Páginas

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

GUARDA DO TEMPLO

GUARDA DO TEMPLO
(republicação)

Em 23.01.2015 o Respeitável Irmão Jefferson de Alexandre Pessoa, Loja Cavaleiros do Sol, 3.278, REAA, GOB-TO, Oriente de Palmas, Estado de Tocantins, solicita os seguintes esclarecimentos: 
jeffpess@gmail.com 

Gostaria que me tirassem algumas dúvidas ritualísticas com relação ao cargo de Guarda do Templo: Existe algum material sobre a liturgia e ritualística envolvendo o Guarda do Templo no REAA do GOB? Existe alguma publicação específica sobre a ritualística dos cargos? Qual a forma certa de segurar a espada quando sentado? Qual a forma certa de se segurar a espada quando à Ordem? Guarda do Templo participa da cadeia de união? Se sim, quem guarda o Templo enquanto isso? É certo segurar a espada cruzada? Na hora do sinal como se comporta o guarda do Templo?

Considerações:

É sempre bom lembrar que o cargo de Cobridor Interno e Guarda Externo deve estar de acordo como o Rito ou Trabalho do Craft praticado pela Loja. 

Quanto à literatura específica editada pelo GOB ela não existe. Assim, sugiro a obra de autoria de saudoso Irmão Francisco de Assis Carvalho (Xico Trolha) intitulada “Cargos em Loja” da Editora Maçônica A Trolha, Londrina, PR – www.atrolha.com.br. Nesse livro o Irmão encontrará uma boa bibliografia sobre o assunto. 

Recomendo ainda que o título indicado aborda os cargos de maneira ampla, daí há que se associar e adaptar as menções para o Ritual praticado. 

Quanto às questões: 

No rigor do que é prática tradicional, o Cobridor, assim como o Experto deveria usar uma bainha ou um dispositivo próprio preso a um talabarte para colocação da espada quando a mesma não estivesse sendo empunhada por dever de ofício. Como infelizmente vivemos num modelo latino de Maçonaria onde só vale o que está escrito e os nossos rituais não preveem claramente procedimentos para o uso da espada, senão no ritual de Mestre onde pelo menos há alusão a um dispositivo para tal que vai preso na faixa do Mestre, seguem as seguintes orientações: 

a) Sentado o Cobridor (cargos em Loja são privativos de Mestres) deve ter a espada presa no dispositivo previsto ritual do Grau 03 em vigência, página 22 “(...) Na extremidade interna da faixa, existe uma presilha que serve de suporte para espada”. 

Existe ainda o costume na grande maioria das Lojas, que também é tolerado, da existência de um dispositivo preso atrás do encosto (espaldar) da cadeira para dar suporte à espada. 

Ainda, a Loja pode possuir um talabarte com bainha para manter a espada embainhada. 

Assim, qualquer uma dessas possibilidades pode ser posta em prática conforme a disponibilidade da Loja, porém preferencialmente fazer uso do que está previsto no ritual acima mencionado. O que não é recomendável mesmo é o Oficial sentado manter a espada sobre as coxas, ou mesmo apoiando a ponta da espada no piso sob a alegação de estar descarregando forças negativas como se o Irmão Cobridor fosse uma espécie de condutor de descargas elétricas. 

b) (Espada à Ordem) - Empunhando a espada por dever de ofício, o titular estará em pé e parado, com o corpo ereto, pés unidos pelos calcanhares formando uma esquadria, empunhando a espada com a mão direita, colocada junto ao corpo pelo lado direito, punho à altura da cintura, lâmina na vertical com a ponta para cima, antebraço direito formando um ângulo aproximado de 45º com o braço e o cotovelo afastado do corpo. O braço esquerdo estará caído normalmente ao lado do corpo. Com a espada embainhada o portador comporá Sin∴ com a(s) mão(s) na forma de costume. 

c) Durante a formação da Cadeia de União (no REAA apenas para a transmissão da Palavra Semestral) é previsto que “todos os Irmãos do Quadro” dela participem. Nesse caso não há problema algum no que concerne à participação nela também do Cobridor, já que a Cadeia de União quando realizada ocorre após o encerramento dos Trabalhos, isto é, a Loja não estará mais aberta. 

d) O ato de se segurar a espada cruzada diante do tórax não é ato previsto na ritualística do REAA. Também não está previsto o ato de se apoiar a espada no obro feito uma vara de pescar. 

e) Como já mencionado, estando o protagonista com a espada embainhada, ele comporá o Sinal normalmente com a mão, ou mãos se for o caso. 

O que não se faz é o Sinal com o Instrumento de trabalho, isto é; não se usa o instrumento de trabalho para com ele se fazer o Sinal. 

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.697 – Melbourne – sábado, 23 de maio de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário