Em 16/07/2019 o Respeitável Irmão Douglas Luciano Alves, Venerável Mestre da Loja Resplendor Unido, 1.202, REAA, GOB-MG, Oriente de Resplendor, Estado de Minas Gerais, apresenta o que segue:
VENERÁVEL FORA DO SEU LUGAR
Gostaria que o irmão esclarece uma dúvida:
Há alguns dias, usei o tempo de estudos para apresentar um trabalho sobre as novas orientações ritualísticas, disponibilizadas no GOB RITUALÍSTICA. No momento da apresentação do trabalho, saí do trono, e posicionei-me de pé, entre o altar dos juramentos e a balaustrada. De lá, como entendi que ficaria mais visível aos irmãos, e até mesmo, para facilitar a comunicação gestual e corporal, ministrei a instrução naquele local. Acho um tanto ante didático e cansativo ficar apenas sentado no trono e ler o trabalho. Porém, no momento da palavra a bem da ordem em geral e do quadro em particular, um dos irmãos, um Ex-Venerável, me chamou a atenção de forma veemente, perante a assembleia, dizendo que em hipótese nenhuma eu poderia sair do trono, que eu deveria ministrar a instrução, mesmo que optasse em faze-la de pé, deveria ter sido feita de lá.
No momento não quis polemizar a situação, até porque esse irmão é antigo na loja, mestre instalado, não quis debater com ele na frente dos outros irmãos, inclusive na presença de visitantes. Apenas disse a ele, que não encontrei nada na legislação que restringisse o meu deslocamento dentro do templo por ocasião do tempo de estudos. disse ainda que adotei aquela postura por questões didáticas, pois comunicamos muito através da expressão corporal, não somente da fala. Enfim, ele não aceitou muito...
Gostaria que, se possível, o irmão discorresse sobre o tema, dizendo-me se há algo na ritualística que proíba o venerável a ausentar-se do trono, no período necessário a realização de instrução, trabalhos, palestras, etc... Preocupo-me muito em obedecer a nossa ritualística, caso haja algo nesse sentido, iria cessar imediatamente a prática. Desde já agradeço a atenção e a consideração.
E continuamos a viver dos absurdos.
Digo absurdo porque não existe nenhuma regra, mesmo que consuetudinária, que proíba um Venerável Mestre, quando necessário, de se ausentar do sólio.
Seria talvez oportuno perguntar ao nosso Irmão crítico como faria então o Venerável Mestre ao ter que proceder a consagração de um Candidato, por exemplo? Ele o faria do seu lugar? E quando ele tivesse que cumprir a liturgia especificada no ritual que envolve outras práticas realizadas abaixo do sólio?
Há que se perguntar também: como procederia o Venerável Mestre durante a exposição da Lenda do Terceiro Grau? Onde ficaria o Venerável nessa oportunidade? No sólio? Parece que não, pois o Venerável tem que deixar o seu lugar para participar da cena no Ocidente da Loja!
Ainda mais, como faria o Venerável Mestre para entregar o malhete ao Grão-Mestre conforme a legislação? Teria ele que enviar o malhete por alguém já que, segundo o crítico, o Venerável não pode deixar o seu lugar?
Ora, ora, ora... Obviamente que isso não procede. Por certo que o Venerável Mestre pode deixar o seu lugar, desde que não seja em definitivo e nem afronte o ritual. Não há problema algum que ele se desloque pelo recinto para ministrar uma instrução e depois retorne ao seu lugar. Isso é perfeitamente exequível e livre de qualquer contestação.
Por fim, todos somos sujeitos às críticas, entretanto, é preciso que elas ocorram em momentos apropriados e avaliados quanto à sua necessidade. Chamar a atenção de outrem diante da assembleia não é atitude seguida de boa geometria. Seria mais apropriado, nesse caso, que o crítico procurasse o Venerável extra Loja para expor os seus argumentos. Idade é sinônimo de experiência. Por ela poderemos entender o porquê de a colheita se dar conforme a semeadura.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 19/10/2019
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