

Em 02.12.2014 o Respeitável Irmão José Valdeci de Souza Martins, Loja Ordem e Progresso, 25, REAA, GLMEMS, Oriente de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, apresenta as seguintes questões: 
valdeci3pontocom@gmail.com 

Balaústre e Pálio: 

Mais uma vez venho até ao Irmão para tirar duas dúvidas. Uma já tenho há bastante tempo e a outra é bem recente. É o seguinte: na minha Loja, foi adotado, estar em fase experimental, o envio do balaústre via e-mail (endereço eletrônico) aos Irmãos que participaram da sessão para aprovação. No entanto, acredito que a sessão ganhou alguns minutos. O que o Irmão tem a me dizer a respeito?

A segunda dúvida e pergunta é a seguinte: quando se vai formar o pálio para a abertura do livro da lei com o Mestre de Cerimônias e os Dois Diáconos, qual a ordem da formação? Isto é quem aciona primeiramente, em segundo e terceiro os bastões?

CONSIDERAÇÕES:

1 – Como Maçom, eu devo ser - e sou - progressista e evolucionista. Na questão do Balaústre eu até concordo com que ele seja redigido eletronicamente e sendo impresso para leitura e aprovação “em Loja”.

Assim compactuo com a evolução e o progresso, porém não ao ponto de se ficar remetendo por correio eletrônico (E-mail) um Balaústre para conhecimento dos interessados em nome de se ganhar tempo.

Além da segurança que envolve o sigilo maçônico, de qualquer modo o Balaústre deve ser lido e posto em aprovação “em Loja” (durante a Sessão). É nesse sentido que geralmente os rituais assim exaram: “Irmão Secretário, dai-nos conta do Balaústre dos nossos últimos trabalhos”. Atendendo então ao comando do Venerável o Secretário dá conhecimento do conteúdo, lendo em Loja e não informando, no caso, que o mesmo fora já enviado eletronicamente para os Irmãos.

Particularmente, eu não vejo um grande e considerável ganho de tempo ao ponto de que os Irmãos viessem a receber em casa um texto que obrigatoriamente deveria ser lido em Loja para aprovação ou não, lembrando inclusive que dele podem surgir emendas e discussões.

Ganho de tempo - se fosse o caso - ganhar-se-ia sim com uma elaboração sucinta e objetiva do Balaústre, assim como se evitando aquelas discussões inócuas e aqueles pronunciamentos providos de rançoso lirismo que em não raras vezes são produzidos por alguns Irmãos durante a Sessão. Note que os produtores desses intermináveis “bla, bla, blas” geralmente são os que insistem para que o pobre do Secretário reproduza ipsis litteris as suas manifestações como se elas fossem obras literárias de incomensurável importância.

Assim, nem tanto ao santo e nem tanto ao diabo e o que eu tenho a dizer é que o Balaústre deve ser lido em Loja atendendo o que está previsto na esmagadora maioria dos nossos Rituais, salvo contrário se algum Ritual em vigência e legalmente aprovado possa prever esse excesso de preciosismo ao ponto de que um Balaústre possa ser enviado antecipadamente via correio eletrônico para apreciação dos interessados.

2 – Sabe meu Irmão, não me leve a mal, mas se eu emitisse qualquer opinião sobre formação de pálio no REAA eu estaria me insurgindo contra minhas próprias convicções como estudioso e defensor das tradições e pureza do Rito em questão, já que nele não existe verdadeiramente formação de pálio algum.

Assim eu estaria sendo incoerente com o que tenho dito, defendido e escrito sobre o assunto até o presente.

Sem querer desrespeitar o ritual da Respeitável Grande Loja eu prefiro não fazer qualquer comentário a respeito, senão sugerir que o Irmão solicite a autoridade do Rito da vossa Obediência que venha a se manifestar a respeito do que me é suplicado na questão.

Finalizando devo salientar que certo ou errado, qualquer ritual em vigência deve ser rigorosamente cumprido. Obviamente que os que aprovaram os procedimentos nele contido devem ter qualidade suficiente para justifica-los e sanar as dúvidas que porventura dele venham decorrer.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.667 - Florianópolis (SC) – quinta-feira, 23 de abril de 2015

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