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sábado, 7 de setembro de 2019

SAÍDA DO GRÃO-MESTRE

SAÍDA DO GRÃO-MESTRE
(republicação)

Em 19.12.2014 o Respeitável Irmão Juvenal Cordeiro Barbosa, Loja Novo Tempo, nº 19, REAA, GOMS – COMAB, Oriente de Campo Grande, Estado do Mato Grosso do Sul, formula a seguinte questão: 
juvenalcbarbosa@gmail.com 

Saída do Grão-Mestre: 

Tomo a liberdade de solicitar ao Irmão um esclarecimento sobre uma duvida que paira a mim e a alguns irmãos, principalmente de nossa Potencia. Quando de sessões principalmente magnas, o Grão-Mestre ou o Adjunto é recebido com os procedimentos protocolares com a comitiva que o acompanha. O Venerável vai com o Orador, Porta Estandarte, Secretario recepciona-lo à porta do Templo. Até ai creio normal. A dúvida que fica para mim, é quando da saída dele, tradicionalmente, após a saída da Bandeira Nacional, e o retorno são dos mesmos Irmãos quando da recepção, o Venerável agradece a presença, e o Grão-Mestre parabeniza pela sessão e todos desfazem o sinal de ordem, e saem todos atrás do Grão-Mestre. É ai que reside a minha dúvida. Entendo que mesmo sendo Grão-Mestre, também se inclui no rol das obrigações de todos os Irmãos, isto é, quando da sua saída, não deveria PRESTAR O JURAMENTO DE GUARDAR O MAIS ABSOLUTO SILENCIO? Jurando por ele e por sua comitiva? É notório que alguns irmãos que não fizeram parte da comitiva e aproveitando o vácuo e sabendo que não serão contestados saem juntos e presenciaram praticamente toda a sessão, e assim ficam sem prestar juramento. Como o Irmão vê essa situação.

Considerações: 

Antes das ponderações propriamente ditas, cabe primeira uma consideração sobre os ingressos e retiradas protocolares em Loja de autoridades maçônicas. Nesse particular há então que se atentar, pois cada Obediência Maçônica possui o seu próprio regulamento para tal. Embora entre elas geralmente os procedimentos possam ser os mesmos, não há como negar também que entre as mesmas pode existir alguma diferença. 

Assim de modo genérico em se tratando do ingresso e retirada de um Grão-Mestre existem duas situações mais corriqueiras. Em se aventando o seu ingresso ele pode entrar protocolarmente pela faixa de recepção que lhe compete e do mesmo modo assim pode se retirar, bem como se ele assim desejar, poderá ingressar em comitiva, o que significa que o Grão-Mestre entra à frente acompanhado das demais autoridades, o que também se sucede do mesmo modo na oportunidade da retirada. 

Obviamente que esses procedimentos devem primeiro estar previstos no Regulamento Geral de cada Obediência. 

Dadas essas primeiras considerações, então às questões propriamente ditas. 

No tocante aos “oportunistas” que irregularmente assim procedem “pegando carona” por ocasião da retirada em comitiva, estes deveriam ser severamente advertidos para que essa prática não fosse mais permitida. Isso é no mínimo desrespeitoso para com os demais Irmãos, além de se resumir em plena falta de educação somada ainda ao péssimo exemplo de “se tirar vantagem”. 

Já no que concerne ao “prestar juramento” ao final da sessão, sou de opinião que esse ato é extremamente desnecessário, pois ele não faz sentido algum no Rito Escocês Antigo e Aceito. 

Explica-se porque o ato do juramento é apenas e tão somente único e quem o prestou já lhe oferecera por ocasião da sua Iniciação, da Elevação e da Exaltação. 

Assim verdadeiramente não deveria existir essa redundância de se ficar renovando (sic) juramento a cada final de sessão. Ora, o que foi dito em juramento, já está sacramentado; o que está solenemente declarado; está protestado em juramento. 

Então não existe razão alguma para se ficar repetindo juramento ao encerramento das sessões maçônicas, pois o ato de se guardar sigilo já fora solenemente prometido pelo Maçom nas outras ocasiões aqui já mencionadas. 

Como diz o ditado, uma coisa puxa a outra, portanto se o Ritual da vossa Obediência ainda estiver prevendo esse tipo de juramento (sic), então que todos em retirada renovem a redundante obrigação, inclusive o próprio Grão-Mestre. 

Finalizando, devo ratificar que esse tipo de juramento não faz sentido algum, já que todos os presentes um dia já houveram se comprometido com um dos verdadeiros Landmarks da Ordem – o sigilo. Promessa se faz uma só vez e em sua obrigação rigorosamente se cumpre o prometido. 

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.683 – Melbourne – sábado, 9 de maio de 2015

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