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quarta-feira, 14 de agosto de 2019

PORQUE INICIAR

PORQUE INICIAR
(Desconheço o autor)

Aprendemos desde os primeiros contatos com a sublime instituição que o trabalho do aprendiz consiste em desbastar a pedra bruta, para que possa ser usada na construção de um edifício – o edifício social.

O aprendiz é a própria pedra bruta. É a pedra imperfeita que, para ser útil, necessita ser trabalhada. Com uma pedra apenas é impossível edificar uma construção. São necessárias muitas pedras. Daí a necessidade de garimpar, de forma constante, mais pedras na natureza, até porque, ao longo da construção, muitas pedras aparentemente desbastadas não se apresentam úteis ao serem polidas, outras, a grande maioria, simplesmente se perdem ou se quebram. 

As pedras se perdem e se quebram por vários motivos. Pode ser até que o amálgama que lhes serviu de matriz não seja de boa qualidade, mas certamente, na grande maioria dos casos, a perda se deve em razão da negligência de quem fornece as ferramentas. 

Para que muitas pedras componham um edifício, é preciso que exista harmonia entre elas. 

Esta harmonia é obtida através de diferentes meios: tolerância, fraternidade e humildade, seguramente são os principais.

Logo, para que o edifício social seja sólido, é necessário buscar em primeiro lugar a harmonia das peças que o compõem, principalmente os seus alicerces.

Mas uma coisa é certa: O edifício social é uma obra inconclusa. No dia que ela estiver concluída, a maçonaria perderá a sua finalidade. 

O homem, com este significado de matéria prima a ser utilizada na construção do edifício social é um ser imperfeito. A maçonaria não lhe dá a perfeição. Mostra-lhe o caminho. É o caminho da evolução. Mas nem todos estão dispostos a trilhá-lo. É o Livre Arbítrio, que, como atributo cometido apenas aos seres racionais, deve ser respeitado. 

Daí porque é necessário sempre buscar novas pedras brutas.

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