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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

CHAMA VOTIVA? VELA ACESA? NO REAA?

Em 09/07/2019 o Respeitável Irmão Hugo Schirmer, Loja Honra e Verdade, 439, Rito Adonhiramita (13 Graus), GORGS (COMAB), Oriente de Santa Maria, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a seguinte questão relacionada ao REAA.

CHAMA VOTIVA? VELA ACESA? NO REAA?

A questão nada a ver com o Rito acima referido.

Faço parte de uma Loja de Pesquisa, aqui do Oriente, que diz trabalhar no REAA (Vermelho) GORGS/COMAB.

A questão é a seguinte:

1. Existe ou não chama a dita “Chama Votiva” no REAA, seja ele do GOB∴, GG∴LL∴ ou GG∴OOr∴IInd∴?

2. Lembro que antigamente havia a chamada ou dita “votiva”, sobre a porta de entrada do Templo;

3. Hoje ela voltou em forma de uma vela ao lado Altar dos Juramentos!!!???

4. O que está certo?

Esclareço que estou filiado na Loja Adonhiramita. Quanto a Loja de Pesquisa estou por detalhe e continuo a frequentar, sabendo que ela escolheu o Rito, mas as reuniões são só administrativas e nunca ritualística.

CONSIDERAÇÕES:

Chama votiva - em que pese terem existido rituais no passado com esse anacronismo, a tal “chama votiva” nunca fez parte da doutrina do REAA. Isso pode ser constatado em se verificando os Painéis da Loja do Rito (originais e sem deturpação). 

Há que se mencionar que não cabe na Maçonaria esse tipo de conceito já que o adjetivo “votivo” menciona algo relativo a voto; ofertado em cumprimento de voto ou promessa. Assim, reitera-se que esses entendimentos, de modo geral, não fazem parte da doutrina da verdadeira Maçonaria, pois, como um centro de união e harmonia entre os homens, ela não pode trazer conceitos de credos ou religiões que possam caber para uns e não para outros.

Luz sobre a porta - é, muitas Lojas traziam essa invenção. Algumas pelo lado de fora da porta, outras pelo lado de dentro e algumas até no oriente. Trágico para não dizer burlesco, não raras vezes a tal luz votiva se caracterizava por uma lâmpada vermelha que mais parecia com outra coisa – que é melhor nem comentar. Alegavam alguns que essa lâmpada não poderia ser apagada nunca, pois representava o “Criador”. Sem dúvida uma comparação de muito mal gosto e péssimo exemplo.

Vela acesa - essa chama acesa no Altar dos Juramentos, ou no dos Perfumes (algumas vezes) é outro anacronismo e não faz nenhum sentido para a doutrina do REAA. Poderia ser um desrespeito com a fé de outrem manter uma chama acesa como representação do “Criador” ou mesmo com a finalidade de voto ou promessa.

O certo é o quê? É a inexistência desse tipo de símbolo (votivo), especialmente porque a representação conciliatória do Grande Arquiteto do Universo já se apresenta na Loja de modo único e conciliatório. A presença do Divino é muito bem representada pelo Delta Radiante, cujo qual pode trazer no seu interior o Tetragrama hebraico, ou mesmo só a letra IÔD, ou ainda trazendo na sua parte interna Olho Que Tudo Vê – concepções, teísta ou deísta respectivamente.

Concluindo, “chama ou luz votiva” não é parte do corolário simbólico do verdadeiro REAA. 

De modo geral, cabe ao maçom compreender que a Maçonaria não é um palco para proselitismos religiosos. 

A Ordem Maçônica sustenta que todo o maçom deve respeitar e praticar a sua religião, porém no espaço dos seus templos religiosos. 

De modo geral a Sublime Instituição reafirma que todo o sectarismo religioso é incompatível com a universalidade maçônica. 

Afinal, a Maçonaria não é uma religião.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br

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