Páginas

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

LOJA DE MESA OU BANQUETE RITUALISTICO

LOJA DE MESA OU BANQUETE RITUALISTICO

Loja de Mesa ou de Banquete é a sessão ritualística em que os maçons se confraternizam em torno de uma mesa de refeições. É comumente chamada de banquete ritualístico, embora se considere que este termo é impróprio.

Os Maçons têm por tradição reunirem-se muitas vezes após os trabalhos para realização de um ágape – termo que designa o repasto dos primitivos cristãos. A palavra banquete surgiu desse hábito, pois ela deriva do italiano banqueto, que era o banquinho em que os primeiros cristãos sentavam-se, durante as ceias comunitárias nas catacumbas, onde se escondiam.

O banquete é uma festividade maçônica realizada em Loja ou Oficina de Banquete, em grau de Aprendiz, para que dele possam participar todos os maçons. Que embora seja uma tradição muito antiga, as primeiras regras normativas dessa cerimônia datam de 1721 e referiam-se aos banquetes anuais realizados no dia de São João Batista, por motivo da eleição do Grão-Mestre da Grande Loja de Londres (1717).

A Maçonaria moderna (1723) elegia os seus dirigentes por ocasião das reuniões convocadas para o banquete, tendo sido sempre ao redor de uma mesa que se tomavam as decisões importantes e como exemplo cita a Ceia do Senhor e a dos Cavaleiros da Távola Redonda.

Como visto, ágape era uma refeição que os antigos (primitivos) cristãos faziam em comum. Eles se reuniam em torno de uma mesa disposta em formato de ferradura, pois para eles esta disposição transmitia a idéia de imagem do céu em suas épocas solares.

Assim, a reunião de mesa tinha o cunho ritualístico religioso. Era o Kidush dos hebreus significando “santificação, sagração” e era realizado na véspera de uma festa religiosa, ou na véspera do shabat (sábado), para realçar a santificação do dia.

Também, entre os demais povos da antiguidade, os banquetes eram freqüentes. Qualquer evento extraordinário se transformava em motivação para que uma família, uma associação ou um grupo social se reunisse, para comemorar ao redor de uma mesa.

Além dos hebreus, que demonstravam particular prazer com suas festividades, os egípcios e os gregos as celebravam, com singular recolhimento de convidar os deuses para os seus banquetes sagrados. De igual forma, os romanos não se esqueciam de convidar os Deuses festins, colocando-os em leitos que circundavam as mesas guarnecidas com iguarias.

Os Maçons, mantiveram as tradições antigas, realizando um belo culto ao simbolismo em seus dias festivos.

De maneira geral, o Banquete Ritualístico deve ser realizado nos edifícios maçônicos, em salas apropriadas. Pode, todavia, ter lugar em qualquer outro edifício, contanto que tudo esteja disposto de maneira que, de fora, nada se possa ver e ouvir; isso significa que o Banquete Ritualístico deve estar a coberto dos olhos profanos, já que se trata de uma sessão ritualística.

Como dito, o Banquete Ritualístico, antigo costume maçônico, deveria ser realizado pelo menos uma vez por ano, de preferência no solstício de inverno (no hemisfério Sul), ou de verão (no hemisfério Norte).

O solstício de inverno, em nosso hemisfério, ocorre a 21 de junho, que é, então, a época mais propícia para o Banquete Ritualístico, embora muitas Oficinas o realizem no dia 24 de junho, aproveitando o solstício e homenageando o padroeiro de muitos ritos maçônicos, São João, o Batista.

Todos os participantes da Loja de Mesa estarão paramentados e as Dignidades e Oficiais usarão as jóias de seus cargos. Algumas Obediências costumam recomendar que não sejam usados os aventais, pois eles seriam reservados para os trabalhos da Loja no Templo; isto, todavia, não é correto, pois, em qualquer sessão ritualística, o maçom deve portar o seu avental, sem o qual será considerado como se estivesse nu.

O Banquete Ritualístico é um momento de confraternização, que é exercer uma confraternidade, em nome de todos os Maçons do orbe terrestre, de salientar os laços que unem os Irmãos dessa Ordem Universal. Neste momento deve-se estar conectado com o Grande Arquiteto do Universo, entendendo que, no momento dessa confraternização, dever-se-ia estar recebendo o mesmo alimento espiritual, alimento propiciador de uma ligação espiritual forte, mantenedora de um laço invisível e inquebrantável, que deve estar isento de qualquer mácula, pois advém de seres Iniciados.as épocas

Ir∴ Romarino Junqueira dos Reis, ex-V.M., Orador Adm. 2010/2011
Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56
Para a Loja de Mesa do 53º aniversário da Loja, em 30/6/2011

Um comentário:

  1. Realmente, como disse o autor, deve ser feito em lugar reservado para maçons, vejam que usa-se o sinal de aprendiz. NAO pode se realizar em lugar no maçônico.

    ResponderExcluir