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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

O OFÍCIO DO MESTRE DE HARMONIA

Em 16/11/2019 no 1º Encontro de Orientação Ritualística do Centro Sul Fluminense, realizado no Oriente de Três Rios, Estado do Rio de Janeiro, o Respeitável Irmão Henrique Almeida Carneiro, sem mencionar o nome da Loja, REAA, GOB-RJ, apresenta a seguinte questão:

A COLUNA DE HARMONIA

Em quais momentos no Ritual deve, ou pode, o Mestre de Harmonia introduzir músicas? Exemplo: Saco de Propostas e Informações, Tronco de Beneficência, leitura do Salmo, leitura da oração no encerramento, entrada e saída no Templo, etc.

CONSIDERAÇÕES:

A Coluna de Harmonia na Moderna Maçonaria é parte integrante do simbolismo maçônico com base na sexta das Sete Ciências e Artes Liberais da Antiguidade. 

Assim, no REAA o oficial encarregado desse importante ofício é o Mestre de Harmonia. A praxe é de que ele faça sempre reproduzir músicas apropriadas nos momentos em que não existam de diálogos ritualísticos durante os trabalhos. Também é função da harmonia atuar como complemento nas passagens litúrgicas dos momentos iniciáticos.

Nas sessões ordinárias é comum a reprodução de musicas condizentes com a ocasião, a exemplo de quando do ingresso do préstito no Templo, durante a saída após o encerramento dos trabalhos, nos giros das bolsas, na emblemática transmissão da Palavra para a abertura e encerramento, dentre outros.

Nas Iniciações a harmonia complementa o simbolismo, por exemplo, durante as viagens, na prova da Taça, no momento do faça-se a Luz, etc.

A Coluna de Harmonia também se faz presente nos momentos cívicos quando da entrada e saída do Pavilhão Nacional, oportunidade em que sucede a execução do Hino Nacional e do Hino à Bandeira.

Não é apropriada a utilização da harmonia nos momentos em que ocorrem as dialéticas ritualísticas, quando do uso da palavra, na apresentação de peças de arquitetura, debates e discussões, etc. Também não é apropriada a sua utilização durante a abertura do Livro da Lei, pois nesse momento deve existir absoluto silêncio consonante a um ambiente introspectivo e respeitoso à crença de cada Irmão, não transformando o ato litúrgico numa cerimônia religiosa.

O Mestre de Harmonia também exerce o ofício de contra-regra, fazendo soar ruídos e efeitos sonoros que complementam a liturgia que envolve passagens iniciáticas.

Enfim, as Lojas devem preparar com afinco e atenção as trilhas sonoras apropriadas que serão executadas nos momentos propícios. Afinal, se existe a Coluna de Harmonia, então faz sentido que ela funcione, antes que os críticos do "onde está escrito" se arvorem a procurar algo que é óbvio e tradicional na Sublime Instituição. Não custa lembrar que nos tempos dantes, quando ainda não existiam equipamentos eletrônicos para reproduzir música, era comum que Irmãos músicos executassem músicas ao vivo durante os trabalhos. Na Maçonaria anglo-saxônica o Mestre de Harmonia é chamado de Organista.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 20/11/2019

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